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Energia

- Publicada em 25 de Dezembro de 2022 às 16:59

Geração solar chega a 19 GW de potência instalada

Média de economia, em substituição à elétrica, chega a até 90%

Média de economia, em substituição à elétrica, chega a até 90%


/TÂNIA MEINERZ/JC
A média de economia, quando se utiliza a energia solar em substituição à elétrica, chega a até 90%. A estimativa é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
A média de economia, quando se utiliza a energia solar em substituição à elétrica, chega a até 90%. A estimativa é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
O setor, que vem crescendo muito no Brasil, já ocupa o 3º lugar em geração de energia, perdendo apenas para eólica e elétrica.
O País ultrapassou a marca de 19 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica. Desse total, 13 são de potência instalada em telhados, fachadas e pequenos terrenos. O restante corresponde às usinas de grande porte.
O número é considerado histórico pelo setor e, com base neles, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que a capacidade instalada poderá dobrar até o início do ano que vem.
O presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, disse que os crescentes reajustes nas contas de luz e a redução dos custos para instalação das placas fotovoltaicas explicam o crescimento desse tipo de energia no País.
A energia solar é considerada uma fonte limpa, que não produz resíduo ou poluição. Segundo a Absolar, essa energia evitou a emissão de quase 28 milhões de toneladas de CO2 (dióxido de carbono) na geração de eletricidade.
O custo de instalação, no entanto, não é baixo. Para residências, o preço médio é de R$ 25 mil e, para indústrias, de até R$ 200 mil. Sauaia afirmou ainda que esses valores devem cair. Como a redução nas contas mensais é alta, o investimento é recuperado em poucos anos.
Desde 2012, de acordo com dados da Absolar, a energia solar garantiu R$ 10 bilhões em novos investimentos no Brasil, além de 640 mil empregos. A arrecadação aos cofres públicos foi de quase R$ 40 bilhões.
 

Banco do Brasil inaugura quatro usinas solares

Em vigor desde 2020, a geração própria de energia solar pelo Banco do Brasil (BB) ganhou impulso com a inauguração de quatro usinas de energia fotovoltaica. Os empreendimentos ficam em Xique-Xique, na Bahia, Rio Paranaíba, em Minas Gerais, Loanda, no Paraná, e Lins, em São Paulo, e foram construídos pela empresa do setor energético EDP.
Segundo o BB, as novas usinas podem gerar até 23 megawatt pico (MWp), unidade que representa a capacidade máxima instalada em condições climáticas favoráveis e gerarão economia de R$ 102,5 milhões em 15 anos de contrato.
As quatro plantas compensarão o consumo energético de 365 agências e farão o banco deixar de emitir cerca de 3 mil toneladas de gás carbônico na atmosfera por ano. As informações são da Agência Brasil.
Com as novas plantas, o BB já opera sete usinas de energia solar. As duas primeiras foram inauguradas em 2020, em Porteirinhas, Minas Gerais e em São Domingos do Araguaia, no Pará. Outra usina foi inaugurada em Naviraí, Mato Grosso do Sul.
O projeto continuará em expansão nos próximos anos. O BB tem mais 22 usinas fotovoltaicas em fase de contratação ou em construção. Segundo a instituição financeira, quando todas as 29 plantas estiverem em operação, a energia gerada compensará o consumo de cerca de 1,4 mil agências.
Em outubro, as duas primeiras usinas solares do BB ultrapassaram a marca de 30 gigawatts-hora em geração de energia, desde o início da operação. Isso equivale a um volume suficiente para iluminar uma cidade de 150 mil residências por um mês inteiro. Produzida no modelo de geração distribuída, a energia entra no sistema das distribuidoras locais, sendo abatida como crédito na conta de luz do Banco do Brasil.
O projeto de geração de energia fotovoltaica tem contrapartidas sociais. As empresas contratadas desenvolvem ações de benefício às comunidades locais, como plantio de árvores e instalação de placas fotovoltaicas em entidades sociais. A modalidade de geração distribuída traz ganhos para a região das usinas, como a criação de empregos diretos e indiretos, o aumento da arrecadação de tributos no município e a melhoria da rede de energia.
Além das usinas solares, o BB tem um projeto de energia limpa para os grandes prédios. O banco migrou 61 edifícios para o mercado livre de energia, modelo que prevê a compra certificada de energia de fontes 100% renováveis. A instituição pretende migrar mais quatro prédios nos próximos meses.

Consumo de energia elétrica recuou em novembro, segundo CCEE

Frio fora de época no mês contribuiu para redução do consumo

Frio fora de época no mês contribuiu para redução do consumo


/LUCA SOLA/AFP/JC
Depois da alta em outubro, o Brasil consumiu 64.877 MW médios de energia elétrica em novembro de 2022, volume 1,2% abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado.
O mercado livre, em que as grandes indústrias e empresas contratam seu fornecimento das geradoras ou comercializadoras, registrou crescimento de 2,2% no comparativo com 2021.
O resultado, porém, não foi suficiente para compensar a queda de 3,1% do ambiente regulado, no qual as distribuidoras vendem o insumo para as residências e o médio ou pequeno comércio.
Os dados são do Boletim InfoMercado Quinzenal, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE. Para a organização, os dados refletem temperaturas abaixo da média histórica em boa parte do Brasil, sobretudo na primeira quinzena de novembro.
Com dias mais frios, há a menor necessidade de acionamento de equipamentos de refrigeração, como aparelhos de ar-condicionado.
Desconsiderando o efeito das migrações de consumidores entre os segmentos, o mercado regulado teria apresentado uma retração mais suave, de 1,6%, enquanto o ambiente livre teria invertido sua posição de crescimento, com uma queda de 0,4% no resultado. A indústria têxtil, o comércio e o ramo de minerais não-metálicos foram os principais impactados por uma menor demanda por eletricidade.
Além disso, caso não houvesse a micro e minigeração distribuída, ou seja, os painéis solares fotovoltaicos instalados em residências e nos estabelecimentos comerciais, o mercado das distribuidoras teria registrado uma redução de apenas 0,1%. Em novembro, a região Norte e parte do Centro-Oeste registraram altas, além do Maranhão, que teve o maior crescimento, de 28%, seguido por Rondônia (15%) e Amazonas (8%).
Enquanto isso, o Sul, uma parte da região central e quase todos os estados do Sudeste e do Nordeste tiveram queda. As maiores baixas foram observadas em Pernambuco e Mato Grosso do Sul, ambos com declínio de cerca de 9%, seguidos pelo Paraná (-7%).
As hidrelétricas chegaram ao final do período seco e início do ciclo chuvoso com aumento de 20,2% na geração de energia, no comparativo com novembro de 2021.
Enquanto isso, a produção das térmicas caiu 58,4%. Mais uma vez, o período foi favorável para a produção das renováveis, com avanço de 47,7% das fazendas solares fotovoltaicas e 1% dos parques eólicos.
Ainda em novembro, o Brasil exportou 368 megawatts médios de energia elétrica para a Argentina. Pela contabilização do setor, a venda de excedentes para países vizinhos é registrada como um "consumo" no segmento de Serviços.
Levando em consideração esse efeito, o volume consumido no Sistema Interligado Nacional - SIN teria caído 0,6% frente ao mesmo mês de 2021.