A 24ª Feira Internacional da Construção (Construsul), evento reconhecido como a principal feira de negócios dos setores da construção civil e arquitetura do Sul do Brasil, registra, neste ano, algo bastante singular em relação às anteriores. Três meses antes de sua realização a feira já estava com 100% de seus espaços comercializados para 300 empresas expositoras.
Neste ano, o evento ocorrerá entre os dias 1 e 4 de agosto, no pavilhão do Centro de Eventos Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). A Sul Eventos, realizadora da feira, está otimista com esta edição e faz uma projeção animadora sobre o desempenho dos negócios que serão fechados.
De acordo com Paulo Richter, diretor de relações institucionais da Sul Eventos, a 24ª Construsul deve superar a cifra de R$ 2 bilhões da feira de 2022. “Os negócios em 2022 estavam represados, por causa da pandemia, e isto se refletiu nos valores alcançados; estamos confiantes neste ano”. Ele também comemora a existência de uma lista de espera para participação no evento de 2024, quando completará 25 edições.
Richter acredita que o setor da construção vai continuar crescendo este ano, lembrando obras de infraestrutura em andamento e também os projetos de PPP (Parcerias Público Privadas). A feira, segundo ele, também deve superar em 12% o número de visitantes da edição de 2022. “Nós estimamos um público superior a 35 mil visitantes neste ano”, cita. “Certamente, os pontos de maior convergência das atenções das pessoas, que circularão pelos 20 mil metros quadrados do Centro de Eventos, estarão nas novas tecnologias voltadas aos processos construtivos, além das palestras técnicas”.
“A automação é um desses itens. As pessoas buscam também o conforto que a tecnologia pode proporcionar. É bom chegar em casa e encontrar o ambiente já aquecido e isto é realizado a partir do uso de um celular”, destaca Richter.
Em relação à sustentabilidade, Richter explica que as construtoras estão se adaptando cada vez mais a novos processos, como “obra limpa”, ou seja, compras planejadas de quantidades necessárias para o processo construtivo; cuidados com resíduos e com a segurança nos canteiros de obras. Isto não significa, segundo ele, uma despesa, mas um investimento, principalmente na proteção da vida, contra os acidentes.
A aplicação da realidade aumentada e virtual na construção civil tem revolucionado o processo de projeto, permitindo a visualização detalhada de projetos em 3D e a identificação de possíveis problemas antes mesmo do início da obra. Essas tecnologias também têm sido utilizadas no treinamento de equipes, melhorando a segurança e a eficiência no canteiro de obras. Além disso, a realidade virtual proporciona experiências imersivas e interativas, facilitando a comunicação entre os envolvidos no projeto.
Paulo Richter esteve na sede do Jornal do Comércio, nesta terça-feira (25), e foi recebido pelo diretor de Operações do JC, Giovanni Jarros Tumelero.