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Economia

COMÉRCIO EXTERIOR

- Publicada em 17 de Maio de 2023 às 12:00

Produtos brasileiros enfrentam dificuldades para entrar na Argentina

Resultado do início do ano é 101% menor do que no mesmo período do ano passado

Resultado do início do ano é 101% menor do que no mesmo período do ano passado


JUAN MABROMATA/AFP/JC
A Associação Brasileira de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) registra dificuldades para que produtos brasileiros cheguem ao mercado argentino. O comércio entre os dois países tem sido atingido após alterações promovidas pelo Banco Central da República Argentina (BCRA).
A Associação Brasileira de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) registra dificuldades para que produtos brasileiros cheguem ao mercado argentino. O comércio entre os dois países tem sido atingido após alterações promovidas pelo Banco Central da República Argentina (BCRA).
Conforme a superintendente da entidade, Silvana Dilly, em junho de 2022, o BCRA mudou as condições de acesso ao Mercado Único de Câmbio para pagamento de importações, o que vem atrasando os pagamentos em até 180 dias.

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“A isso, soma-se o fato da já tradicional demora na liberação de licenças (siras) para importação. O fato tem repelido exportadores, inclusive brasileiros, que têm receio de não receber ou receber muito mais adiante”, revela.
A Assintecal representa a indústria brasileira de componentes para calçados e couros, além de produtos químicos para o setor. Todos esses materiais estão enfrentando dificuldades para entrar na Argentina. Mas o material que mais sofre com esse entrave ainda é o de Moda, que, por ser temporal, não pode esperar meio ano para chegar ao mercado. Os produtos mais técnicos sofrem menos.
“O Rio Grande do Sul, como o maior exportador de componentes e químicos para couro e calçados do Brasil, é certamente o estado que mais sofre com a situação. Já a Argentina é o segundo principal destino internacional do setor. Para lá, no primeiro trimestre, foram exportados o equivalente a US$ 10,17 milhões em materiais, 101% menos do que no mesmo período do ano passado”, compara Silvana.
A solução para o entrave, de acordo com a representante da entidade, é apostar na capacidade diplomática dos governos brasileiro e argentino, que tem uma boa relação. “Neste primeiro passo, vamos solicitar uma audiência com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) para tratar do tema, colocando o quanto estamos sendo atingidos. Precisamos urgentemente resgatar a integração comercial tão propagada pelo Mercosul”, afirma.
A Assintecal realizou, entre os dias 9 a 11 de maio, uma Missão à Argentina com o intuito de estreitar os laços com os industriais e discutir formas de solucionar o impasse. Segundo informações do Setor de Promoção Comercial da Embaixada do Brasil na Argentina, foi reativada a chamada “comissão de pagamentos”, que está sendo capitaneada pelo MDIC em conjunto com o Ministério da Economia da Argentina.
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