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Um terreno fértil para as cooperativas gaúchas focadas no agronegócio
Cooperativas impulsionam economia da região, especialmente na produção de grãos
Uma cultura que se traduz pela força do cooperativismo. Em Tupanciretã, Juarez do Nascimento é hoje o presidente da Agropan. Criada na década de 1970, conta com 21 unidades de recebimento e comercialização de grãos entre 12 municípios vizinhos.
Quatro cooperativas que figuram entre as grandes do Estado e que têm a soja como carro-chefe do seu negócio estão neste cinturão produtivo no centro do Rio Grande do Sul. A Cotrijal, com sede em Não-Me-Toque, é a principal delas, tendo registrado, em 2021, receita de
R$ 4,2 bilhões, e no ano passado, R$ 5,83 bilhões.
R$ 4,2 bilhões, e no ano passado, R$ 5,83 bilhões.
"É uma história que começa em 1957, com uma cooperativa de trigo. Depois, com o avanço da soja, que hoje responde por 85% do nosso plantio na cooperativa, nos tornamos regionais e hoje, estaduais. Temos boa parte dos nossos associados, inclusive, no Sul do Estado", comenta o presidente da Cotrijal, Nei Manica.
Segundo ele, é justamente o modo cooperativo de organização dos produtores que mantém o homem no campo. Neste ano, a Cotrijal chega a 53 municípios com associados, e segue um plano de investimentos de R$ 170 milhões entre melhorias energéticas, com uma usina fotovoltaica e estruturas de armazenagem de grãos. O valor de aportes previstos até o final de 2023, porém, é menos da metade do que foi investido no ano passado. Resultado dos dois anos de forte estiagem no Estado. E aí, como aponta Manica, está a importância das cooperativas nesta região.
"Se não tivéssemos as cooperativas, o Rio Grande do Sul, e não só a região, estaria um caos. Com as quebras de safras, são as cooperativas que dão a sustentabilidade para o campo. A prudência, sempre com garantia de recursos para socorrer o produtor e seguir profissionalizando o serviço, é fundamental neste momento e tem se mostrado o segredo para a vida longa do setor rural no Rio Grande do Sul", diz o dirigente.
Completam a lista das principais cooperativas da região, conforme ranking da Revista Amanhã, a Cotribá, com sede em Ibirubá, a Camnpal, de Nova Palma, e a Cotrisel, de São Sepé.
Mas não são só as cooperativas que prosperam com a rentabilidade da soja a partir do Alto Jacuí. Tem sede no município de Santa Bárbara do Sul, com apenas 8,1 mil habitantes, mas com 76 mil hectares de área plantada e mais de 322 mil toneladas de soja colhida em 2021 e VAB Agrícola de R$ 233,4 milhões, a 3tentos. A empresa é listada pela Revista Amanhã como a 16ª mais importante do Estado, a principal da região, com receita de R$ 5,3 bilhões em 2021.
Nem mesmo a estiagem nas últimas safras reduziu o ritmo de investimentos da empresa, que aporta
R$ 100 milhões em expansão no Rio Grande do Sul neste ano. A principal ação fica em Cruz Alta, onde a unidade de processamento de soja para transformação em óleo e farelo, entra em seu primeiro ano de operação plena, além da previsão de ampliação em até 50 mil toneladas de armazenagem de grãos da empresa no Estado.
R$ 100 milhões em expansão no Rio Grande do Sul neste ano. A principal ação fica em Cruz Alta, onde a unidade de processamento de soja para transformação em óleo e farelo, entra em seu primeiro ano de operação plena, além da previsão de ampliação em até 50 mil toneladas de armazenagem de grãos da empresa no Estado.
Principais cooperativas da região
CCGL (Cruz Alta)
Cotrijal (Não-Me-Toque)
Cotribá (Ibirubá)
Camnpal (Nova Palma)
Cotrisel (São Sepé)