Modernização de unidade de recebimento de tabaco da JTI beneficia produção gaúcha

Aporte de R$ 6 milhões em planta catarinense faz parte da estratégia de ampliar capacidade de processamento de tabaco em Santa Cruz do Sul

Por Eduardo Torres

Mecanização da fábrica localizada em Pouso Redondo (SC) garantirá maior volume para industrialização no Estado
A Japan Tobacco International (JTI) concluiu um investimento de R$ 6 milhões na sua unidade de Pouso Redondo, em Santa Catarina. É do estado vizinho, juntamente com o Paraná, que vem metade do fumo processado pela empresa no Rio Grande do Sul, em Santa Cruz do Sul. O aporte naquela unidade possibilitou a criação de uma nova porta de descarga do tabaco dos caminhões e a mecanização do processo de descarregamento dos fardos, que até então era feita manualmente.
A mudança, que começou a ser feita há um ano, com a compra de novos maquinários, faz parte da meta da JTI de ampliar em até 15% a capacidade de processamento de tabaco - de 50 mil toneladas por ano até o final de 2022 - até o final de 2023.  "Estamos felizes de iniciar a safra de 2023 com a conclusão desse importante investimento, proporcionando melhores condições de trabalho para os nossos colaboradores.
Com a mecanização, a expectativa da JTI é garantir maior volume de matéria-prima nesta etapa do processo de produção. A partir do descarregamento, o tabaco é armazenado em fardos e enviado em carretas para a processadora, em Santa Cruz do Sul.
Na ponta gaúcha, a modernização do processamento do fumo também está acelerada. Em 2022, a JTI investiu R$ 80 milhões no Estado _ 65% deste volume de recursos em maquinário para automação da produção e aplicação de inteligência artificial nesta que é a primeira etapa da industrialização do tabaco. Somente a partir de 2021 o fumo comprado nos estados do Sul passou a ter as folhas processadas no Rio Grande do Sul. Até então, somente a compra era feita aqui e o produto cru era enviado para Antuérpia, na Bélgica, onde era processado e uma parte retornava a Santa Cruz do Sul para a sua planta de industrialização de cigarros. Agora, o tabaco que é destinado aos cigarros produzidos no Brasil fica no Estado. O restante, já processado, é exportado para outras unidades industriais da JTI no mundo.
Entre 2021 e 2023, o plano de investimentos da empresa previa R$ 123 milhões aportados no Rio Grande do Sul. Nos próximos meses a JTI deve divulgar seu próximo ciclo de investimentos para os próximos três anos.