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Empresas do setor de automóveis e construção civil celebram tendência de queda dos juros
Impactos no cotidiano da população deverão ser sentidos somente após novas reduções na Selic, apontam especialistas
Pedro Carrizo, especial para o JC
A redução de meio ponto percentual na taxa Selic - de 13,75% para 13,25% ao ano - é celebrada em consenso por setores da economia que são fortemente impactados pelos juros altos, como o automotivo e o de construção civil. O anúncio feito pelo Copom nesta quarta-feira (2) já está repercutindo em um maior otimismo do mercado, que Redução da Selic beneficia setores do varejo que dependem de crédito
Tanto o setor de construção civil quanto o de automóveis, por serem produtos duráveis e de alto valor agregado, tendem a sofrer mais quando há uma dificuldade de acesso à financiamento por parte dos consumidores.
No mercado de capitais, a queda dos juros já vinha sendo antecipada pelo mercado há alguns meses. O fundo de investimentos Privatto Multi Family Office, voltado à gestão de patrimônio de famílias e pessoas físicas, é um dos que anteciparam posições antes do anúncio do Copom. Desde maio, o fundo vem revisando as carteiras e alocando recursos em ativos que performam melhor em cenários de baixa dos juros, conta o CEO da Privatto, Eduardo Cairolli.
“Fundos atrelados à inflação, como o IMA-B, e ativos de renda variável tendem a performar melhor. Dentre estes ativos, as ações mais líquidas negociadas em bolsa tendem a se valorizar com a baixa dos juros, assim como empresas com maior grau endividamento”, analisa Cairolli.
Conforme o economista Everton Lopes, especializado em finanças pessoais, o impacto da Selic na vida da população será sentido no médio prazo, visto que ainda há uma diferença muito grande entre a inflação oficial (IPCA), que está 3,16% no acumulado dos 12 últimos meses, e a taxa básica de juros. “No momento em que essa diferença for reduzida, com a Selic voltando ao um dígito, devemos sentir um aumento da confiança do consumidor”, diz Lopes.
Ele também projeta que a magnitude das próximas reduções deverão ser pautadas, entre outros fatores, pelo nível de consumo neste segundo semestre, marcado pelas festas de fim de ano, em que normalmente a população vai mais às compras.
Tanto o setor de construção civil quanto o de automóveis, por serem produtos duráveis e de alto valor agregado, tendem a sofrer mais quando há uma dificuldade de acesso à financiamento por parte dos consumidores.
No mercado de capitais, a queda dos juros já vinha sendo antecipada pelo mercado há alguns meses. O fundo de investimentos Privatto Multi Family Office, voltado à gestão de patrimônio de famílias e pessoas físicas, é um dos que anteciparam posições antes do anúncio do Copom. Desde maio, o fundo vem revisando as carteiras e alocando recursos em ativos que performam melhor em cenários de baixa dos juros, conta o CEO da Privatto, Eduardo Cairolli.
“Fundos atrelados à inflação, como o IMA-B, e ativos de renda variável tendem a performar melhor. Dentre estes ativos, as ações mais líquidas negociadas em bolsa tendem a se valorizar com a baixa dos juros, assim como empresas com maior grau endividamento”, analisa Cairolli.
Conforme o economista Everton Lopes, especializado em finanças pessoais, o impacto da Selic na vida da população será sentido no médio prazo, visto que ainda há uma diferença muito grande entre a inflação oficial (IPCA), que está 3,16% no acumulado dos 12 últimos meses, e a taxa básica de juros. “No momento em que essa diferença for reduzida, com a Selic voltando ao um dígito, devemos sentir um aumento da confiança do consumidor”, diz Lopes.
Ele também projeta que a magnitude das próximas reduções deverão ser pautadas, entre outros fatores, pelo nível de consumo neste segundo semestre, marcado pelas festas de fim de ano, em que normalmente a população vai mais às compras.