Deu certo a pressão para que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovasse o aumento da mistura obrigatória do biodiesel ao diesel no País. Em uma semana de pressão de entidades, da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio) e da Frente Parlamentar em Defesa dos Biocombustíveis da Assembleia Legislativa, o CNPE definiu nesta sexta-feira (17) a elevação gradual para 15% até 2026. Atualmente, o percentual em vigor é de 10%.
Segundo o deputado estadual Elton Weber (PSB), coordenador da Frente no Legislativo gaúcho, a decisão foi extremamente positiva para o fortalecimento do Programa Nacional de Biodiesel do ponto de vista econômico, social e ambiental, com reflexos diretos na indústria e na agricultura familiar.
Com 9 unidades industriais em operação, o Rio Grande do Sul produziu 1,5 bilhão de litros em 2022. Além disso, 62% das 72 mil famílias de agricultores familiares que fornecem ao programa estão no Estado. As informações são da assessoria do parlamentar. “Valeu a luta, o Estado é o principal produtor de biodiesel do País, somente ano passado, as aquisições da agricultura familiar representaram 57% do total nacional de R$ 8,8 bilhões no Brasil. E, a partir de agora, as empresas também terão segurança para desenvolver os seus projetos”, disse Weber.
De acordo com o novo cronograma, o percentual de biodiesel subirá para 12% em abril de 2023, para 13% em 2024, para 14% em 2025 e para 15% em 2026.