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Dragagens previstas devem aprimorar modal hidroviário gaúcho
Governos estadual e federal estimam investir mais de R$ 90 milhões nos serviços
A perspectiva de várias dragagens a serem feitas na hidrovia gaúcha é vista pelos agentes do setor logístico como uma ação fundamental para melhorar as condições de movimentação de cargas por esse modal. As ações serão conduzidas pelos governos estadual e federal e os investimentos previstos devem ultrapassar o patamar de R$ 90 milhões.
No que compete ao governo do Estado, a Secretaria de Logística e Transportes informa que, inicialmente, a proposta era que se dragassem cinco canais prioritários. “Mas, o que se verificou, após isso, seja por dados técnicos pretéritos, seja por pedidos dos usuários das hidrovias, é que novos canais entrassem nessa pauta como prioritários, atendendo a todos os setores da economia que usam a hidrovia”, informa a pasta em nota.
Os canais que deverão ser dragados serão o da Feitoria, na Lagoa dos Patos (dragado em 2020, mas que já apresenta assoreamento, precisando redragagem), Leitão, Pedras Brancas, Itapuã, no Lago Guaíba, e Furadinho, no Delta do Jacuí. Além desses, devem ser trabalhados os canais que foram solicitados pela navegação interior, Foz dos Sinos e Foz do Caí, entre outros, em um volume menor, mas que são necessários para a movimentação dos terminais que atendem aquela região.
A estimativa inicial era de um aporte de R$ 60 milhões nesses serviços, contudo, em função do assoreamento que se verificou, passados cinco meses, o valor deve aumentar. Esse montante depende das batimetrias (medições) que ainda serão feitas, para saber efetivamente o que será dragado. Hoje, a Portos RS (empresa pública responsável por gerenciar o sistema hidroportuário do Rio Grande do Sul ) está em vias de contratação das batimetrias de todos os canais da navegação interior.
Anualmente, a taxa de assoreamento nos canais interiores que estão sob a competência da Portos RS é da ordem de 550 mil metros cúbicos. O passivo hoje deve estar na casa dos 5,5 milhões de metros cúbicos e para eliminá-lo a Secretaria de Logística e Transportes frisa que depende da definição de algumas premissas, como a capacidade da draga que será utilizada. Não há um cronograma fixado para a realização da dragagem.
Para o diretor-presidente da Associação Hidrovias do Rio Grande do Sul (HidroviasRS), Wilen Manteli, a dragagem já devia ter sido feita. “Teria que ter ocorrido antes desse verão, mas as coisas ficam muito no discurso e falta ação”, comenta o dirigente. Ele defende que seja efetuada uma audiência pública para detalhar em que estágio está o serviço de dragagem para a classe empresarial poder se programar.
Manteli afirma que muitas embarcações podem deixar de navegar pela hidrovia gaúcha, se as condições não forem as ideais. “O governo diz que tem verba, então queremos saber dos prazos. É um trabalho que teria que ser feito em caráter emergencial”, reforça o dirigente. Conforme o integrante da HidroviasRS, a falta da dragagem na Lagoa do Patos foi uma das principais causas da queda, no ano passado, da entrada de navios de longo curso que têm como destino o porto da capital gaúcha. Em 2021, segundo ele, foi registrada a movimentação de 202 embarcações e em 2022 o número caiu para 122.
No que compete ao governo do Estado, a Secretaria de Logística e Transportes informa que, inicialmente, a proposta era que se dragassem cinco canais prioritários. “Mas, o que se verificou, após isso, seja por dados técnicos pretéritos, seja por pedidos dos usuários das hidrovias, é que novos canais entrassem nessa pauta como prioritários, atendendo a todos os setores da economia que usam a hidrovia”, informa a pasta em nota.
Os canais que deverão ser dragados serão o da Feitoria, na Lagoa dos Patos (dragado em 2020, mas que já apresenta assoreamento, precisando redragagem), Leitão, Pedras Brancas, Itapuã, no Lago Guaíba, e Furadinho, no Delta do Jacuí. Além desses, devem ser trabalhados os canais que foram solicitados pela navegação interior, Foz dos Sinos e Foz do Caí, entre outros, em um volume menor, mas que são necessários para a movimentação dos terminais que atendem aquela região.
A estimativa inicial era de um aporte de R$ 60 milhões nesses serviços, contudo, em função do assoreamento que se verificou, passados cinco meses, o valor deve aumentar. Esse montante depende das batimetrias (medições) que ainda serão feitas, para saber efetivamente o que será dragado. Hoje, a Portos RS (empresa pública responsável por gerenciar o sistema hidroportuário do Rio Grande do Sul ) está em vias de contratação das batimetrias de todos os canais da navegação interior.
Anualmente, a taxa de assoreamento nos canais interiores que estão sob a competência da Portos RS é da ordem de 550 mil metros cúbicos. O passivo hoje deve estar na casa dos 5,5 milhões de metros cúbicos e para eliminá-lo a Secretaria de Logística e Transportes frisa que depende da definição de algumas premissas, como a capacidade da draga que será utilizada. Não há um cronograma fixado para a realização da dragagem.
Para o diretor-presidente da Associação Hidrovias do Rio Grande do Sul (HidroviasRS), Wilen Manteli, a dragagem já devia ter sido feita. “Teria que ter ocorrido antes desse verão, mas as coisas ficam muito no discurso e falta ação”, comenta o dirigente. Ele defende que seja efetuada uma audiência pública para detalhar em que estágio está o serviço de dragagem para a classe empresarial poder se programar.
