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Usina de Uruguaiana deve receber gás da Argentina ainda neste ano
Fiergs defende financiamento do Brasil para gasoduto argentino durante evento com diplomatas do país vizinho
Diego Nuñez e Jefferson Klein
A construção do gasoduto Néstor Kirchner, que está em andamento na Argentina e prestes a ter sua primeira etapa concluída, permitirá escoar o gás de folhelho (também chamado de gás de xisto) de uma das maiores jazidas do mundo, a de Vaca Muerta. A obra beneficiará Também presente no evento da Fiergs, o embaixador da República da Argentina, Daniel Scioli, recordou que o encontro ocorrido em Buenos Aires, em janeiro, entre os presidentes brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e argentino, Alberto Fernández, serviu para intensificar os laços de integração binacional entre os dois países. Ele acrescenta que cabe às duas nações melhorar as suas condições de infraestrutura, para diminuir custos e se tornarem mais competitivas. “É preciso produzir cada vez mais e agregar valor às mercadorias”, defende o dirigente. Na reunião dessa quinta-feira, o governador da Província de Misiones, Oscar Herrera Ahuad, salientou ainda as oportunidades da região. Ele citou a importância da efetivação da construção da ponte internacional sobre o rio Uruguai ligando o município gaúcho de Porto Xavier a San Javier, na Argentina.
Primeira fase do gasoduto será finalizada até junho
O embaixador da Argentina no Brasil, o ex-vice-presidente do país vizinho Daniel Scioli, trouxe uma comitiva de ministros argentinos para Porto Alegre para estreitar os laços políticos e econômicos com o Rio Grande do Sul - que há dois anos é o principal parceiro comercial da Argentina dentre os estados brasileiros.
A comitiva se reuniu com o governador Eduardo Leite (PSDB) no Palácio Piratini. O principal assunto foi a implantação do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre, que permitiria a importação de gás da jazida de Vaca Muerta, em uma nova alternativa energética não só para o Estado, como para o Brasil.
RS e Argentina reforçaram o interesse na implantação do gasoduto. A nação busca a exportação deste recurso natural e o Estado, atualmente, importa cerca de 40% da energia que consome.
Paralelamente, a Argentina já trabalha na construção do Gasoduto Néstor Kirchner, que permitirá o transporte do gás de Vaca Muerta para diversas localidades do país e, inclusive, pode chegar até Uruguaiana.
Scioli informou que a primeira fase das obras, que ligará Vaca Muerta à província de Buenos Aires, deve ser concluída até junho. O funcionamento já permitiria elevar a importação de gás dos vizinhos territoriais. “A primeira parte finaliza agora em junho. Isso já permitirá exportar mais gás ao Brasil”, declarou o embaixador.
O ex-vice-presidente argentino informou também que a segunda fase, que ligará a província de Buenos Aires até o município de San Jerónimo, na província de Entre Rios, deve ser concluída dentro de um ano, com previsão de finalização em 2024.
“O gasoduto oferece uma dupla possibilidade de fornecimento gás para o Brasil. Hoje, o gás argentino é muito mais barato que o gás boliviano. Sem sombra de dúvidas seria um avanço muito importante. (O gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre) está em tratativas de execução. Já tem empresa interessada que fez a compra e a ideia é financiar via BNDES”, relatou o líder do governo Leite na Assembleia Legislativa, deputado estadual Frederico Antunes (PP), que participou do encontro e mantém relações com Scioli e a comitiva argentina.
Independentemente de um gasoduto capaz de ligar a matéria prima argentina à capital gaúcha, apenas o fato de o gás chegar até Uruguaiana já aumentaria o potencial energético do Estado. “Em Uruguaiana, temos uma usina termelétrica com capacidade de 650 megawatts que hoje não está em produção por falta gás. A meta é injetarmos gás nela através da produção da Argentina”, explica Antunes.
Outro assunto tratado entre Leite e os argentinos foram três pontes de ligação entre os países: a melhoria da ponte de Uruguaiana, a manutenção da concessão e funcionamento da ponte entre São Borja e Santo Tomé e a construção de uma nova ponte entre San Javier e Porto Xavier.
