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Expointer 2023 pode bater recorde de público, apostam governo e Farsul
Faturamento do evento deve ser impactado por reflexos da seca
Faltando menos de um mês para a Expointer deste ano, que será de 26 de agosto a 3 de setembro em Esteio, a expectativa é que a presença de público bata recorde, superando a marca de 742 mil pessoas da última mostra em 2022.
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A projeção, compartilhada entre o governador Eduardo Leite e o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, foi feita neste sábado (29) em meio à abertura e desfile de campeões da Expo Rral 2023, a popular Feira de Palermo, em Buenos Aires. A agenda integra a Missão do RS na Argentina. O evento do país vizinho conta neste ano com mais de 4,5 mil expositores de animais.
Sobre o faturamento da feira gaúcha, que foi de aproximadamente R$ 7,1 bilhão no ano passado, autoridades e dirigentes consideram que será difícil alcançar o mesmo patamar. O representante da Farsul recorda que os produtores gaúchos foram impactados pela seca da última safra de verão.
O governador gaúcho frisa que a solenidade em Palermo foi "um verdadeiro espetáculo cultural". O evento teve desfiles de touros, cavalos crioulos, gineteada e até mesmo apresentação de tango e outras danças.
Ainda na área de agronegócio, Leite se encontrará neste domingo (30) com o presidente da Sociedade Rural Argentina (SRA), Nicolás Pino. "Vamos reforçar o interesse para que tenhamos a participação efetiva da Argentina, das lideranças empresariais e do governo na Expointer", adianta o governador.
Pino fez o discurso de abertura da feira de Palermo. O dirigente reclamou da alta carga tributária e das medidas políticas que não chegam até os produtores rurais argentinos. Ele criticou ainda as ocupações ilegais e afirmou que a classe agrícola é discriminada no país vizinho.
Pino fez o discurso de abertura da feira de Palermo. O dirigente reclamou da alta carga tributária e das medidas políticas que não chegam até os produtores rurais argentinos. Ele criticou ainda as ocupações ilegais e afirmou que a classe agrícola é discriminada no país vizinho.
"Os produtores são expulsos do campo buscando o seu sustento em outro lugar e deixando o campo improdutivo", alertou presidente da SRA, que também mencionou a infraestrutura precária no meio rural na área de fornecimento de energia e das condições das estradas. Pino afirmou que a pobreza atinge cerca de 42% da população argentina.
Se o presidente da Sociedade Rural Argentina disparou críticas a políticas implementadas no seu país, o presidente da Farsul faz questionamentos sobre o Mercosul:
"Não temos a liberdade de mercado (dentro do bloco) que gostaríamos de ter, como se nota no mercado europeu", lamenta Gedeão, ressaltando que existem entraves em diversas áreas, como a econômica e a sanitária. Sobre o Brasil, Gedeão enfatiza que a nação tem muito potencial para crescer no setor do agronegócio.
"Possivelmente, o País será em 2035 a maior agricultura do mundo, hoje estamos na quarta posição", finaliza o dirigente.