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Estudo aponta dez localidades do RS mais vocacionadas para a produção de hidrogênio verde
Trabalho da consultoria McKinsey & Company indica impacto no PIB gaúcho de até R$ 60 bilhões ao ano até 2040
Pesquisa contratada pelo governo gaúcho com a consultoria McKinsey & Company para mapear o potencial de produção e consumo de hidrogênio verde no Rio Grande do Sul confirmou as expectativas iniciais: o Estado pode ser competitivo na atração e desenvolvimento de empreendimentos que gerem esse combustível renovável. O trabalho indicou dez localidades com condições mais favoráveis a essa atividade: Giruá, Uruguaiana, São Francisco de Assis, Dom Pedrito, Vila Nova do Sul, Cambará do Sul/Arroio do Sal, Porto Alegre, Mostardas, Santa Vitória do Palmar e Rio Grande.
Esses municípios foram destacados levando em conta questões como a disponibilidade de energia renovável, distância do ponto de demanda e infraestrutura (como linhas de transmissão de energia e usinas próximas). O hidrogênio não ocorre isolado na natureza, um dos processos para sua obtenção é a eletrólise da água (separando o hidrogênio do oxigênio, através da eletricidade).
Para o hidrogênio ser considerado “verde”, ele precisa ser produzido a partir de fontes renováveis, como a eólica e a solar. Ao se obter o hidrogênio puro, é possível aproveitá-lo para ações como armazenar e gerar energia por meio de células de combustível (em veículos de pequeno, médio e grande porte, como automóveis e caminhões), assim como pode servir como insumo para a produção siderúrgica, química, petroquímica, agrícola, alimentícia e de bebidas e para o aquecimento de edificações.
O trabalho da McKinsey & Company, que teve um custo de por R$ 4,9 milhões, foi apresentado nesta quinta-feira (16), em evento realizado no Instituto Ling, em Porto Alegre, com a presença de vários políticos, empresários e do governador Eduardo Leite. O governador ressalta que o Estado passa a ter um documento que confirma a oportunidade do Rio Grande do Sul na produção de hidrogênio verde. “É o primeiro estado do Brasil que tem um estudo técnico, produzido por uma das grandes consultorias do mundo, com ampla participação de especialistas e iniciativa privada para respaldar os números e que será orientador de ações do próprio governo”, diz Leite.
De acordo com o levantamento, o impacto potencial da cadeia do hidrogênio verde pode ser, dependendo das aplicações adotadas para o combustível, de R$ 3,7 bilhões e 2 mil empregos gerados a R$ 60 bilhões no PIB do Rio Grande do Sul e 40 mil empregos acumulados até 2040. Do ponto de vista de emissões, o Estado poderá evitar até 8,4 milhões de toneladas de CO2 por ano no mesmo período.
Esses municípios foram destacados levando em conta questões como a disponibilidade de energia renovável, distância do ponto de demanda e infraestrutura (como linhas de transmissão de energia e usinas próximas). O hidrogênio não ocorre isolado na natureza, um dos processos para sua obtenção é a eletrólise da água (separando o hidrogênio do oxigênio, através da eletricidade).
Para o hidrogênio ser considerado “verde”, ele precisa ser produzido a partir de fontes renováveis, como a eólica e a solar. Ao se obter o hidrogênio puro, é possível aproveitá-lo para ações como armazenar e gerar energia por meio de células de combustível (em veículos de pequeno, médio e grande porte, como automóveis e caminhões), assim como pode servir como insumo para a produção siderúrgica, química, petroquímica, agrícola, alimentícia e de bebidas e para o aquecimento de edificações.
O trabalho da McKinsey & Company, que teve um custo de por R$ 4,9 milhões, foi apresentado nesta quinta-feira (16), em evento realizado no Instituto Ling, em Porto Alegre, com a presença de vários políticos, empresários e do governador Eduardo Leite. O governador ressalta que o Estado passa a ter um documento que confirma a oportunidade do Rio Grande do Sul na produção de hidrogênio verde. “É o primeiro estado do Brasil que tem um estudo técnico, produzido por uma das grandes consultorias do mundo, com ampla participação de especialistas e iniciativa privada para respaldar os números e que será orientador de ações do próprio governo”, diz Leite.
De acordo com o levantamento, o impacto potencial da cadeia do hidrogênio verde pode ser, dependendo das aplicações adotadas para o combustível, de R$ 3,7 bilhões e 2 mil empregos gerados a R$ 60 bilhões no PIB do Rio Grande do Sul e 40 mil empregos acumulados até 2040. Do ponto de vista de emissões, o Estado poderá evitar até 8,4 milhões de toneladas de CO2 por ano no mesmo período.
