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Ampliação da unidade de plástico verde em Triunfo entra na reta final
Planta passará a ter uma capacidade de 260 mil toneladas anuais de eteno feito de matéria-prima renovável
"Para as próximas semanas." Essa é a projeção apresentada pelo vice-presidente de Finanças, Suprimentos e Relações Institucionais da Braskem, Pedro Freitas, sobre a conclusão da expansão da planta de eteno verde (feito de etanol de cana-de-açúcar) que a empresa possui no Polo Petroquímico de Triunfo Com a conclusão da ampliação, a fábrica passará de uma capacidade de produção anual de 200 mil toneladas do chamado plástico verde para 260 mil toneladas do produto por ano.
Inicialmente, quando começaram as obras de ampliação da fábrica, em 2021, o investimento previsto no projeto era de US$ 61 milhões. Atualmente, a perspectiva é de que o empreendimento absorva um aporte de US$ 87 milhões. Freitas destaca que a demanda por plástico verde ficou bastante estável em 2022, dentro de um cenário incerto do mercado petroquímico. No ano passado, a Braskem registrou o recorde histórico de volume de vendas de polietileno verde (produzido com eteno verde), atingindo 179 mil toneladas.
Ainda em Triunfo, o vice-presidente de finanças, suprimentos e relações institucionais da Braskem lembra que a expansão do centro de tecnologia da empresa deve ser inaugurada em maio. O gerente destaca que essa é a principal unidade dessa natureza que a empresa possui. Freitas participou nesta quinta-feira (23) da apresentação dos resultados financeiros da Braskem do ano passado e do último trimestre de 2022.
No quarto trimestre, a empresa registrou prejuízo de cerca de R$ 1,7 bilhão, ante lucro de R$ 550 milhões no mesmo período de 2021. A receita de vendas nos três meses encerrados em 2022 foi de R$ 19 bilhões, 33% inferior ao quarto trimestre do ano anterior. Todo o ano de 2022 terminou com prejuízo de R$ 336 milhões.
No quarto trimestre, a empresa registrou prejuízo de cerca de R$ 1,7 bilhão, ante lucro de R$ 550 milhões no mesmo período de 2021. A receita de vendas nos três meses encerrados em 2022 foi de R$ 19 bilhões, 33% inferior ao quarto trimestre do ano anterior. Todo o ano de 2022 terminou com prejuízo de R$ 336 milhões.
O presidente da Braskem, Roberto Bischoff, destaca que no ano passado o mercado de produtos químicos e petroquímicos foi bastante afetado, principalmente no segundo semestre, pela dinâmica de oferta e demanda. Ele comenta que diversos fatores têm contribuído para o consumo mais fraco, como medidas de zero Covid na China, além de dúvidas sobre cenários de crescimento na Europa e nos Estados Unidos. No período pós-pandemia, o executivo destaca que houve a entrada de novas capacidades de produção no mundo de polietileno e polipropileno, o que aumentou a oferta dessas resinas.
Para 2023, a Braskem também projeta uma postura mais cautelosa. “Neste ano, considerando que estamos no ciclo de baixa da petroquímica, as prioridades estão voltadas para a otimização operacional dos ativos e disciplina de custos”, aponta o vice-presidente de finanças, suprimentos e relações institucionais da empresa. Freitas acrescenta que, nesse contexto, a Braskem deve investir globalmente cerca de 15% a menos neste ano do que em 2022, ou seja, reduzindo os aportes de aproximadamente US$ 1 bilhão para cerca de US$ 850 milhões. Um desses desembolsos, previsto para o segundo semestre, é para a parada de manutenção da planta que a Braskem tem na Bahia, que deve absorver cerca de US$ 100 milhões.