Enviado especial a Buenos Aires
O ritmo frenético nas ruas centrais, os monumentos imponentes e gente conversando nos cafés de Buenos Aires é um cenário que se mantém como nos últimos anos. No entanto, algo que pode ser percebido mais acentuadamente na capital argentina nos dias de hoje é a presença de moradores de rua, pedintes e pessoas se abrigando do frio em bancos 24 horas, cenas que a reportagem do JC presenciou nesta quarta-feira, 26 de julho, na capital argentina. Um sinal da crise econômica que o país vizinho vive novamente.
O ritmo frenético nas ruas centrais, os monumentos imponentes e gente conversando nos cafés de Buenos Aires é um cenário que se mantém como nos últimos anos. No entanto, algo que pode ser percebido mais acentuadamente na capital argentina nos dias de hoje é a presença de moradores de rua, pedintes e pessoas se abrigando do frio em bancos 24 horas, cenas que a reportagem do JC presenciou nesta quarta-feira, 26 de julho, na capital argentina. Um sinal da crise econômica que o país vizinho vive novamente.
A capa do jornal La Nacion desta quarta-feira estampava que o Fundo Monetário Internacional (FMI) estimava uma queda do PIB argentino na ordem de 2,5% neste ano. A instituição também calculou que a inflação poderá chegar a 120%. Na mesma publicação, é noticiada a crítica de entidades empresariais locais ao aumento da pressão fiscal imposto pelo governo.
Essa situação não impede que se perceba vários turistas brasileiros circulando por Buenos Aires em pontos tradicionais da cidade, como a Plaza de Mayo e a Casa Rosada, sede da presidência da República da Argentina.
Inclusive, o Real é aceito por algumas lojas e estabelecimentos comerciais da cidade, entretanto, não por todos e quem trabalha com a moeda brasileira diretamente pratica uma cotação muito desvantajosa para o consumidor.
A questão do câmbio sempre foi problemática em Buenos Aires, com pessoas abordando na rua possíveis clientes oferecendo uma negociação, no mínimo, duvidosa. Ao chegar no aeroporto Aeroparque, o turista já é alertado por um aviso que informa que a cotação referência do Banco de La Nacion Argentina para o Real na compra é de 53,20 pesos e na venda de 57,20 pesos.
Já os preços dos produtos podem variar bastante. Um chip de Internet, por exemplo, pode ir de 500 pesos a 2,4 mil pesos (entre R$ 10,00 e R$ 40,00). Quem quiser comprar uma caixa de alfajor em um "Kiosko" (uma espécie de venda, muito tradicional na Argentina), pode ir separando de 3 mil a 4 mil pesos (entre R$ 50,00 e R$ 70,00). Para o interessado em saciar a fome com um café com leite, suco se laranja e duas medialunas, é possível por 1.050 mil pesos (cerca de R$ 18,00).