Selo de Indicação Geográfica fomenta turismo no Estado

Evento em Gramado une experiências a produtos com Identidade Geográfica

Por Bárbara Lima

Selo de Indicação Geográfica fomenta turismo no Estado
Com 13 selos de Indicação Geográfica (IG) e na busca por mais três, o Rio Grande do Sul se consolida como destino para quem quer experimentar produtos únicos e feitos por pequenos produtores em diferentes regiões. E para coroar esse movimento econômico no turismo, a sexta edição do Connection Experience, evento que acontece em Gramado, na serra gaúcha, entre os dias 17 a 21 de maio, é focada em casos de sucesso no Brasil e no mundo.

Com a temática “terroirs do Brasil”, a iniciativa visa fomentar e dar visibilidade para a economia de pequenos produtores por meio da união entre turismo, experiências sensoriais e produtos com certificado de IG. Serão apresentados no evento alimentos como queijo, chocolate, vinho e queijo e artesanato

Durante os dias de evento, realizado no Palácio dos Festivais e na Rua Coberta e na Sociedade Recreio Gramadense, palestrantes internacionais da Espanha, Colômbia, Itália, entre outros, estarão prestigiando os produtos produzidos no Estado e no Brasil, como o queijo canastra de Minas Gerais e o guaraná do Amazonas. “Será um espaço para networking tanto para empresários internacionais quanto para a comunidade local da serra”, disse o CEO do evento Eduardo Zorzanello, na cerimônia de lançamento. Já Marta Rossi, também CEO do Connection, destacou a transversalidade do evento. “O setor do turismo é o mais inclusivo que existe”, afirmou.

Para o diretor técnico do Sebrae - RS, Ayrton Ramos, a IG agrega valor ao turismo, especialmente quando feito por pequenos empresários. “O turismo é feito por micro empresas, assim como os produtos que têm Indicação Geográfica, muitas empresas crescem, ainda bem, mas esse selo surge para os pequenos”, ponderou.

Os produtores de queijo artesanal Serrano receberam o selo de IG em dezembro de 2022 e irão oferecer seu produto no evento. “Estamos muito felizes, trabalhamos com isso há muitos anos, desde que éramos pequenos. Ter o selo é bom porque hoje muita gente diz que é artesanal, mas não é”, considerou a produtora Inês da Luz Cardoso. Ela e o marido, José Luiz Marques Cardoso, produzem cerca de 7kg de queijo mensalmente e fazem tudo manualmente, desde tirar leite da vaca até a maturação, que dura quase 60 dias. A expectativa é que o evento atraia 600 participantes.