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Varejo

- Publicada em 03 de Fevereiro de 2023 às 17:57

Preços sobem e busca por material escolar tem queda nas lojas de Porto Alegre

Preço dos materiais subiu cerca de 19% em relação a 2022

Preço dos materiais subiu cerca de 19% em relação a 2022


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Bárbara Lima
A gerente de banco Olívia Polo, mãe do Benjamin, que irá cursar a 5ª série do ensino Fundamental em 2023, ainda não fez as compras de material escolar para o ano letivo que se inicia em março. "Estou segurando um pouco, as coisas estão caras e temos várias obrigações no início do ano", contou. O comportamento dela é comum a outros consumidores e pode ser uma das justificativas para os resultados de uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (3), pelo Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas). De acordo com a entidade, para 51% dos lojistas, a procura por materiais escolares ainda está baixa nos estabelecimentos. Os preços também aumentaram cerca de 19% em relação ao mesmo período em 2022. Apesar disso, o aumento é menor do que em 2022, quando os preços subiram 24% em relação a 2021.
A gerente de banco Olívia Polo, mãe do Benjamin, que irá cursar a 5ª série do ensino Fundamental em 2023, ainda não fez as compras de material escolar para o ano letivo que se inicia em março. "Estou segurando um pouco, as coisas estão caras e temos várias obrigações no início do ano", contou. O comportamento dela é comum a outros consumidores e pode ser uma das justificativas para os resultados de uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (3), pelo Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas). De acordo com a entidade, para 51% dos lojistas, a procura por materiais escolares ainda está baixa nos estabelecimentos. Os preços também aumentaram cerca de 19% em relação ao mesmo período em 2022. Apesar disso, o aumento é menor do que em 2022, quando os preços subiram 24% em relação a 2021.
Os maiores reajustes aconteceram na venda de mochilas (40%), pastas plásticas (30%) e cadernos (23%). O levantamento apontou, ainda, que o movimento é considerado médio para 33% dos comerciantes e outros 16% consideram o movimento alto para época do ano. Estes resultados se refletem nas vendas. Cerca de 42% dos entrevistados disseram que as vendas estão semelhantes ao mesmo período de 2022. Para 25,5% houve uma queda, e 11,7% afirmam estarem vendendo mais agora em 2023.
O lojista João Novakowsky, dono da papelaria Aquarella Paper, com unidades no Park Shopping Canoas, Shopping Total e no bairro Estância Velha, notou essa queda no movimento em duas de suas lojas e aumento em apenas uma delas. "Na loja de Canoas, estou com um bom movimento, até por estar localizada em um bairro de pessoas com maior poder aquisitivo. Já nas lojas de Porto Alegre, as vendas estão baixas", explicou.
Ainda assim, ele explica que a expectativa é de melhora depois do feriado de Navegantes e para a última semana de fevereiro. "Sabemos que muitos pais deixam as compras para última hora, então, acho que vai melhorar. Vale lembrar também que o pagamento de muitos trabalhadores só entra no quinto dia útil do mês, então isso pode estar fazendo o pessoal dar uma segurada", ponderou.
Conforme a pesquisa, cada cliente está gastando, em média, R$ 183,00 com materiais escolares, mas Olívia pretende economizar o máximo possível. "Eu quero poupar. Por isso, já fiz uma limpa lá em casa, e vamos reaproveitar tudo que está em bom uso para o próximo ano. O Benjamin já está bem ciente disso", brincou.
Segundo o dono da Aquarella Paper, outra dica é aproveitar as condições de pagamento, já que os descontos, este ano, não são a primeira opção dos lojistas para atrair consumidores. Apenas 20,2% oferecem promoções ao clientes e nos locais em que isso acontece, os principais produtos em promoção são cadernos, lápis e o kit com mochila, estojo e lancheira.
"O parcelamento sem juros é uma estratégia que os pais podem usar para diluir o valor das compras nesse período do ano", disse João. 
A pesquisa identificou, ainda, que cerca de 37% dos entrevistados notaram mudança no comportamento de consumo dos pais nas compras de materiais escolares neste ano de 2023. Para essa parcela, os pais estão mais econômicos (47,1%), compram pouco (17,7%) e pesquisam mais (14,8%). Olívia concorda com esse último resultado. "Nos primeiros anos de escola dele, eu comprava tudo numa loja só. Hoje, eu dou uma boa sondada antes de comprar, às vezes, a diferença pode chegar a 30% em alguns locais", afirmou a mãe do Benjamin.
Quanto aos materiais escolares mais vendidos, lideram a lista, cadernos (63,8%), lápis (30,9%), mochilas (21,3%), borrachas (18,1%) e canetas (17%). Estojos e lápis de cor também aparecem na lista. E as temáticas preferidas da criançada, segundo a pesquisa, tem sido itens com personagens como Homem-Aranha, Naruto, Sonic e Frozen. O Benjamin, no entanto, quer cadernos de outro super herói. "A febre dele é pelo Pantera Negra e, olha, não está tão fácil de achar algo assim, só vimos numa loja na internet", contextualizou a gerente de banco.
Segundo o estudo, 67% dos consumidores ainda preferem fazer suas compras em lojas físicas, mas 33% também usam o e-commerce para comprar. 
O presidente do Sindilojas Porto Alegre, Arcione Piva, considera que a inflação no período e a data ainda distante do início das aulas, influenciam na baixa venda dos produtos até o momento. “Há os motivos da alta nos preços do material escolar, fazendo com que, por exemplo, ao invés de comprar três lápis, se compre dois, e assim sucessivamente com demais itens. Outro ponto é a reutilização de materiais do ano anterior, como uma forma de poupar", refletiu. 
 
 
 
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