O Brasil fechou o primeiro semestre de 2023 com um acréscimo de 5,1 mil MW na capacidade instalada de geração de energia, de acordo com levantamento feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Desse resultado, ainda segundo o órgão regulador, apenas 11,5 MW (0,22% do total) é oriundo do Rio Grande do Sul, proveniente de um único empreendimento: a pequena central hidrelétrica (PCH) Chimarrão.
A usina está situada no rio Turvo, entre os municípios de Muitos Capões e André da Rocha. No ano passado, o ministério do Desenvolvimento Regional liberou para a implantação da PCH gaúcha a contratação de R$ 35 milhões em financiamentos, com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O projeto foi enquadrado na categoria Mutuários Privados dentro do Programa de Desenvolvimento Urbano (Pró-Cidades). Além dos recursos do FGTS, a construção da estrutura previa contar com R$ 21,6 milhões em contrapartida da Chimarrão Energética, empresa responsável pela iniciativa. O valor global da obra era estimado em R$ 56,6 milhões.
Em todo o País, na primeira metade do ano, foram 160 usinas que entraram em operação comercial. A fonte que somou o maior número de empreendimentos e também a maior potência instalada foi a eólica, com 67 complexos e 2,3 mil MW de capacidade. Logo atrás está a geração solar fotovoltaica, com 59 estruturas e 2,2 mil MW de potência.
Em relação ao primeiro semestre de 2023, 18 estados das cinco regiões brasileiras ganharam novas usinas. Os destaques, em ordem decrescente, foram a Bahia, com 1.589,5 MW; Minas Gerais, com 1.276,2 MW; o Rio Grande do Norte, com 978,4 MW; e o Piauí, com 375,4 MW. Para o ano inteiro, a meta de crescimento estabelecida pela Aneel para a matriz elétrica nacional é de 10,3 mil MW. Até o dia 3 de julho, o País registrava 193,3 mil MW disponíveis para a operação comercial. As fontes renováveis respondiam por 83,64% desse volume.