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Desenrola deve trazer impacto positivo para a economia gaúcha, avaliam entidades
Percentual de famílias com contas em atraso atingiu 42,4%, conforme Peic-RS
Entrou em operação, nesta segunda-feira (17), o Desenrola Brasil, Fazenda publica requisitos e procedimentos para adesão ao Desenrola
Percentual de famílias gaúchas endividadas chega a 93,9% em junho
Ainda de acordo com a edição de junho Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos Consumidores gaúchos (PEIC-RS), da CNC, o percentual de famílias endividadas atingiu 93,9% no Estado. Esse resultado foi maior que o de maio de 2023 (91,9%) e também ficou acima de junho de 2022 (93,0%). Na média de 12 meses, o percentual de famílias gaúchas endividadas atingiu 92,7%.
O percentual de famílias que relataram estar “muito endividadas” atingiu 29,6%. No mesmo período de 2022 esse percentual era menor (21,3%). O tempo médio de comprometimento com dívidas atingiu 7,4 meses. Em junho de 2022 era de 7,1 meses. Ainda em termos de endividamento, a pesquisa aborda o percentual da renda dos indivíduos que está comprometida com as dívidas. Em média, nesta edição, o percentual da renda comprometida foi de 26,8%. Em junho de 2022 era de 21,0%.
“O novo aumento do indicador de famílias com contas atrasadas reforça o cenário de dificuldade financeira persistente no orçamento das famílias, cujo resultado veio mesmo diante do recente alívio inflacionário e da resiliência do mercado de trabalho”, comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
“O novo aumento do indicador de famílias com contas atrasadas reforça o cenário de dificuldade financeira persistente no orçamento das famílias, cujo resultado veio mesmo diante do recente alívio inflacionário e da resiliência do mercado de trabalho”, comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
Desenrola pode limpar 2,5 milhões de nomes se todos os bancos aderirem, diz Haddad
O número de brasileiros com dívidas de até R$ 100 que pode ficar com o nome limpo pode chegar a 2,5 milhões se todos os bancos aderirem ao programa Desenrola Brasil, estimou o ministro Fernando Haddad (Fazenda) nesta segunda-feira (17).
"Tem um banco só que estava em dúvida se aderia ou não, porque viu pouca vantagem no crédito presumido, e tem 1 milhão de CPFs negativados", disse o ministro em referência ao Nubank. "Se aderirem todos os grandes bancos, são 2,5 milhões de CPFs."
O programa, que era uma promessa de campanha do governo Lula (PT) para diminuir o número de endividados no país, entrou em operação nesta segunda com a adesão dos cinco maiores bancos -Bradesco, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Caixa Econômica e Santander.
Inicialmente, a Fazenda projetava que 1,5 milhão de pessoas tivessem o "nome limpo" a partir desta segunda para que pudessem, por exemplo, negociar outros empréstimos e assinar contratos de aluguel. Os bancos terão até 28 de julho para retirar o débito da lista de inadimplentes. Continuará com o nome sujo quem tiver dívidas de outras origens que não seja bancária, como débitos de água e luz, por exemplo.
Apesar de não contar com a garantia do FGO (Fundo Garantidor de Operações) nesta fase do Desenrola, os bancos tiveram um incentivo regulatório já usado em outras ocasiões, como na pandemia de Covid-19.
As instituições financeiras que negociarem dívidas bancárias no Desenrola têm direito a um crédito presumido que, na prática, melhora a posição de capital do banco e abre espaço para impulsionar novos financiamentos. O governo estima que cerca de R$ 50 bilhões poderão ser negociados nesse contexto, beneficiando em torno de 30 milhões de pessoas.
Em nota, o Banrisul informou que está realizando as ações necessárias para viabilizar a adesão ao programa, que atualmente está em fase de desenvolvimento para atendimento das renegociações nas condições previstas. Atuamos de forma constante e com o compromisso pela busca das melhores alternativas de renegociação aos nossos clientes.