Com a expectativa para a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) desta semana e a definição de metas de inflação para 2026, as estimativas para o IPCA, o índice oficial de inflação no País, voltaram a cair no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (26) pelo Banco Central.
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A expectativa para o IPCA deste ano passou de 5,12% para 5,06%. Um mês antes, a mediana era de 5,71%. Para 2024, foco da política monetária, a projeção cedeu de forma modesta, de 4,00% para 3,98%. Há um mês, era de 4,13%.
Considerando somente as 153 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2023 variou de 5,07% para 4,98%. Para 2024, por sua vez, a projeção de alta caiu de 3,96% para 3,94%, considerando 152 atualizações no período.
Projeção de alta do PIB de 2023 passa de 2,14% para 2,18%
O Boletim Focus desta segunda-feira mostrou leve alta na projeção de crescimento econômico para este ano, ainda na esteira do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre (1,9%).
A mediana do PIB em 2023 subiu de 2,14% para 2,18%, contra 1,26% há um mês. Considerando apenas as 113 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2023 se manteve em 2,19%.
Para 2024, o Relatório Focus mostrou viés de alta da estimativa de crescimento do PIB, de 1,20% para 1,22%, contra 1,30% de um mês atrás. Considerando apenas as 106 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2024 cedeu de 1,19% para 1,17%.
A mediana do PIB em 2023 subiu de 2,14% para 2,18%, contra 1,26% há um mês. Considerando apenas as 113 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2023 se manteve em 2,19%.
Para 2024, o Relatório Focus mostrou viés de alta da estimativa de crescimento do PIB, de 1,20% para 1,22%, contra 1,30% de um mês atrás. Considerando apenas as 106 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2024 cedeu de 1,19% para 1,17%.
Selic no fim de 2023 segue em 12,25% ao ano e se mantém em 9,50% para o fim de 2024
Uma semana após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central que manteve a Selic em 13,75% ao ano, a expectativa para a taxa básica de juros no fim de deste ano se manteve no Boletim Focus em meio à melhora do cenário inflacionário.
A mediana para os juros básicos no fim de 2023 se manteve em 12,25%. Para o término de 2024, a expectativa também se manteve em 9,50%. Há um mês, as estimativas eram de 12,50% e 10,00%, nessa ordem.
Considerando apenas as 143 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2023 também se manteve em 12,25%. Para o fim de 2024, a projeção seguiu em 9,50%, com 140 atualizações na última semana.
Na última semana, o Copom decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano pela sétima reunião seguida. O colegiado não sinalizou claramente no comunicado a possibilidade de iniciar o ciclo de redução na Selic na próxima reunião, contrariando expectativas do governo e do mercado.
O Copom manteve o balanço para inflação neutro e destacou que "a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado tem se mostrado adequada para assegurar a convergência da inflação". O comitê ainda argumentou que, na conjuntura atual, o processo desinflacionário tente a ser mais lento e que "por expectativas de inflação desancoradas, segue demandando cautela e parcimônia."
A decisão gerou reações no governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Roma, criticou a decisão, dizendo que o nível da Selic era "irracional" e que a direção do BC jogava contra os interesses do País. Em Paris, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a decisão do Copom era um "descompasso" e que o comunicado foi "muito ruim".
Na Focus, a projeção para a Selic no fim de 2025 continuou em 9,00%, mesma mediana de quatro semanas atrás. O boletim ainda trouxe a projeção para a Selic no fim de 2026, que se manteve em 8,75%, ante 9,00% há um mês.
A mediana para os juros básicos no fim de 2023 se manteve em 12,25%. Para o término de 2024, a expectativa também se manteve em 9,50%. Há um mês, as estimativas eram de 12,50% e 10,00%, nessa ordem.
Considerando apenas as 143 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2023 também se manteve em 12,25%. Para o fim de 2024, a projeção seguiu em 9,50%, com 140 atualizações na última semana.
Na última semana, o Copom decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano pela sétima reunião seguida. O colegiado não sinalizou claramente no comunicado a possibilidade de iniciar o ciclo de redução na Selic na próxima reunião, contrariando expectativas do governo e do mercado.
O Copom manteve o balanço para inflação neutro e destacou que "a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado tem se mostrado adequada para assegurar a convergência da inflação". O comitê ainda argumentou que, na conjuntura atual, o processo desinflacionário tente a ser mais lento e que "por expectativas de inflação desancoradas, segue demandando cautela e parcimônia."
A decisão gerou reações no governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Roma, criticou a decisão, dizendo que o nível da Selic era "irracional" e que a direção do BC jogava contra os interesses do País. Em Paris, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a decisão do Copom era um "descompasso" e que o comunicado foi "muito ruim".
Na Focus, a projeção para a Selic no fim de 2025 continuou em 9,00%, mesma mediana de quatro semanas atrás. O boletim ainda trouxe a projeção para a Selic no fim de 2026, que se manteve em 8,75%, ante 9,00% há um mês.
Câmbio para 2023 segue em R$ 5,00 e permanece em R$ 5,10 para 2024
O cenário esperado para o câmbio brasileiro em 2023 e 2024 se manteve estável no Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira. A estimativa para o câmbio este ano segue em R$ 5,00, de R$ 5,11 há um mês. Para 2024, a mediana continua em R$ 5,10, contra R$ 5,17 quatro semanas antes. A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.