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Controle da Braskem pode ser vendido por US$ 7,2 bilhões a estatal de Abu Dhabi e fundo dos EUA
Oferta pela gigante brasileira da petroquímica foi apresentada ao governo federal na sexta-feira
A Adnoc, estatal de petróleo de Abu Dhabi, e o fundo de private equity (investimento em empresas) norte-americano Apollo querem comprar o controle da Braskem. Para tentar avançar com o negócio, ofereceram perto de US$ 7,2 bilhões – R$ 36 bilhões pelo controle de uma das maiores petroquímicas do mundo, atualmente nas mãos da Petrobras e da Novonor (antiga Odebrecht). A esse preço, cada ação da empresa sairia a R$ 47, um prêmio alto em relação aos níveis atuais do papel, que fechou ontem (5) em R$ 23,76 (com forte alta, de 23,62%, depois de divulgado o interesse pela companhia).
A proposta foi apresentada na sexta-feira ao governo federal, dono da Petrobras, e aos bancos credores – Bradesco, Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Santander e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A grande dúvida é saber como será recebida pelo novo governo, que vem se mostrando contrário à desestatização e ainda está definindo qual será o papel da Petrobras. As informações são da Agência Estado.
A proposta foi apresentada na sexta-feira ao governo federal, dono da Petrobras, e aos bancos credores – Bradesco, Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Santander e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A grande dúvida é saber como será recebida pelo novo governo, que vem se mostrando contrário à desestatização e ainda está definindo qual será o papel da Petrobras. As informações são da Agência Estado.
Com a notícia, as ações da Braskem tiveram um salto de mais de 23% no fechamento do pregão de sexta-feira do Ibovespa. Em meio à sessão, os papéis da petroquímica chegaram a subir mais de 40%.
A venda da Braskem se arrasta há pelo menos três anos, após chegar muito próximo de ser fechada com a multinacional LyondellBasell, em 2019. No início de 2022, uma oferta bilionária de ações em Bolsa foi abortada na última hora, após os bancos credores perceberem que a operação só iria adiante com as ações vendidas a R$ 40.
A venda da Braskem se arrasta há pelo menos três anos, após chegar muito próximo de ser fechada com a multinacional LyondellBasell, em 2019. No início de 2022, uma oferta bilionária de ações em Bolsa foi abortada na última hora, após os bancos credores perceberem que a operação só iria adiante com as ações vendidas a R$ 40.
No meio do ano passado, alguns interessados começaram a se manifestar, entre eles a gestora norte-americana Apollo, que apresentou proposta envolvendo a compra de toda a Braskem, ou seja, incluindo-se a parte da Petrobras. A oferta era de R$ 47 a R$ 50 por ação da Braskem.
A holding J&F, que controla a JBS e o banco Original, também informou que pretendia entrar na disputa. Outros nomes que olharam a petroquímica foram a Ultrapar e o BTG Pactual, que queria comprar a dívida.
A holding J&F, que controla a JBS e o banco Original, também informou que pretendia entrar na disputa. Outros nomes que olharam a petroquímica foram a Ultrapar e o BTG Pactual, que queria comprar a dívida.
Procurada, a Novonor não comentou na sexta-feira. Por meio de fato relevante, a Braskem negou que a Novonor (antiga Odebrecht) tenha recebido proposta que implique em evolução material nas discussões que vem mantendo junto aos cinco bancos detentores da alienação fiduciária de sua participação indireta na companhia.
Segundo a agência Folhapress, a proposta pelo controle da Braskem sugere que os bancos credores receberiam parte da dívida de R$ 14 bilhões em dinheiro e a diferença seria convertida em dívida com a nova companhia.
Também faz parte da proposta que o novo controlador assuma o problema causado pela Braskem em Alagoas, onde ocorreu o afundamento do solo na capital Maceió – algo associado à extração de sal-gema pela empresa em uma mina que está desativada.