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Bares e restaurantes gaúchos dividem expectativas para o verão
Para o início de 2023, a expectativa é contida pelo padrão migratório da população gaúcha durante o verão
O verão chegou e, com ele, a expectativa de receita dos bares e restaurantes cresce em algumas regiões do Rio Grande do Sul e diminui na Capital. As altas temperaturas contribuem para os clientes consumirem por mais tempo nos estabelecimentos – principalmente nas regiões litorâneas. No entanto, a perspectiva é menor para Porto Alegre. Apesar das diferenças, empreendimentos do setor esperam aumento no faturamento em relação ao verão do ano passado, período em que houve o pico da variante Ômicron, resultando na retração do movimento.
Para João Melo, presidente da Associação de Bares e Restaurantes no Rio Grande do Sul (Abrasel no RS), 2022 foi ótimo para o setor como um todo e permitiu uma retomada na comparação com o período mais grave da pandemia. Para o início de 2023, a expectativa é contida pelo padrão migratório da população gaúcha durante o verão.
"Os primeiros meses do ano costumam ter um movimento mais fraco na capital e região metropolitana, pois é o momento que a maioria tira férias e vai para a praia. No entanto, com a pandemia, muitas pessoas passaram a morar na praia e trabalhar de home office, o que vai reduzir essa diferença histórica. A tendência é de uma queda de faturamento mais leve para 2023 em Porto Alegre e um incremento para o litoral", explica João Melo.
Segundo dados da Abrasel, 19% das empresas gaúchas operam com prejuízo, enquanto 31% estão em equilíbrio. Entretanto, o setor deve fechar o último trimestre de 2022 com volumes recordes: em relação a 2019, a expectativa é que o faturamento crescerá 8% em termos reais.
Os últimos dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), principal medidor da inflação no país, divulgado em novembro deste ano, indicaram que o índice geral no acumulado do ano está em 5,13%, enquanto a inflação da alimentação fora do lar está em 6,93%.