Obras da subestação Porto Alegre 4 avançam

Cerca de 50% dos serviços para revitalizar a estrutura, situada próxima ao Praia de Belas Shopping, já foram executados

Por Jefferson Klein

Investimento previsto para concretizar a iniciativa é estimado em aproximadamente R$ 261,2 milhões
Considerada como um dos complexos estratégicos para o fornecimento de energia na capital gaúcha, a subestação Porto Alegre 4 passa por obras para aprimorar sua operação. Em torno de 50% dos serviços para revitalizar a estrutura, situada próxima ao Praia de Belas Shopping, na esquina das avenidas Praia de Belas e Ipiranga, já foram executados.
O CEO da MEZ, Mauricio Ernesto Zarzur, detalha que está sendo realizado o retrofit (processo de modernização de equipamentos) da unidade com a instalação de novos sistemas, como cubículos de média tensão digital e transformadores de força. "O objetivo é garantir maior confiabilidade da subestação para atendimento às novas demandas de carga somadas às atuais", enfatiza o executivo.
Entre empregos diretos e indiretos, as obras no complexo geram aproximadamente 110 postos de trabalho. O investimento previsto para concretizar a iniciativa é de cerca de R$ 261,2 milhões. As ações na estrutura iniciaram em 2021 e a previsão é que sejam concluídas em setembro deste ano.
Zarzur destaca que a subestação Porto Alegre 4 é avaliada como essencial para fornecer energia a importantes pontos de consumo na capital do Rio Grande do Sul. Entre os locais que são atendidos pela unidade estão os palácios Piratini e da Justiça, prefeitura municipal, Assembleia Legislativa, Tribunais de Contas e da Justiça, Ministérios Públicos Estadual e Federal e Hospital Beneficência Portuguesa.
Antes de ser responsabilidade da MEZ Energia, a subestação, que foi inaugurada em 1974, era administrada pelo Grupo CEEE, enquanto essa empresa ainda era uma estatal. A disputa pela concessão de 30 anos da unidade ocorreu em dezembro de 2020, através de leilão envolvendo empreendimentos de transmissão de energia promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A CEEE, na época, tentou com o Ministério de Minas e Energia evitar a licitação e manter a estrutura sob sua gestão. No entanto, o ministério não acatou os pedidos da companhia. Um incêndio ocorrido na subestação, alguns meses antes do leilão e que deixou cerca de 25 mil consumidores sem luz, já havia evidenciado a necessidade de modernização da planta.