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Economia

Fórum da Liberdade

- Publicada em 14 de Abril de 2023 às 18:58

Especialistas defendem a importância do agronegócio na economia brasileira

Pela primeira vez, o Fórum da Liberdade dedicou um painel exclusivamente ao agronegócio

Pela primeira vez, o Fórum da Liberdade dedicou um painel exclusivamente ao agronegócio


EVANDRO OLIVEIRA
Pela primeira vez, o Fórum da Liberdade dedicou um painel exclusivamente ao agronegócio. O tema “Agronegócio: vilão ou o bolo do crescimento brasileiro?” reuniu Antônio Cabrera, ministro da Agricultura no governo Collor, Joaquim Leite, ministro do Meio Ambiente no governo de Jair Bolsonaro, Nei César Manica, presidente da Cotrijal e Camila Telles, influenciadora digital e produtora rural. Durante o evento promovido pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE) nesta sexta-feira (14) na Pucrs, eles destacaram a relevância do agronegócio para a economia nacional, defenderam a liberdade econômica e criticaram a atuação do MST.
Pela primeira vez, o Fórum da Liberdade dedicou um painel exclusivamente ao agronegócio. O tema “Agronegócio: vilão ou o bolo do crescimento brasileiro?” reuniu Antônio Cabrera, ministro da Agricultura no governo Collor, Joaquim Leite, ministro do Meio Ambiente no governo de Jair Bolsonaro, Nei César Manica, presidente da Cotrijal e Camila Telles, influenciadora digital e produtora rural. Durante o evento promovido pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE) nesta sexta-feira (14) na Pucrs, eles destacaram a relevância do agronegócio para a economia nacional, defenderam a liberdade econômica e criticaram a atuação do MST.

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O ex-ministro Cabrera avaliou como o mercado mudou o agronegócio brasileiro, pontuando uma série de dificuldades existentes no País, como carga tributária, gastos de governo, liberdade para empreender, leis trabalhistas e licenças ambientais. “Como um país que vivia tabelamento e bois confiscados se tornou o maior exportador de carne do mundo?”, questionou. A resposta, disse, está nas inúmeras reformas feitas na agricultura, e que não foram vistas na indústria, infelizmente.
Para ele, o fim da interferência de estatais no setor também contribuiu para a economia de mercado, proporcionando maior competitividade ao agronegócio. “Hoje, de cada 4 a 5 refeições que o mundo come, uma foi feita aqui no Brasil. De cada 10 copos de suco que o mundo bebe, tirando o mercado norte-americano, sete foram produzidos no Brasil”. O que permitiu isso foi a competitividade, disse o ex-ministro, porque faltava liberdade econômica.
Para reforçar o papel crucial do agronegócio, Nei Manica, da Cotrijal, citou alguns números do cooperativismo, que tem mais de 4,8 mil cooperativas no País e mais de 1 milhão de associados só em cooperativas agropecuárias, gerando mais de 239 mil empregos. O presidente da Cotrijal ressaltou que o produtor brasileiro é o que mais produz com sustentabilidade e o que mais respeita a legislação, fazendo com que a produção nacional seja reconhecida pelos países consumidores, principalmente os desenvolvidos.
“O maior desafio hoje no Brasil é a insegurança jurídica, é a invasão de terras, é esse desgoverno. Se compararmos os ministros desse governo com o anterior teremos muitas dificuldades, principalmente no agronegócio. No campo, queremos produzir com liberdade e responsabilidade. Queremos mostrar que o agronegócio é o que sustenta a balança comercial”, concluiu Manica.
Joaquim Leite, ex-ministro do Meio Ambiente no governo Bolsonaro, engrossou a defesa do agronegócio. “O agro brasileiro não é vilão, mas sim a solução para essa nova economia verde e global que todos nós queremos”, garantiu.
Ele deu como exemplo o acordo para redução de emissão de metano do qual o Brasil fez parte, dizendo que o tratamento de resíduos e a transformação em biogás ainda é pouco aproveitado no País e tem potencial para setores como a suinocultura. “Temos a possibilidade de um produtor rural ampliar sua produção produzindo biogás, bioenergia e biofertilizantes. Esse é o caminho da economia verde que todos nós queremos”, afirmou.
Encerrando a atividade principal do Fórum pela manhã, Camila Telles, a mais jovem entre os painelistas, citou falas dos demais participantes para reforçar as importância do agronegócio. Lembrou que o Brasil não é só Amazônia e tem seis biomas, cada um com um desafio para produzir. “Se não fosse o Cerrado e a produção na região, talvez a gente não teria passado de importador para exportador, e a gente fez isso com muita responsabilidade com muito cuidado”, disse.
Ela defendeu a maior valorização do agro e defendeu a aproximação entre campo e cidade. “Produtor não quer envenenar ninguém. O produtor quer conseguir produzir a mais no mesmo espaço geográfico sem interferir no meio ambiente e garantindo alimento para a população. A união é a solução. A união entre o campo e a cidade é a solução, não a desunião”, propôs.
Camila disse que o Brasil precisa mudar o posicionamento e perder a chamada síndrome de vira-lata. “Temos que falar para o mundo que a nossa agricultura é a mais sustentável do planeta. Temos as maiores florestas do planeta. Se a França diz que não quer importar soja do Brasil porque que vem do desmatamento nós que vamos dizer que não exportamos porque a França destruiu florestas milenares por causa da crise energética enquanto o Brasil não faz isso.”