A Japan Tobacco International (JTI) concluiu um investimento de R$ 6 milhões na sua unidade de Pouso Redondo, em Santa Catarina. É do estado vizinho, juntamente com o Paraná, que vem metade do fumo processado pela empresa no Rio Grande do Sul, em Santa Cruz do Sul. O aporte naquela unidade possibilitou a criação de uma nova porta de descarga do tabaco dos caminhões e a mecanização do processo de descarregamento dos fardos, que até então era feita manualmente.
A mudança, que começou a ser feita há um ano, com a compra de novos maquinários, faz parte da meta da JTI de ampliar em até 15% a capacidade de processamento de tabaco - de 50 mil toneladas por ano até o final de 2022 - até o final de 2023. "Estamos felizes de iniciar a safra de 2023 com a conclusão desse importante investimento, proporcionando melhores condições de trabalho para os nossos colaboradores.
Com a mecanização, a expectativa da JTI é garantir maior volume de matéria-prima nesta etapa do processo de produção. A partir do descarregamento, o tabaco é armazenado em fardos e enviado em carretas para a processadora, em Santa Cruz do Sul.
Na ponta gaúcha, a modernização do processamento do fumo também está acelerada. Em 2022, a JTI investiu R$ 80 milhões no Estado _ 65% deste volume de recursos em maquinário para automação da produção e aplicação de inteligência artificial nesta que é a primeira etapa da industrialização do tabaco. Somente a partir de 2021 o fumo comprado nos estados do Sul passou a ter as folhas processadas no Rio Grande do Sul. Até então, somente a compra era feita aqui e o produto cru era enviado para Antuérpia, na Bélgica, onde era processado e uma parte retornava a Santa Cruz do Sul para a sua planta de industrialização de cigarros. Agora, o tabaco que é destinado aos cigarros produzidos no Brasil fica no Estado. O restante, já processado, é exportado para outras unidades industriais da JTI no mundo.
Entre 2021 e 2023, o plano de investimentos da empresa previa R$ 123 milhões aportados no Rio Grande do Sul. Nos próximos meses a JTI deve divulgar seu próximo ciclo de investimentos para os próximos três anos.