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CULTURA

- Publicada em 20 de Julho de 2023 às 13:03

Fundação Força e Luz entra na disputa pelo Memorial Erico Verissimo da Renner fechada

Verônica Fernandez ressalta que fundação é um museu certificado

Verônica Fernandez ressalta que fundação é um museu certificado


Tania Meinerz/JC
O destino do Memorial Erico Verissimo que funcionava dentro da loja Renner na antiga Livraria do Globo, fechada no início do mês, no Centro Histórico de Porto Alegre, ganhou mais um capítulo nesta quinta-feira (20). A presidente da Fundação Força e Luz, Verônica Fernandez, revelou ter interesse em levar o acervo instalado na loja para o Centro Cultural CEEE, que homenageia o autor, na Rua dos Andradas, nº 1.223.
O destino do Memorial Erico Verissimo que funcionava dentro da loja Renner na antiga Livraria do Globo, fechada no início do mês, no Centro Histórico de Porto Alegre, ganhou mais um capítulo nesta quinta-feira (20). A presidente da Fundação Força e Luz, Verônica Fernandez, revelou ter interesse em levar o acervo instalado na loja para o Centro Cultural CEEE, que homenageia o autor, na Rua dos Andradas, nº 1.223.
“Estou de olho naquela estátua, ficaria perfeita aqui, já que estamos no mesmo percurso”, justifica ela, pela proximidade entre os dois imóveis, cuja distância é de poucos metros. No prédio de seis andares da Andradas, construído em 1926, há um memorial que em outubro completará 10 anos.
“Aqui, os visitantes encontram originais do livro O Tempo e o Vento, dos primeiros contos que Erico escreveu e percebem o aperfeiçoamento nas camadas de cada trabalho. Inclusive, temos versões dos textos impressos para o visitante manipular”, descreve Verônica sobre a instalação no último pavimento. No terceiro piso, há outra mostra, essa mais interativa e tecnológica. Tudo no local, que soma 3 mil peças originais e onde trabalham 13 pessoas, contempla a temática de Erico.
A Fundação Força e Luz é, hoje, mantida pela CEEE Equatorial, pela CPFL e pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Além disso, a instituição loca salas para oficinas, recebe eventos em seu salão de atos que comporta 160 pessoas, mantém o Museu da Eletricidade do RS e é lar do Acervo de Referência em Literatura Infantil e Juvenil da Câmara Rio-Grandense do Livro.
Estima-se que circulem pelo edifício cerca de 2,5 mil pessoas por mês. Só no ano passado, conforme Marcelo Scheffer, gestor de acervo e patrimônio do local, foram contabilizados 50 mil visitantes.
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Marcelo e Verônica ressaltam que o Centro Cultural CEEE Erico Verissimo é um museu certificado, o que conta como ponto positivo para receber o acervo da Renner. “Estamos resguardados por normas, e isso dá uma segurança jurídica”, salienta Verônica. “Fazemos a preservação”, emenda Marcelo.
A decisão final, no entanto, é uma incógnita. Verônica chegou a falar com uma equipe da Renner, porém não obteve resposta sobre as estátuas e os objetos guardados agora em um prédio vazio e fechado. Fontes envolvidas na disputa dizem que é da família bertaso, descendente do sócio-fundador da Livraria do Globo.

O que diz a Renner

Em nota, as lojas Renner afirmam ter uma "forte conexão com Porto Alegre" e que o "incentivo à cultura faz parte da nossa trajetória". Segundo a empresa, quando o imóvel na Rua dos Andradas foi alugado, a companhia se comprometeu a realizar a implantação do Memorial da Antiga Livraria do Globo.
"Como já estava previsto, com a desocupação do imóvel, o acervo volta a ser de responsabilidade somente do proprietário do prédio", completa o texto.

Família Bertaso diz desconhecer propriedade do acervo

Procurada pela reportagem, Elisa Bertaso, bisneta de José Bertaso, disse não saber o que acontecerá com o acervo e que a família não é dona do prédio da antiga Livraria do Globo, no Centro Histórico de Porto Alegre. “Na verdade, não sei de quem é esse acervo. Estou na luta para descobrir. E o meu interesse é que vá para um lugar legal. Só isso”, expôs.
A presidente da Fundação Força e Luz, Verônica Fernandez, conta que, caso a estátua seja concedida à iniciativa, teria vontade de instalá-la na frente do prédio, na calçada da Rua dos Andradas. “Mas tudo dependerá da análise do material, se suporta as intempéries do clima. Com certeza, será um lugar de honra”, esclarece. A intenção é, ainda, conversar com o artista autor da estátua para criação de uma narrativa.
A visitação à fundação, de segunda à sábado, é gratuita e opera de forma aberta ou mediada – essa última sob agendamento.
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Local gera lembrança afetiva em Porto Alegre

O prédio da Fundação Força e Luz é local de memórias afetivas para muitos porto-alegrenses. Seja porque diversos moradores pagavam suas contas de luz ali por muitos anos, seja pelos eventos culturais.
O prédio, incialmente, abrigou atividades de jogatina e entretenimento noturno. Os frequentadores do Centro Histórico da época, em meados de 1920, no entanto, não aprovaram a destinação do imóvel.
Por isso, em seguida ele foi vendido para a empresa Light and Power (por isso o nome Força e Luz).
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