Com o objetivo de discutir temas como novos modelos de negócios, boas práticas de instalação de painéis fotovoltaicos e legislação será realizado entre terça (4) e quarta-feira (5) o 3º Fórum Estadual de Energia Solar e Eficiência Energética. A reunião ocorrerá no Centro de Eventos da Festa da Uva, em Caxias do Sul.
O coordenador do encontro, professor Tiago Cassol Severo, destaca que a iniciativa tem como foco a capacitação de todos os agentes da cadeia da energia solar. A regulamentação do mercado é um dos pontos que mais desperta a atenção do segmento atualmente, pois em janeiro deste ano começou a vigorar a lei 14.300. A medida definiu novas normas quanto à geração distribuída (prática na qual o consumidor produz sua própria energia e que se propagou no Brasil principalmente através da instalação de painéis fotovoltaicos).
O coordenador do encontro, professor Tiago Cassol Severo, destaca que a iniciativa tem como foco a capacitação de todos os agentes da cadeia da energia solar. A regulamentação do mercado é um dos pontos que mais desperta a atenção do segmento atualmente, pois em janeiro deste ano começou a vigorar a lei 14.300. A medida definiu novas normas quanto à geração distribuída (prática na qual o consumidor produz sua própria energia e que se propagou no Brasil principalmente através da instalação de painéis fotovoltaicos).
Cassol considera que a lei dá mais segurança ao setor da energia solar e da geração distribuída. Contudo, apesar de fortalecer o arcabouço legal dessa área da economia, a nova regra acabou causando a ampliação do prazo de retorno do investimento (payback) para o consumidor que resolver investir nessa solução para reduzir a sua conta de luz. O professor estima que, em média, um projeto de energia solar para uma residência que consome cerca de 400 kWh ao mês custa hoje entre R$ 22 mil a R$ 23 mil, com um payback de em torno de quatro anos.
“A energia solar sempre será um ótimo investimento, comparado com quem não possui esse recurso”, afirma o coordenador do 3º Fórum Estadual de Energia Solar e Eficiência Energética. Outro fator que contribuirá para o desenvolvimento do mercado de energia solar foi o recente Decreto nº 11.456, do governo federal, que incluiu no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis) o segmento de fotovoltaicos, possibilitando zerar alíquotas de tributos como Imposto de Importação, IPI e PIS-Cofins.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), em março a geração solar em residências, comércios, indústrias, produtores rurais e prédios públicos no País ultrapassou a marca de 19 mil MW (mais que quatro vezes a demanda média de energia dos gaúchos). O Rio Grande do Sul ocupa a terceira posição no ranking dos estados com maior potência instalada (com cerca de 2 mil MW de capacidade) em geração distribuída com fonte solar, sendo superado apenas por São Paulo e Minas Gerais.