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Manutenção da Zona Franca de Manaus na reforma preocupa cadeia gaúcha do plástico
Setor alega que distorções da ZFM estão relacionados à perda de competitividade da indústria do RS
O projeto da reforma tributária, aprovado na Câmara dos Deputados no início do mês e que tramita agora no Senado Federal, manteve os benefícios da Zona Franca de Manaus (ZFM). Isso quer dizer que a região deverá seguir pagando menos impostos após a mudança do regime, caso o texto avance sem nenhuma modificação sobre o regime especial. A manutenção de incentivos aos moldes atuais tem sido alvo de preocupação e protesto da cadeia gaúcha do plástico. Representantes do setor alegam que distorções da ZFM estão Cadeia gaúcha do plástico será discutida em Brasília
Governo gaúcho analisa alternativas fiscais para o setor plástico
Entre os pleitos já sugeridos pelo setor de plástico gaúcho, está a concessão por parte do governo gaúcho de crédito presumido de ICMS ao segmento nos mesmos valores adotados em Santa Catarina e no Paraná. Sobre essa reinvidicação, a secretaria da Fazenda, em nota, disse que “ainda estuda alternativas possíveis dentro da legislação estadual, e frente as restrições da lei de responsabilidade fiscal e do regime de recuperação fiscal”.
Quanto à Zona Franca de Manaus, o secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul, Ernani Polo, afirmou que esta é uma questão que preocupa o Estado. “O governo está atento a esse fato, promovendo uma articulação conjunta com os outros estados brasileiros, já que é um contexto que atinge não apenas o RS, mas outras regiões do País que têm indústrias químicas. Sabemos que a Zona Franca de Manaus tem o aspecto tributário mais atrativo, mas o Rio Grande do Sul está empenhado em buscar alternativas para o setor químico gaúcho”, disse.
Em relação à indústria química gaúcha, de forma geral, o secretário afirma que o Estado a considera como uma prioridade pela potência estrutural instalada e cita o Distrito Industrial de Montenegro, que conta com três indústria do setor em operação e cuja área é de quase 700 hectares. “Outro aspecto que evidencia a nossa atenção ao setor é pelo volume em benefícios concedidos pelo Fundopem. De 2011 até junho de 2023, foram aprovados 90 projetos e mais de R$1,6 bilhão com geração de 2023 empregos diretos”, relata Polo.
Quanto à Zona Franca de Manaus, o secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul, Ernani Polo, afirmou que esta é uma questão que preocupa o Estado. “O governo está atento a esse fato, promovendo uma articulação conjunta com os outros estados brasileiros, já que é um contexto que atinge não apenas o RS, mas outras regiões do País que têm indústrias químicas. Sabemos que a Zona Franca de Manaus tem o aspecto tributário mais atrativo, mas o Rio Grande do Sul está empenhado em buscar alternativas para o setor químico gaúcho”, disse.
Em relação à indústria química gaúcha, de forma geral, o secretário afirma que o Estado a considera como uma prioridade pela potência estrutural instalada e cita o Distrito Industrial de Montenegro, que conta com três indústria do setor em operação e cuja área é de quase 700 hectares. “Outro aspecto que evidencia a nossa atenção ao setor é pelo volume em benefícios concedidos pelo Fundopem. De 2011 até junho de 2023, foram aprovados 90 projetos e mais de R$1,6 bilhão com geração de 2023 empregos diretos”, relata Polo.
O que o projeto da reforma diz sobre a ZFM
- A partir de 2027, o IPI terá alíquota zero para todos os produtos que também tenham industrialização fora da Zona Franca de Manaus (ZFM), que continuará a aproveitar os créditos desse tributo, para o qual conta com isenção, até 2033, quando será extinto e substituído pelo imposto seletivo.
- Até 2078, ano atualmente previsto na Constituição para a vigência do tratamento tributário favorecido da ZFM, as empresas da região poderão contar com mecanismos para manter o diferencial competitivo assegurado à região nos níveis estabelecidos pela legislação dos tributos extintos pela reforma.
- Isso deverá ser garantido pelas lei que criarem o IBS, a CBS e o imposto seletivo, o qual poderá ter sua incidência estendida às atividades da zona franca a fim de permitir o creditamento do tributo. As leis desses tributos deverão garantir igual diferencial competitivo às áreas de livre comércio existentes em 31 de maio de 2023.
- O texto prevê ainda a criação, por lei complementar, do Fundo de Sustentabilidade e Diversificação Econômica do Estado do Amazonas, com recursos da União para fomentar a diversificação de atividades econômicas no estado. Esse fundo poderá suportar ainda eventual perda de receita do estado com as mudanças da reforma. A União poderá colocar receitas adicionais no fundo, contanto que haja redução de benefícios, segundo acordo com o governo amazonense. As informações são da Agência Câmara de Notícias.