A abertura do novo Plano de Demissão Voluntária (PDV) da Eletrobras próximo ao fim do contrato de fornecimento de energia da termelétrica a carvão Candiota 3 (gerida pela controlada CGT Eletrosul) gerou o receio por parte do Sindicato dos Eletricitários do Rio Grande do Sul (Senergisul) de que possa ocorrer uma adesão em massa à medida pelos funcionários da térmica gaúcha. No entanto, a Eletrobras afirma, através de nota, que “não vai abrir mão de profissionais que julgar imprescindíveis para o funcionamento da usina de Candiota ou de qualquer outra de suas operações”. O acordo de fornecimento de energia da planta se encerra em 31 de dezembro de 2024.
Conforme informações da área de comunicação, a Eletrobras “informa que poderá recusar a adesão ao Plano de Demissão Voluntária de funcionários que considerar essenciais para o funcionamento de suas operações”. O mais recente PDV lançado pela companhia, na segunda-feira (19), é o segundo apresentado desde a capitalização da empresa ocorrida em junho de 2022.
No total de suas empresas (CGT Eletrosul, Chesf, Eletronorte, Furnas e Eletropar), destaca comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Eletrobras espera a saída de até 1.574 colaboradores com o plano. O período de inscrição para essa nova iniciativa será de 20 de junho a 21 de julho de 2023 e os desligamentos ocorrerão, segundo o comunicado, “a juízo e conveniência da companhia”.
As estimativas para o custeio global do PDV variam entre R$ 450 milhões e R$ 750 milhões e o seu lançamento está associado, de acordo com o grupo, “a medidas de otimização de custos e despesas operacionais, ao Plano Estratégico 2023-27, além de viabilizar maior aderência à nova estrutura organizacional da companhia que está em fase final de modelagem e implantação”.