Manteli afirma que muitas embarcações podem deixar de navegar pela hidrovia gaúcha, se as condições não forem as ideais. “O governo diz que tem verba, então queremos saber dos prazos. É um trabalho que teria que ser feito em caráter emergencial”, reforça o dirigente. Conforme o integrante da HidroviasRS, a falta da dragagem na Lagoa do Patos foi uma das principais causas da queda, no ano passado, da entrada de navios de longo curso que têm como destino o porto da capital gaúcha. Em 2021, segundo ele, foi registrada a movimentação de 202 embarcações e em 2022 o número caiu para 122.
Trabalhos no rio Taquari facilitarão acesso ao porto de Estrela
Se o governo do Estado tem a incumbência de realizar as dragagens necessárias para os navios chegarem ou saírem do porto de Rio Grande pela hidrovia, na Metade Sul, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) está trabalhando na manutenção e operação de uma via fluvial mais para dentro do território gaúcho: o rio Taquari. Essa rota é fundamental para que embarcações possam alcançar o porto de Estrela.
O órgão, ligado ao governo federal, está investindo R$ 34 milhões em serviços de dragagem e sinalização do rio, sendo que a previsão para este ano é que sejam retirados 60 mil metros cúbicos de material. De acordo com a assessoria de imprensa do Dnit, o contrato de dragagem da hidrovia é de manutenção rotineira continuada, sendo que o atual iniciou em março de 2021 e tem prazo até março de 2026.
A hidrovia do rio Taquari possui uma extensão navegável de 86,5 quilômetros e permite a ligação entre o porto rodo-hidro-ferroviário de Estrela e os portos de Porto Alegre e Rio Grande passando por diversos terminais de uso privado. Hoje, o complexo estrelense está sob gestão municipal, sendo que foi instituída a Empresa Pública de Logística Estrela (E-log) que, entre outras funções, administra a estrutura.
A presidente da E-log, Elaine Gorgn Strehl, detalha que a dragagem que está ocorrendo no rio Taquari segue da Capital até a barragem em Bom Retiro do Sul. A dirigente complementa que o percurso da barragem até o porto de Estrela, o que abrange aproximadamente 20 quilômetros, não está englobado dentro do investimento previsto no atual contrato. Entretanto, ela revela que em janeiro houve uma reunião com representantes do Dnit que informaram que esse trecho será incluído, futuramente, através de um termo aditivo.
“Mas, antes de iniciar qualquer dragagem, é necessário que entre a barragem e o porto seja feita a batimetria”, adianta Elaine. Com essa ação, será possível apurar a situação do rio e verificar a real necessidade de uma dragagem. A representante da E-log antecipa que a batimetria deverá ser feita até agosto e, posteriormente, se for preciso, poderá ser iniciada a dragagem ainda no segundo semestre.
Elaine assinala que, atualmente, há apenas movimentação de areia no porto de Estrela. No entanto, ela espera que até o final do ano possa ser retomado o transporte de grãos, com embarcações maiores. A última vez que essa atividade foi praticada ali aconteceu em 2014. Entre as cargas que podem ser trabalhadas, a dirigente cita soja, trigo, farelo e ração animal.
O órgão, ligado ao governo federal, está investindo R$ 34 milhões em serviços de dragagem e sinalização do rio, sendo que a previsão para este ano é que sejam retirados 60 mil metros cúbicos de material. De acordo com a assessoria de imprensa do Dnit, o contrato de dragagem da hidrovia é de manutenção rotineira continuada, sendo que o atual iniciou em março de 2021 e tem prazo até março de 2026.
A hidrovia do rio Taquari possui uma extensão navegável de 86,5 quilômetros e permite a ligação entre o porto rodo-hidro-ferroviário de Estrela e os portos de Porto Alegre e Rio Grande passando por diversos terminais de uso privado. Hoje, o complexo estrelense está sob gestão municipal, sendo que foi instituída a Empresa Pública de Logística Estrela (E-log) que, entre outras funções, administra a estrutura.
A presidente da E-log, Elaine Gorgn Strehl, detalha que a dragagem que está ocorrendo no rio Taquari segue da Capital até a barragem em Bom Retiro do Sul. A dirigente complementa que o percurso da barragem até o porto de Estrela, o que abrange aproximadamente 20 quilômetros, não está englobado dentro do investimento previsto no atual contrato. Entretanto, ela revela que em janeiro houve uma reunião com representantes do Dnit que informaram que esse trecho será incluído, futuramente, através de um termo aditivo.
“Mas, antes de iniciar qualquer dragagem, é necessário que entre a barragem e o porto seja feita a batimetria”, adianta Elaine. Com essa ação, será possível apurar a situação do rio e verificar a real necessidade de uma dragagem. A representante da E-log antecipa que a batimetria deverá ser feita até agosto e, posteriormente, se for preciso, poderá ser iniciada a dragagem ainda no segundo semestre.
Elaine assinala que, atualmente, há apenas movimentação de areia no porto de Estrela. No entanto, ela espera que até o final do ano possa ser retomado o transporte de grãos, com embarcações maiores. A última vez que essa atividade foi praticada ali aconteceu em 2014. Entre as cargas que podem ser trabalhadas, a dirigente cita soja, trigo, farelo e ração animal.