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INDÚSTRIA AUTOMOTIVA

- Publicada em 11 de Julho de 2023 às 19:28

Venda de veículos leves no RS cresce mais do que a média nacional no 1° semestre

Em junho, foram comercializados, no RS, um volume 4,09% maior de carros leves sobre maio

Em junho, foram comercializados, no RS, um volume 4,09% maior de carros leves sobre maio


LUIZA PRADO/JC
Nos primeiros seis meses do ano, o Rio Grande do Sul apresentou um crescimento proporcional na venda de veículos leves maior do que a média brasileira. De acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o volume de emplacamentos de janeiro a junho deste ano foi 20,48% maior na comparação com o mesmo período do ano passado. No Brasil, por sua vez, o acréscimo de janeiro a junho é de 9,76%% sobre o primeiro semestre de 2022. A performance destacada do Estado no acumulado do ano está relacionada à medida provisória do governo federal, publicada no dia 6 de junho, que criou faixas de descontos para carros populares. Na sexta-feira passada, o governo encerrou o programa de incentivo à compra de veículos com a liberação de todos os recursos disponíveis para carros leves. “No RS, não temos uma incidência muito grande de pessoas jurídicas como em outros estados. Como o decreto do governo foi direcionado, nos primeiros 30 dias, exclusivamente para pessoas físicas, o aumento proporcional de vendas aqui foi maior do que em estados onde o licenciamento para pessoas jurídicas têm um peso maior”, explica o diretor-regional da Fenabrave e presidente do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado do Rio Grande do Sul (Sincodiv-RS), Paulo Siqueira. No mês de junho, foram comercializados, no Rio Grande do Sul, 9,3 mil veículos leves, um volume 4,09% maior que no mês de maio. Conforme Siqueira, os dados contabilizados pelo setor de autos e comerciais leves no Estado se referem a todos os modelos, incluindo os que não estavam inseridos no limite de valor do pacote. “Se avaliarmos somente os emplacamentos que se beneficiaram do decreto, a iniciativa promoveu crescimento de 8% no setor”, ressalta. Quando é comparado somente o mês de junho - quando teve início o programa de descontos - com junho do ano passado, o crescimento proporcional da venda de veículos leves no Estado foi de 29,8%, volume ainda maior do que a média do País - de alta de 8,61%. “Nesses dados de comparação, é preciso levar em conta que, no ano passado, ainda sofríamos com uma demanda de mercado menor por conta do que ocorreu no pós-pandemia: baixa oferta de suprimentos e de peças, agravada pela guerra entre Rússia e Ucrânia”, contextualiza.
Nos primeiros seis meses do ano, o Rio Grande do Sul apresentou um crescimento proporcional na venda de veículos leves maior do que a média brasileira. De acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o volume de emplacamentos de janeiro a junho deste ano foi 20,48% maior na comparação com o mesmo período do ano passado. No Brasil, por sua vez, o acréscimo de janeiro a junho é de 9,76%% sobre o primeiro semestre de 2022.

A performance destacada do Estado no acumulado do ano está relacionada à medida provisória do governo federal, publicada no dia 6 de junho, que criou faixas de descontos para carros populares. Na sexta-feira passada, o governo encerrou o programa de incentivo à compra de veículos com a liberação de todos os recursos disponíveis para carros leves.

“No RS, não temos uma incidência muito grande de pessoas jurídicas como em outros estados. Como o decreto do governo foi direcionado, nos primeiros 30 dias, exclusivamente para pessoas físicas, o aumento proporcional de vendas aqui foi maior do que em estados onde o licenciamento para pessoas jurídicas têm um peso maior”, explica o diretor-regional da Fenabrave e presidente do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado do Rio Grande do Sul (Sincodiv-RS), Paulo Siqueira.

No mês de junho, foram comercializados, no Rio Grande do Sul, 9,3 mil veículos leves, um volume 4,09% maior que no mês de maio. Conforme Siqueira, os dados contabilizados pelo setor de autos e comerciais leves no Estado se referem a todos os modelos, incluindo os que não estavam inseridos no limite de valor do pacote. “Se avaliarmos somente os emplacamentos que se beneficiaram do decreto, a iniciativa promoveu crescimento de 8% no setor”, ressalta.

Quando é comparado somente o mês de junho - quando teve início o programa de descontos - com junho do ano passado, o crescimento proporcional da venda de veículos leves no Estado foi de 29,8%, volume ainda maior do que a média do País - de alta de 8,61%. “Nesses dados de comparação, é preciso levar em conta que, no ano passado, ainda sofríamos com uma demanda de mercado menor por conta do que ocorreu no pós-pandemia: baixa oferta de suprimentos e de peças, agravada pela guerra entre Rússia e Ucrânia”, contextualiza.
Ainda conforme a entidade, o desempenho no mês passado fez com que o Rio Grande do Sul recuperasse a 7ª posição no ranking nacional, com participação total de 4%. Até então, vinha oscilando no 8º lugar. Em primeiro lugar no número de emplacamentos aparece São Paulo, com 22,9% de participação total do mercado, seguido de Minas Gerais (15%), Paraná (6%), Rio de Janeiro (5,9%), Bahia (4,9%) e Santa Catarina (4,6%).

De acordo com o balanço do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), 125 mil carros foram comercializados com descontos entre R$ 2 mil e R$ 8 mil, ou 1,7% e 11,7%. “A medida provisória visava alcançar, sobretudo, pessoas físicas e veículos de até R$ 120 mil, o que representa 25% do mercado de licenciamentos de veículos no Brasil. Nesse sentido, a iniciativa foi um grande sucesso, porque houve um incremento de vendas, em alguns modelos, superior a 200%”, conclui Siqueira.

Alguns indicadores recentes, porém, tem gerado preocupação no setor automotivo. Na comparação de junho com maio, chama atenção as quedas no segmento de caminhões (- 4,66%) e ônibus (- 50,72%), por exemplo. “Existe uma forte preocupação com o setor de pesados, como importante termômetro do
desenvolvimento econômico, é um segmento que depende significativamente de créditos
governamentais e não conseguiu se beneficiar, efetivamente, do pacote como foi estabelecido pelo governo. As novas tecnologias de adequação aos modelos com motorização Euro 6, encareceram significativamente o valor dos caminhões, a falta de crédito e as taxas de inadimplência, agravam a situação”, acrescenta o presidente do Sincodiv-RS.

Setor automotivo deve crescer até 5% em 2023

Para o próximo semestre, a expectativa para o setor automotivo é positiva em razão de diferentes motivos, como o lançamento de modelos novos, promoções mais acentuadas das montadoras para fazer escoar estoques antigos, pagamento do 13° salário e, principalmente, uma queda na taxa de juros prevista pelo mercado para ocorrer a partir de agosto.

“O ‘nó da questão’ está na possibilidade de termos uma taxa de juros mais confortável assim como uma própria oferta de crédito, que é o que pode impulsionar o setor automotivo. A expectativa é de que encerraremos o ano, tanto a nível nacional quanto regional, com uma variação positiva entre 3% e 5%.