Capitaneada pelo governador Eduardo Leite, uma comitiva do governo gaúcho se encontrará com representantes do Ministério de Minas e Energia, entre os quais o ministro Alexandre Silveira, para discutir a continuidade do projeto da Termelétrica Rio Grande. A reunião está prevista para ocorrer nesta quarta-feira (24), às 17h, em Brasília.
A usina é projetada para uma potência instalada de 1.238 mil MW (o que representa cerca de um terço da demanda média de energia elétrica do Rio Grande do Sul). O projeto prevê ainda a instalação de uma unidade de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) e de um píer no porto de Rio Grande para receber os navios que transportarão o combustível. Todo esse complexo representaria um investimento de mais de R$ 6 bilhões.
Em 2014, com a condução do grupo Bolognesi, a térmica ganhou um leilão de energia para comercializar a sua geração e permitir a sua construção. Entretanto, devido a atrasos quanto ao cronograma original das obras (a perspectiva era de que a operação da usina acontecesse até janeiro de 2019), que passaram por dificuldades quanto à liberação do licenciamento ambiental na época, a outorga do projeto da térmica foi revogada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2017.
Atualmente, o grupo Bolognesi tem um acerto de transferência dos direitos do projeto para a companhia espanhola Cobra, porém para essa medida ser concretizada é necessário o consentimento da Aneel e a confirmação que a térmica conseguirá vender sua produção de energia. Uma proposta dos empreendedores para viabilizar a termelétrica é a mudança do modelo do seu contrato. O novo acordo seria firmado como de energia de reserva, no qual as usinas que se monetizam dessa forma são utilizadas para elevar a segurança no fornecimento no Sistema Interligado Nacional (SIN), complementando os volumes de geração disponíveis e diminuindo os riscos de abastecimento quando os reservatórios das hidrelétricas estão baixos.