Hoje, São Borja e Uruguaiana concentram 99% do escoamento do comércio entre Brasil e Argentina. A partir da construção da ponte em Porto Xavier, a cidade poderia atingir uma participação de 20 a 30% dos produtos.
A comitiva se reuniu com o governador Eduardo Leite (PSDB) no Palácio Piratini. O principal assunto foi a implantação do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre, que permitiria a importação de gás da jazida de Vaca Muerta, em uma nova alternativa energética não só para o Estado, como para o Brasil.
RS e Argentina reforçaram o interesse na implantação do gasoduto. A nação busca a exportação deste recurso natural e o Estado, atualmente, importa cerca de 40% da energia que consome.
Paralelamente, a Argentina já trabalha na construção do Gasoduto Néstor Kirchner, que permitirá o transporte do gás de Vaca Muerta para diversas localidades do país e, inclusive, pode chegar até Uruguaiana.
Scioli informou que a primeira fase das obras, que ligará Vaca Muerta à província de Buenos Aires, deve ser concluída até junho. O funcionamento já permitiria elevar a importação de gás dos vizinhos territoriais. “A primeira parte finaliza agora em junho. Isso já permitirá exportar mais gás ao Brasil”, declarou o embaixador.
O ex-vice-presidente argentino informou também que a segunda fase, que ligará a província de Buenos Aires até o município de San Jerónimo, na província de Entre Rios, deve ser concluída dentro de um ano, com previsão de finalização em 2024.
“O gasoduto oferece uma dupla possibilidade de fornecimento gás para o Brasil. Hoje, o gás argentino é muito mais barato que o gás boliviano. Sem sombra de dúvidas seria um avanço muito importante. (O gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre) está em tratativas de execução. Já tem empresa interessada que fez a compra e a ideia é financiar via BNDES”, relatou o líder do governo Leite na Assembleia Legislativa, deputado estadual Frederico Antunes (PP), que participou do encontro e mantém relações com Scioli e a comitiva argentina.
Independentemente de um gasoduto capaz de ligar a matéria prima argentina à capital gaúcha, apenas o fato de o gás chegar até Uruguaiana já aumentaria o potencial energético do Estado. “Em Uruguaiana, temos uma usina termelétrica com capacidade de 650 megawatts que hoje não está em produção por falta gás. A meta é injetarmos gás nela através da produção da Argentina”, explica Antunes.
Outro assunto tratado entre Leite e os argentinos foram três pontes de ligação entre os países: a melhoria da ponte de Uruguaiana, a manutenção da concessão e funcionamento da ponte entre São Borja e Santo Tomé e a construção de uma nova ponte entre San Javier e Porto Xavier.
Hoje, São Borja e Uruguaiana concentram 99% do escoamento do comércio entre Brasil e Argentina. A partir da construção da ponte em Porto Xavier, a cidade poderia atingir uma participação de 20 a 30% dos produtos.
RS se mantém como principal parceiro comercial da Argentina
RS se mantém como principal parceiro comercial da Argentina com US$ 4 bilhões comercializados
O Rio Grande do Sul se consolida como o principal parceiro comercial da Argentina em território nacional. Pelo segundo ano consecutivo, o RS teve a maior balança comercial com os argentinos dentre os estados brasileiros. Entre importações e exportações, os gaúchos comercializam cerca de US$ 4 bilhões.
O resultado foi um incremento de 29% em relação ao período de 2021 - ano em que o RS ultrapassou São Paulo na comercialização com os argentinos. A comercialização total, na época, foi de US$ 3,1 bilhões.
Durante 2022, o Rio Grande do Sul importou US$ 2,75 bilhões da Argentina e importou US$ 1,25 bilhões ao País vizinho.
O Rio Grande do Sul se consolida como o principal parceiro comercial da Argentina em território nacional. Pelo segundo ano consecutivo, o RS teve a maior balança comercial com os argentinos dentre os estados brasileiros. Entre importações e exportações, os gaúchos comercializam cerca de US$ 4 bilhões.
O resultado foi um incremento de 29% em relação ao período de 2021 - ano em que o RS ultrapassou São Paulo na comercialização com os argentinos. A comercialização total, na época, foi de US$ 3,1 bilhões.
Durante 2022, o Rio Grande do Sul importou US$ 2,75 bilhões da Argentina e importou US$ 1,25 bilhões ao País vizinho.