Um ato em frente à Subestação Central da Ceasa-RS, em Porto Alegre, marcou o começo da migração para o mercado livre de energia no maior entreposto de hortigranjeiros do Rio Grande do Sul.
Pela primeira vez nas últimas quatro décadas, produtores e atacadistas pagarão menos pelo consumo de energia, item de custo mais elevado no rateio das despesas mensais no complexo. A expectativa é de que a conta de luz sofra redução de 30% a 40% nos próximos meses. Em cinco anos de contrato, a economia prevista é de R$ 10 milhões.
O presidente da Ceasa, Ailton dos Santos Machado, destaca que a economia será possível porque o mercado de livre energia apresenta ambiente competitivo em que se pode negociar todas as condições comerciais, como fornecedor, preço, quantidade de energia contratada, período de suprimento, pagamento, entre outras opções que contribuem para redução dos valores. “Esta redução de 30% a 40% será importantíssima, pois a energia elétrica é o principal insumo da Ceasa e o de maior custo. Isso proporcionará aos permissionários bom nível de competitividade com concorrentes externos. Também se refletirá na outra ponta da cadeia do abastecimento, com a queda no preço dos alimentos para o consumidor”, destacou.
Em média, a Ceasa-RS gasta cerca de R$ 700 mil mensais com a compra de energia. No novo sistema, essa despesa cairá para menos de R$ 500 mil.