Piratini e empresários veem prejuízo em demora na decisão da Justiça sobre venda da Corsan

Secretário da Casa Civil, Artur Lemos, e a presidente do Instituto Trata Brasil, Luana Pretto, debateram saneamento do Tá na Mesa da Federasul

Por Cláudio Isaías

Secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos diz que debate sobre privatização já foi vencido
"O que me deixa consternado na liminar que impede a venda da Corsan é que a gente tenha que rediscutir algo que já foi discutido no passado e justificar a importância da privatização da companhia. Estamos perdendo oportunidades e tempo. E tempo é dinheiro." A avaliação foi feita pelo secretário-chefe da Casa Civil do governo do Estado, Artur Lemos, que nesta quarta-feira (3) palestrou no Tá na Mesa da Federasul, tratando do tema "Saneamento público gaúcho: desafios, entraves e oportunidades". Ele ressaltou o debate sobre a privatização da Companhia de Saneamento foi vencido na Assembleia Legislativa, que aprovou a proposta.
Segundo Lemos, o governo do Estado vai recorrer da decisão da Justiça, porque o processo de privatização da companhia precisa avançar. "As pessoas que vivem nas periferias das cidades gaúchas são as que mais sofrem com falta de investimentos no setor de saneamento. O Estado está posicionado pela privatização e está consciente que tudo foi feito dentro da transparência", ressaltou. Conforme o chefe da Casa Civil, todas as privatizações do governo do Estado seguiram um rito e foram acompanhadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Para Lemos, as entidades sindicais deveriam ter responsabilidade e não retardar o processo de privatização, cujo atraso, segundo ele, prejudica milhares de pessoas no Rio Grande do Sul.

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Em nota, o presidente do Sindiágua/RS, Arilson Wünsch, afirmou que existem estudos que demonstram que a Corsan vale muito mais do que o preço fixado, logo, por prudência, nada deveria ser feito sem rever esse erro de origem. O sindicato encaminhou diversos questionamentos que apontam possíveis irregularidades, que vão desde a subvalorização da Companhia até possíveis informações privilegiadas. O Ministério Publico de Contas (MPC) opinou pela manutenção de medida cautelar sobre a desestatização da Corsan até que sejam apresentadas garantias contra riscos.