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Construção Civil

- Publicada em 18 de Agosto de 2023 às 14:30

Plano Diretor é a oportunidade de discutir o desenvolvimento social da cidade, afirma o presidente do Sinduscon/RS

Sindicato defende uma infraestrutura de comércio e de serviços próximo da moradia das pessoas

Sindicato defende uma infraestrutura de comércio e de serviços próximo da moradia das pessoas


ISABELLE RIEGER/JC
"A discussão do Plano Diretor de Porto Alegre, por vezes, fica numa conversa míope de altura, densidade e afastamento. O plano é muito mais que isso porque temos a oportunidade de planejar o desenvolvimento social, ambiental e econômico da cidade. Estamos preocupados em engajar às empresas e os prestadores de serviços para que efetivamente se possa ter uma discussão sobre a cidade que queremos para os próximos anos". A análise foi feita pelo presidente do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon/RS), Cláudio Teitelbaum, que participou nesta sexta-feira (18) do seminário "Em Debate: Crédito Imobiliário" realizado na sede do Sindicato. Teitelbaum abordou o tema cenário econômico e o incentivo do engajamento do setor da construção civil no processo de revisão do Plano Diretor de Porto Alegre.
"A discussão do Plano Diretor de Porto Alegre, por vezes, fica numa conversa míope de altura, densidade e afastamento. O plano é muito mais que isso porque temos a oportunidade de planejar o desenvolvimento social, ambiental e econômico da cidade. Estamos preocupados em engajar às empresas e os prestadores de serviços para que efetivamente se possa ter uma discussão sobre a cidade que queremos para os próximos anos". A análise foi feita pelo presidente do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon/RS), Cláudio Teitelbaum, que participou nesta sexta-feira (18) do seminário "Em Debate: Crédito Imobiliário" realizado na sede do Sindicato. Teitelbaum abordou o tema cenário econômico e o incentivo do engajamento do setor da construção civil no processo de revisão do Plano Diretor de Porto Alegre.

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Segundo Teitelbaum, o Plano Diretor precisa ter como objetivo um maior aproveitamento do imobiliário e da existência de uma infraestrutura consolidada onde exista a possibilidade de ampliação. "Muitas vezes, é gerada pouca densidade populacional em terrenos próximos ao Centro de Porto Alegre e isso torna os terrenos mais caros e menos democráticos para a moradia", explica.
Para o presidente do Sinduscon/RS, as pessoas que não tem recursos para comprarem apartamentos no Centro Histórico acabam indo para os arredores da cidade ou para outros municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre. "O resultado desse deslocamento é que elas acabam por investir muito no transporte coletivo ou nos chamados transportes alternativos como aplicativos e vans", destaca.
De acordo com Teitelbaum, a cidade precisa fazer um Plano Diretor onde se possa construir mais e, obviamente, com respeito a preservação ambiental, ao patrimônio histórico e ao desenvolvimento social. "As pessoas precisam estar mais próximas do Centro para termos menos deslocamentos. É fundamental também que a classe média e baixa morem próximas ao seu trabalho", ressalta.
O presidente do Sinduscon/RS defende a criação de minicentros urbanos. Ele é favorável que se consiga colocar toda uma infraestrutura de comércio, de serviços e de moradia próximo da moradias das pessoas. "O ideal é que tenhamos pequenas cidades dentro cidade, ou seja, bairros planejados onde todos consigam fazer tudo a pé e vivam mais a sua região", acrescenta. Teitelbaum afirma que iniciativas como minicentros urbanos são muito comuns em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Buenos Aires. Em Porto Alegre, o dirigente do sindicato destaca os bairros Bom Fim e Menino Deus como exemplos de que é possível fazer tudo no bairro de forma integrada com menos deslocamentos e mais qualidade de vida. "Temos a expectativa que o Plano Diretor de Porto Alegre resulte em mais desenvolvimento para a cidade", acrescenta.
No painel  "Estruturação para captação de investidores no mercado imobiliário", o sócio-fundador da Rock, Marcos Colvero, disse que os principais temas que devem motivar o setor são as revoluções tecnológicas e culturais e como isso afeta o mercado imobiliário e a estruturação de crédito. "O setor do mercado imobiliário é um dos mais importantes do Brasil e de qualquer país porque promove o desenvolvimento, a igualdade social, a geração de emprego e a distribuição de renda", comenta. Segundo Colvero, o setor  depende muito da disponibilidade de crédito para os construtores para o desenvolvimento dos seus projetos e de crédito para o mutuário. 
Para Colvero, o governo federal pode ajudar as construtoras porque o crédito imobiliário é uma excelente ferramenta para projetos de médio e longo prazo e para promover o desenvolvimento do País de forma sustentável. O diretor da Warren Investimentos, Gustavo Kosnitzer, disse que no ano passado ocorreu um saque de R$ 80 bilhões na poupança e nos primeiros seis meses deste ano aconteceu saques de R$ 50 bilhões. A poupança sempre foi a grande fonte de financiamento do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e do setor da construção civil.