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Fiergs projeta que PIB gaúcho cairá 2,5% neste ano
Economia brasileira deve crescer 3,1% em 2022
Como era esperado, a estiagem afetará o desempenho final da economia do Rio Grande do Sul neste ano. De acordo com estimativas da Fiergs, o PIB gaúcho deve registrar uma redução de 2,5% em 2022 e o Brasil, por sua vez, deve apresentar um crescimento do Produto Interno Bruto da ordem de 3,1%. Já para 2023, as condições se invertem. Enquanto a perspectiva para o Estado é um incremento de 5%, para o País a evolução deve ser apenas de 1%.
O presidente da Fiergs, Gilberto Petry, acompanhado do economista-chefe da entidade, André Nunes de Nunes, apresentou nesta terça-feira (6), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul, o Balanço 2022 e Perspectivas 2023 para as economias do Brasil e do Rio Grande do Sul. Na ocasião, Nunes enfatizou que o começo do próximo ano será decisivo para o País. “Estamos voando no meio de nuvens, com visibilidade muito baixa, com pouca orientação e os primeiros seis meses de 2023 serão muito importantes para o empresário, para o investidor, entender qual será o futuro, qual a orientação que a gente vai ter”, projeta o economista.
Ele argumenta que, após esse período, “ou a gente vai entrar em um bom ciclo de crescimento, colhendo tudo o que a gente fez nos últimos anos e aproveitando uma situação global, que nos favorece relativamente, ou vai ver o pessoal fechando a porta e apagando a luz”. Nunes ressalta que a expectativa é de a inflação começar a subir em 2023 e 2024. Esse cenário terá um impacto sobre juros e investimentos. “Isso afeta, invariavelmente, a confiança dos empresários”, destaca.
De acordo com ele, em setembro deste ano, 56% dos empresários se diziam otimistas quanto ao futuro da economia brasileira e, agora, esse percentual caiu para 19,6%. Já a intenção quanto à disposição de investimento era de 70% e caiu para 50%. “Não se fala em investimentos nos próximos seis meses, isso é muito ruim para a economia do Rio Grande do Sul e para a nossa indústria porque produzimos muitos bens de capital”, enfatiza o economista.
O presidente da Fiergs também manifesta que uma de suas preocupações é a queda da confiança da indústria na economia nacional. "Se a indústria não faz investimento, não se gera emprego", adverte Petry. Sobre a perspectiva da política que será implementada e do diálogo entre o setor industrial e o novo governo federal, o dirigente afirma que “a indústria pensa o seguinte: nós temos que produzir”. Ele reforça que o governo precisa dar condições para a operação do segmento e não atrapalhar.
“O que eu acho é que não poderia desmanchar sinalizações que vieram, seja o presidente o Lula (Luiz Inácio Lula da Silva) ou o Bolsonaro (Jair Bolsonaro)”, aponta Petry. O presidente da Fiergs afirma que a maior demanda para esse novo governo é a reindustrialização do País. Ele acrescenta que a recriação do Ministério da Indústria e Comércio possibilitaria um contato mais fácil e direto com o governo federal.
Segundo a Fiergs, o resultado futuro vai depender da capacidade do novo governo federal e do congresso nacional de sinalizar a continuidade da agenda de reformas e adotar medidas que garantam o equilíbrio das contas públicas e da dívida no longo prazo. Já para a economia do Estado, a recuperação agrícola deve resultar em uma faixa de crescimento elevada. O aumento estimado na produção da safra de grãos é de 52,5%, conforme prognóstico do IBGE.
O presidente da Fiergs, Gilberto Petry, acompanhado do economista-chefe da entidade, André Nunes de Nunes, apresentou nesta terça-feira (6), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul, o Balanço 2022 e Perspectivas 2023 para as economias do Brasil e do Rio Grande do Sul. Na ocasião, Nunes enfatizou que o começo do próximo ano será decisivo para o País. “Estamos voando no meio de nuvens, com visibilidade muito baixa, com pouca orientação e os primeiros seis meses de 2023 serão muito importantes para o empresário, para o investidor, entender qual será o futuro, qual a orientação que a gente vai ter”, projeta o economista.
Ele argumenta que, após esse período, “ou a gente vai entrar em um bom ciclo de crescimento, colhendo tudo o que a gente fez nos últimos anos e aproveitando uma situação global, que nos favorece relativamente, ou vai ver o pessoal fechando a porta e apagando a luz”. Nunes ressalta que a expectativa é de a inflação começar a subir em 2023 e 2024. Esse cenário terá um impacto sobre juros e investimentos. “Isso afeta, invariavelmente, a confiança dos empresários”, destaca.
De acordo com ele, em setembro deste ano, 56% dos empresários se diziam otimistas quanto ao futuro da economia brasileira e, agora, esse percentual caiu para 19,6%. Já a intenção quanto à disposição de investimento era de 70% e caiu para 50%. “Não se fala em investimentos nos próximos seis meses, isso é muito ruim para a economia do Rio Grande do Sul e para a nossa indústria porque produzimos muitos bens de capital”, enfatiza o economista.
O presidente da Fiergs também manifesta que uma de suas preocupações é a queda da confiança da indústria na economia nacional. "Se a indústria não faz investimento, não se gera emprego", adverte Petry. Sobre a perspectiva da política que será implementada e do diálogo entre o setor industrial e o novo governo federal, o dirigente afirma que “a indústria pensa o seguinte: nós temos que produzir”. Ele reforça que o governo precisa dar condições para a operação do segmento e não atrapalhar.
