"Com a ampliação do teto do programa Minha Casa, Minha Vida, proposta em discussão pelo governo federal que poderá financiar imóveis no País para até R$ 500 mil, toda a cadeia da construção civil formada por fornecedores e empresas será beneficiada. Além disso, haverá a geração de mais empregos diretos e indiretos no setor". A avaliação foi feita pelo diretor de Habitação de Interesse Social do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon/RS), Ricardo Prada, ao afirmar que a proposta defendida pela União movimenta toda a economia, principalmente a construção civil que tem a maior quantidade de trabalhadores. "Nesse ponto de vista, o governo federal está sendo assertivo em liberar o uso de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) até o valor de R$ 500 mil", destaca.
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Somente no Rio Grande Sul, o segmento é responsável pela geração de 128 mil empregos diretos com carteira assinada. Segundo o presidente do Sinduscon/RS, Cláudio Teitelbaum, se for colocado que cada emprego direto resulta em quatro indiretos, o setor chega a 700 mil trabalhadores empregados. Conforme Prada, haverá um aquecimento da economia com as medidas propostas pelo governo Lula de elevação do teto do programa habitacional. "Teremos a geração de mais empregos e a facilitação das operações de crédito. Todo mundo acabará sendo beneficiado em função de uma oferta maior de recursos financeiros do Minha Casa, Minha Vida", ressalta. Com o fomento da nova da faixa de renda de até R$ 500 mil vai resultar em um giro na economia, explica Prada, e principalmente com a geração de mais vagas de trabalho na construção civil.
Na semana passada, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu ampliar o programa para atender outras faixas de renda, em especial, a classe média. "Nós precisamos fazer não apenas o Minha Casa, Minha Vida para as pessoas mais pobres. Precisamos fazer o Minha Casa, Minha Vida para a classe média", disse Lula durante o programa Conversa com o Presidente.
O governo federal avalia aumentar o valor máximo da moradia para famílias com renda mensal de R$ 10 mil a R$ 12 mil para que elas tenham acesso ao programa de habitação. Hoje, o limite de renda é de R$ 8 mil por mês. O Ministério das Cidades, responsável pelo Minha Casa, Minha Vida, deverá realizar os cálculos para saber qual o modelo a ser proposto para ampliação do programa para a classe média.