Sergio Canova, integrante do escritório da região Sul da McKinsey & Company, reitera que o estudo indica que o Rio Grande do Sul pode ser competitivo para produzir o hidrogênio verde podendo, além de alimentar o mercado interno, alcançar outras regiões do Brasil e outros países. “A matriz energética do mundo vai mudar e a do Rio Grande do Sul também”, prevê Canova. Ainda segundo o trabalho, o Estado pode atingir uma demanda interna de cerca de 600 mil toneladas ao ano de hidrogênio verde em 2040. Além disso, poderia comercializar de 500 mil a 900 mil toneladas do combustível anualmente para outros estados e nações.
O secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, salienta que essa atividade implica cuidado com o meio ambiente e a mitigação das mudanças climáticas. Ele sustenta que o Rio Grande do Sul tem potencial para ser líder dessa agenda. Já a secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, acrescenta que a pauta atravessa as fronteiras gaúchas. “Por que pensar na transição energética? Porque o mundo pensa nisso hoje”, comenta a secretária. Ela ressalta que é uma adaptação pela qual a humanidade está passando. Marjorie assinala que o Rio Grande do Sul possui características que favorecem o desenvolvimento dessa cadeia, como a enorme capacidade de geração de energia renovável. Em potencial eólico onshore (em terra) e offshore (no mar), somado à energia solar, o Estado ultrapassa os 300 mil MW de potência, o que é mais do que toda capacidade instalada de usinas operando no Brasil hoje.
O secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, salienta que essa atividade implica cuidado com o meio ambiente e a mitigação das mudanças climáticas. Ele sustenta que o Rio Grande do Sul tem potencial para ser líder dessa agenda. Já a secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, acrescenta que a pauta atravessa as fronteiras gaúchas. “Por que pensar na transição energética? Porque o mundo pensa nisso hoje”, comenta a secretária. Ela ressalta que é uma adaptação pela qual a humanidade está passando. Marjorie assinala que o Rio Grande do Sul possui características que favorecem o desenvolvimento dessa cadeia, como a enorme capacidade de geração de energia renovável. Em potencial eólico onshore (em terra) e offshore (no mar), somado à energia solar, o Estado ultrapassa os 300 mil MW de potência, o que é mais do que toda capacidade instalada de usinas operando no Brasil hoje.
Rio Grande apresenta diferencial logístico para atração de investimentos
O fato de contar com um complexo portuário e a geração de energia eólica, faz com que Rio Grande desponte como um dos principais municípios no radar dos empreendedores de hidrogênio verde. “Passa pelo porto a possibilidade de produção, armazenamento e a logística futura (do combustível)”, frisa o gerente de planejamento e desenvolvimento da Portos RS, Fernando Estima.
Ele enfatiza que é possível utilizar a hidrovia para movimentar o produto pelo Estado, aproveitar a cabotagem para chegar a outras regiões do País ou exportá-lo para locais mais distantes. Ele lembra que, assim como a geração eólica onshore já está estabelecida no Estado, a costa gaúcha possui um amplo potencial para a produção offshore, que poderá alimentar a produção do hidrogênio verde.
Por sua vez, o prefeito de Rio Grande, Fábio Branco, destaca que a cidade está trabalhando em um plano para neutralizar a emissão de carbono nos próximos anos. Dentro desse contexto, foi firmado nesta quinta-feira um termo de colaboração entre prefeitura e governo do Estado com o objetivo de prospectar oportunidades, seja pelo hidrogênio verde ou outras ações, para efetivar um programa de desenvolvimento de emprego e renda, focado em questões como a mudança climática e sustentabilidade. Branco adianta que uma iniciativa que pode ser tomada nessa área é utilizar, futuramente, o hidrogênio verde como combustível da frota de ônibus do município.
Ele enfatiza que é possível utilizar a hidrovia para movimentar o produto pelo Estado, aproveitar a cabotagem para chegar a outras regiões do País ou exportá-lo para locais mais distantes. Ele lembra que, assim como a geração eólica onshore já está estabelecida no Estado, a costa gaúcha possui um amplo potencial para a produção offshore, que poderá alimentar a produção do hidrogênio verde.
Por sua vez, o prefeito de Rio Grande, Fábio Branco, destaca que a cidade está trabalhando em um plano para neutralizar a emissão de carbono nos próximos anos. Dentro desse contexto, foi firmado nesta quinta-feira um termo de colaboração entre prefeitura e governo do Estado com o objetivo de prospectar oportunidades, seja pelo hidrogênio verde ou outras ações, para efetivar um programa de desenvolvimento de emprego e renda, focado em questões como a mudança climática e sustentabilidade. Branco adianta que uma iniciativa que pode ser tomada nessa área é utilizar, futuramente, o hidrogênio verde como combustível da frota de ônibus do município.