“O que eu acho é que não poderia desmanchar sinalizações que vieram, seja o presidente o Lula (Luiz Inácio Lula da Silva) ou o Bolsonaro (Jair Bolsonaro)”, aponta Petry. O presidente da Fiergs afirma que a maior demanda para esse novo governo é a reindustrialização do País. Ele acrescenta que a recriação do Ministério da Indústria e Comércio possibilitaria um contato mais fácil e direto com o governo federal.
Segundo a Fiergs, o resultado futuro vai depender da capacidade do novo governo federal e do congresso nacional de sinalizar a continuidade da agenda de reformas e adotar medidas que garantam o equilíbrio das contas públicas e da dívida no longo prazo. Já para a economia do Estado, a recuperação agrícola deve resultar em uma faixa de crescimento elevada. O aumento estimado na produção da safra de grãos é de 52,5%, conforme prognóstico do IBGE.
Crescimento gaúcho para 2023 acontecerá em cima de uma base baixa
Ainda segundo a Fiergs, o crescimento da economia gaúcha de 5% estimado para o próximo ano aparenta ser elevado, mas isso coloca o nível do PIB do Rio Grande do Sul em 2023 apenas 2,4% acima do patamar de 2021, o equivalente a crescer a uma média de 1,2% em dois anos, o que é pouco e deixa o Estado abaixo da média nacional. Ou seja, parte do crescimento acentuado é explicada por uma base mais baixa em 2022, projetada para uma queda do Produto Interno Bruto de 2,5%.
As perspectivas para a Indústria não são muito diferentes de 2022. A produção industrial deve ter mais um ano de crescimento, embora baixo. Ainda segundo a Fiergs, a economia brasileira e a mundial devem desacelerar, a incerteza ficou maior, o ciclo de deflação terminou, e a política monetária deve seguir restritiva num quadro fiscal desafiador e de demanda externa menor. Tendo como únicos vetores positivos a normalização completa da cadeia de suprimentos e menores pressões sobre os custos, o PIB da Indústria brasileira e da gaúcha devem crescer, em 2023, 1% e 1,2%, respectivamente.
Nesse cenário, a geração de postos de trabalho tende a diminuir o ritmo no próximo ano, com projeção de abertura de 550 mil vagas com carteira assinada no País. No Rio Grande do Sul, espera-se a criação de 38 mil empregos, sendo 12 mil na Indústria. O saldo de vagas formais deve ser mais baixo do que nos anos anteriores em decorrência do menor crescimento esperado para a Indústria e os Serviços, os setores que, historicamente, concentram a geração de emprego no Estado. A perspectiva de baixo crescimento mundial, com reflexo nos preços de commodities, e o prognóstico de uma boa safra no ano que vem, favorecerem os níveis de inflação no Brasil, que deverá encerrar 2023 em 5,2%.
As perspectivas para a Indústria não são muito diferentes de 2022. A produção industrial deve ter mais um ano de crescimento, embora baixo. Ainda segundo a Fiergs, a economia brasileira e a mundial devem desacelerar, a incerteza ficou maior, o ciclo de deflação terminou, e a política monetária deve seguir restritiva num quadro fiscal desafiador e de demanda externa menor. Tendo como únicos vetores positivos a normalização completa da cadeia de suprimentos e menores pressões sobre os custos, o PIB da Indústria brasileira e da gaúcha devem crescer, em 2023, 1% e 1,2%, respectivamente.
Nesse cenário, a geração de postos de trabalho tende a diminuir o ritmo no próximo ano, com projeção de abertura de 550 mil vagas com carteira assinada no País. No Rio Grande do Sul, espera-se a criação de 38 mil empregos, sendo 12 mil na Indústria. O saldo de vagas formais deve ser mais baixo do que nos anos anteriores em decorrência do menor crescimento esperado para a Indústria e os Serviços, os setores que, historicamente, concentram a geração de emprego no Estado. A perspectiva de baixo crescimento mundial, com reflexo nos preços de commodities, e o prognóstico de uma boa safra no ano que vem, favorecerem os níveis de inflação no Brasil, que deverá encerrar 2023 em 5,2%.
Dados e Projeções quanto ao PIB:
Brasil:
2021 2022* 2023*
Agropecuária
0,3% -1,3% 3,0%
Indústria
4,8% 1,5% 1,0%
Serviços
5,2% 4,0% 0,8%
Total
5,0% 3,1% 1,0%
Rio Grande do Sul:
Agropecuária
67% -33,5% 38,7%
Indústria
9,7% 2,5% 1,2%
Serviços
4,1% 4,0% 1,5%
Total
9,8% -2,5% 5,0%
Fonte: Fiergs
* Projeções da Unidade de Estudos Econômicos – Fiergs
2021 2022* 2023*
Agropecuária
0,3% -1,3% 3,0%
Indústria
4,8% 1,5% 1,0%
Serviços
5,2% 4,0% 0,8%
Total
5,0% 3,1% 1,0%
Rio Grande do Sul:
Agropecuária
67% -33,5% 38,7%
Indústria
9,7% 2,5% 1,2%
Serviços
4,1% 4,0% 1,5%
Total
9,8% -2,5% 5,0%
Fonte: Fiergs
* Projeções da Unidade de Estudos Econômicos – Fiergs