Sob renovada ofensiva do governo e do setor produtivo para a queda de juros, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central perseverou em sua estratégia e manteve a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano pela sétima vez seguida -- ou mais de 10 meses. A decisão foi unânime.
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A decisão desta quarta-feira (21), que mantém a Selic no maior nível desde janeiro de 2017, já era amplamente aguardada pelo mercado financeiro. Dos 46 analistas consultados pelo Projeções Broadcast na última semana, 45 previam estabilidade dos juros básicos e apenas um projetava queda de 0,25 ponto porcentual, a 13,50%.
Apesar da manutenção, notícias favoráveis se acumularam desde a última reunião, em maio, em relação ao cenário inflacionário e aos riscos considerados pelo Copom.
Houve surpresa desinflacionária nos dados do IPCA de maio e as expectativas de inflação começaram a ceder de forma mais consistente, ainda que permaneçam acima da meta. Além disso, houve forte valorização da moeda brasileira, e o avanço do novo arcabouço fiscal reduziu a curva longa de juros.
No último Boletim Focus, a expectativa para o IPCA de 2023 era de 5,12% -- ainda acima do teto da meta (4,75%) --, contra 6,05% na pesquisa anterior ao Copom de maio. Já a projeção para 2024, foco da política monetária, cedeu de 4,18% para 4,00%, contra o centro da meta de 3,0%. No longo prazo, as expectativas estão em 3,80%.
Diante das “boas novas”, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, tem sinalizado espaço para queda de juros à frente, mas tem pedido “paciência” e repetido que é só “um voto de nove” no colegiado. Outros membros do Copom, como o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução, Renato Dias Gomes, afirmou que há “sinais preliminares” de melhoria. No mercado, a aposta é de queda da Selic em agosto.
Apesar da manutenção, notícias favoráveis se acumularam desde a última reunião, em maio, em relação ao cenário inflacionário e aos riscos considerados pelo Copom.
Houve surpresa desinflacionária nos dados do IPCA de maio e as expectativas de inflação começaram a ceder de forma mais consistente, ainda que permaneçam acima da meta. Além disso, houve forte valorização da moeda brasileira, e o avanço do novo arcabouço fiscal reduziu a curva longa de juros.
No último Boletim Focus, a expectativa para o IPCA de 2023 era de 5,12% -- ainda acima do teto da meta (4,75%) --, contra 6,05% na pesquisa anterior ao Copom de maio. Já a projeção para 2024, foco da política monetária, cedeu de 4,18% para 4,00%, contra o centro da meta de 3,0%. No longo prazo, as expectativas estão em 3,80%.
Diante das “boas novas”, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, tem sinalizado espaço para queda de juros à frente, mas tem pedido “paciência” e repetido que é só “um voto de nove” no colegiado. Outros membros do Copom, como o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução, Renato Dias Gomes, afirmou que há “sinais preliminares” de melhoria. No mercado, a aposta é de queda da Selic em agosto.
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Juro real
Com a estabilidade da taxa Selic pela sétima reunião consecutiva e recuo das expectativas inflacionárias, o Brasil continua a ter a maior taxa de juro real (descontada a inflação) do mundo, em uma lista com 40 economias. Cálculos do site MoneYou indicam que o juro real brasileiro está agora em 7,54% ao ano.
Em segundo lugar na lista que considera as economias mais relevantes, aparece o México (5,94%), seguido da Colômbia (5,16%). A média dos 40 países avaliados é de -0,73%.
Com a estabilidade da taxa Selic pela sétima reunião consecutiva e recuo das expectativas inflacionárias, o Brasil continua a ter a maior taxa de juro real (descontada a inflação) do mundo, em uma lista com 40 economias. Cálculos do site MoneYou indicam que o juro real brasileiro está agora em 7,54% ao ano.
Em segundo lugar na lista que considera as economias mais relevantes, aparece o México (5,94%), seguido da Colômbia (5,16%). A média dos 40 países avaliados é de -0,73%.