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Empreendedorismo

- Publicada em 13 de Fevereiro de 2023 às 17:35

ACPA celebra 165 anos e quer fortalecer pequenos negócios

Suzana Vellinho, presidente da ACPA, disse que quer estar cada vez mais próxima do pequeno, do micro, do médio e do grande empresário de Porto Alegre

Suzana Vellinho, presidente da ACPA, disse que quer estar cada vez mais próxima do pequeno, do micro, do médio e do grande empresário de Porto Alegre


Nabor Goulart/Divulgação/JC
Cláudio Isaias
"Uma das marcas dos 165 anos da Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA) é fortalecer cada vez mais as relações empresariais, principalmente com micro e pequenos empreendedores da cidade, além de ampliar o quadro associativo. A análise é da presidente da ACPA, Suzana Vellinho Englert, que comanda desde abril de 2022 uma das mais tradicionais instituições da Capital. Os 165 anos da entidade serão comemorados na terça-feira (14) com a realização de uma reunião de diretoria. Na ocasião, será realizado um brinde no Palácio do Comércio, no Largo Visconde de Cairú, no Centro Histórico de Porto Alegre, com a participação de vice-presidentes, diretores e conselheiros da entidade.
"Uma das marcas dos 165 anos da Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA) é fortalecer cada vez mais as relações empresariais, principalmente com micro e pequenos empreendedores da cidade, além de ampliar o quadro associativo. A análise é da presidente da ACPA, Suzana Vellinho Englert, que comanda desde abril de 2022 uma das mais tradicionais instituições da Capital. Os 165 anos da entidade serão comemorados na terça-feira (14) com a realização de uma reunião de diretoria. Na ocasião, será realizado um brinde no Palácio do Comércio, no Largo Visconde de Cairú, no Centro Histórico de Porto Alegre, com a participação de vice-presidentes, diretores e conselheiros da entidade.
O tema do encontro será "Chegamos aos 165 anos e agora para onde iremos?". Ao longo de 2023, serão feitas diversas atividades relacionadas ao aniversário da associação comercial. A programação ainda está sendo definida pela instituição. Suzana Vellinho entra para a história da ACPA por ser a primeira mulher a comandar a entidade em 165 anos.
Graduada em Relações Públicas, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), onde também se especializou em marketing, a presidente da ACPA afirma que uma das suas bandeiras durante a trajetória profissional sempre foi a construção do diálogo. "Quero ser representante dos micro e pequenos empreendedores e também dos médios e grandes. A ACPA é uma entidade que abraça o empreendedorismo na cidade", destaca.
Com o firme propósito de ampliar o quadro associativo, Suzana Vellinho disse que tem ouvido todos os comerciantes da cidade. "Precisamos estar cada vez mais próximos do pequeno, do micro, do médio e do grande empresário da cidade", ressaltou. Conforme ela, a entidade deseja continuar a pensar sobre o futuro dos empreendedores que movimentam a economia da cidade. "Uma entidade serve para nutrir as pessoas de informação a fim de perceber o que o micro, o médio, o pequeno e o grande empresário necessitam para geração de novos negócios", acrescentou. Suzana comandará a Associação Comercial de Porto Alegre até abril de 2024 e deverá tentar a reeleição para mais um mandato. 
Comerciantes fundaram a Praça do Comércio 
No dia 14 de fevereiro de 1858, a partir do entendimento e iniciativa empresarial de um grupo de  comerciantes de que ao se unirem seriam mais fortes, foi fundada a Praça de Comércio - origem da Associação Comercial de Porto Alegre. Na medida em que prosperavam, os negociantes da capital da província sentiram a necessidade de se articularem, a exemplo de Rio Grande, que organizou sua entidade em 1844, devido à importância do comércio em seu porto, muito em decorrência da Revolução Farroupilha. A Praça do Comércio, além de unir e representar comerciantes, capitães e mestres de navios, corretores e demais pessoas empregadas no comércio, também determinava o curso, o câmbio e o preço corrente de mercadorias, seguros, fretes, transportes de terra e água, fundos públicos, nacionais ou estrangeiros e outros papéis de crédito. A pesquisa e o texto "Associação Comercial de Porto Alegre - 165 anos" foi produzido pela historiadora Suzana Porcello Schilling.
Lopo Gonçalves Bastos, comerciante do ramo de secos e molhados, foi um importante e atuante líder no processo de fundação e consolidação da Praça do Comércio de Porto Alegre. Sua casa de campo (na atual rua João Alfredo) foi o local de reunião para fundação da Praça do Comércio em 1858. Lopo Gonçalves participava intensamente da vida comunitária da cidade, tendo sido vereador diversas vezes. A Praça de Comércio se instalou no centro comercial da cidade, em uma casa alugada, na antiga rua da Alfândega (hoje rua 7 de Setembro), esquina com a praça da Alfândega. A Praça de Porto Alegre, desde sua organização, estimulou o surgimento de indústrias. Em 1861, a Praça ofereceu à comissão diretora da primeira Exposição Industrial da província o empréstimo do salão do prédio em que estava instalada. 
Em 1918, a Praça do Comércio passa a se chamar Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA). No final da década de 1920, era uma entidade forte e prestigiada, porém ainda não possuía sede própria. Desde sua fundação em 1858, ocupava salas alugadas. Na presidência de Ismael Torres, a decisão e tratativas para a construção de um edifício que fosse condizente com sua representatividade tomou forma. Assim, duas reivindicações foram formalizadas. A primeira junto à prefeitura, a quem foi solicitada a doação de um terreno localizado na zona comercial. E a segunda junto à Assembleia do Estado com o objetivo de sugerir a criação de um pequeno tributo (uma taxa por quilograma de mercadoria exportada através dos portos de Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande), sendo o produto “exclusivamente empregado, nas quotas correspondentes aos portos específicos, na construção de edifícios para as sedes das Associações Comerciais de Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande”. 
A construção do prédio não foi imediata. A própria crise econômica dos primeiros anos da década de 1930 foi um empecilho à execução de empreendimento. Também a concorrência pública aberta em 1931 teve todos os projetos apresentados para o prédio rejeitados por não apresentarem os requisitos exigidos. Fato que se repetiu na concorrência pública seguinte, em 1935. A pedra fundamental do Palácio do Comércio foi lançada em 12 de outubro de 1937, sob a presidência de Alberto Oliveira, em uma cerimônia que contou com a presença de autoridades e convidados especiais. A inauguração aconteceu no dia 14 de novembro de 1940 com a presença do presidente da República, Getúlio Vargas, e de Osvaldo Cordeiro de Farias, interventor Federal no Estado.
 
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