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Química

- Publicada em 07 de Agosto de 2023 às 18:16

Indústria química nacional chama a atenção para desequilíbrio causado por entrada de produtos importados

Frente Parlamentar da Química promoverá visita ao polo petroquímico de Triunfo na semana que vem

Frente Parlamentar da Química promoverá visita ao polo petroquímico de Triunfo na semana que vem


BRASKEM/DIVULGAÇÃO/JC
Sofrendo com os impactos da alta importação de produtos químicos, principalmente dos Estados Unidos e da China, os empresários brasileiros do setor pretendem alertar a classe política sobre sua atual situação. Uma ação nesse sentido, desencadeada pela Frente Parlamentar da Química, em parceria com as empresas Braskem, Indorama Ventures (que adquiriu a Oxiteno) e Innova, promoverá na próxima segunda-feira (14) uma visita ao Polo Petroquímico de Triunfo, com a presença do governador Eduardo Leite e de vários deputados.
Sofrendo com os impactos da alta importação de produtos químicos, principalmente dos Estados Unidos e da China, os empresários brasileiros do setor pretendem alertar a classe política sobre sua atual situação. Uma ação nesse sentido, desencadeada pela Frente Parlamentar da Química, em parceria com as empresas Braskem, Indorama Ventures (que adquiriu a Oxiteno) e Innova, promoverá na próxima segunda-feira (14) uma visita ao Polo Petroquímico de Triunfo, com a presença do governador Eduardo Leite e de vários deputados.
O presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), André Passos Cordeiro, destaca que a intenção é resgatar a relevância do segmento químico no País. "Quando você vê uma petroquímica em funcionamento, percebe a real importância dessa indústria para o Estado e para o Brasil", enfatiza o dirigente. No primeiro semestre de 2023, o déficit na balança comercial do setor químico nacional foi da ordem de US$ 23,7 bilhõesAs importações somaram US$ 31,2 bilhões e foram identificados aumentos significativos nas quantidades físicas importadas de resinas termoplásticas (30,6%), intermediários para detergentes (20,7%), fibras sintéticas (17,3%) e petroquímicos básicos (9,7%). As exportações brasileiras de produtos químicos somaram US$ 7,5 bilhões no semestre.
Essa condição, alerta o presidente-executivo da Abiquim, envolveu também uma queda na produção nacional de produtos químicos de uso industrial na ordem de 9,7%O dirigente detalha que essa forte entrada de artigos químicos de outras nações se deve à queda média de 15% no preço desses itens. Ele explica que essa situação ocorre porque a China compra petróleo russo abaixo do custo do mercado internacional (algo causado pela guerra na Ucrânia) e os Estados Unidos têm um preço muito competitivo para o gás natural.
Outro fator que pesa contra a indústria química nacional, segundo Cordeiro, é que o segmento tem feito investimentos pesados ​​para reduzir a emissão de gases de efeito estufa durante seu processo produtivo e muitas empresas internacionais não têm adotado as mesmas medidas. "Com esta visita (ao Polo Petroquímico de Triunfo), estamos fazendo um apelo para que o médico, que no caso é o governo federal e também os governos estaduais, nos receite um medicamento para resistir a esse ataque viral", diz o presidente executivo da Abiquim. Para ele, é preciso tomar mais de um "remédio" para amenizar a situação como, por exemplo, mudanças tarifárias e a disponibilização de uma matéria-prima com custo mais competitivo.
Cordeiro acrescenta que a dificuldade enfrentada pelas empresas também se reflete na arrecadação do governo, já que no primeiro semestre desse ano os impostos federais recolhidos pela indústria química encolheram cerca de R$ 2 bilhões, uma redução de aproximadamente 12%. Além da comitiva que irá ao polo gaúcho, o presidente-executivo da Abiquim prevê que ações semelhantes envolvendo políticos e empresas do setor sejam realizadas nos polos petroquímicos da Bahia e de São Paulo.