Competitividade da cadeia gaúcha do plástico será discutida na Câmara dos Deputados

Representantes da Fiergs e do Sinplast-RS estarão entre os participantes de encontro com parlamentares

Por Jefferson Klein

Distorções da Zona Franca de Manaus impactam polos petroquímicos nacionais
Após relatório sobre o tema já foi encaminhado ao vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Haas adianta que o presidente da Fiergs, Gilberto Petry, terá agendas também na quarta-feira, na capital federal, com Alckmin e com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e um dos tópicos que será abordado é o cenário do mercado de plástico.
O coordenador do Grupo Temático de Energia e Telecomunicações da Fiergs e vice-presidente do Sinplast-RS, Edilson Deitos, informa que, no ano passado, cerca de 200 mil toneladas de polietileno saíram da Zona Franca de Manaus para outros mercados brasileiros com subsídios tributários. “Isso prejudica, e muito, os estados que contam com polos petroquímicos”, enfatiza o dirigente. Um dos pleitos dos gaúchos, adianta Deitos, é que seja criado um projeto de lei (PL) que regulamente o crédito presumido de IPI sobre os produtos plásticos que deixam a Zona Franca de Manaus. Outra possibilidade seria zerar a alíquota do IPI de filmes e sacolas plásticas cobrada em outros locais do País.
“Não somos contra a Zona Franca de Manaus, somos contra as distorções que estão ocorrendo e que estão tornando aquela região um polo de transformação plástica de matéria-prima vinda dos Estados Unidos ou de outros países”, frisa o coordenador do Grupo Temático de Energia e Telecomunicações da Fiergs. Ele lembra que atuam no Rio Grande do Sul aproximadamente 1 mil empresas transformadoras de plástico, que estão sendo impactadas. Esse panorama, reforça o dirigente, também prejudica o desenvolvimento da cadeia interna de reciclagem no País e o fortalecimento do conceito da economia circular.