Marca da gestão dos tucanos Eduardo Leite (PSDB) e Ranolfo Vieira Júnior (PSDB) à frente do Palácio Piratini, a desestatização de ativos do Rio Grande do Sul seguirá intensa até o final deste ano. Nos dias 12, 20 e 22 de dezembro, estão agendadas, respectivamente, a promoção de Parceria Público-Privada (PPP) do Cais Mauá, a privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e a concessão do parque Jardim Botânico de Porto Alegre. Essa última teve a data postergada nesta sexta-feira (2) pelo governo gaúcho. Anteriormente marcado para 8 de dezembro, o novo leilão ocorrerá dia 22.
“Temos a expectativa de sucesso nos três leilões. Todos despertaram interesse do mercado. Há empresas estudando os projetos e esperamos contar com boas propostas para todos eles”, analisa o secretário executivo de Parcerias do Estado, Marcelo Spilki.
Segundo o secretário, não há razão especial para o agendamento dessa série de certames na reta final do ano. “O Jardim Botânico é uma sequência da carteira de parques. Após as licitações do Caracol/Tainhas e Turvo, precisamos dar um certo tempo para que as empresas pudessem estudar o projeto. Além disso, há uma série de concessões na área ambiental em processo de licitação em todo o Brasil, e nossos parques concorrem com esses projetos em um mercado com poucos operadores”, esclarece.
Em agosto, os parques estaduais do Caracol, em Canela, e do Tainhas, nos Campos de Cima da Serra, foram leiloados pelo valor de R$ 150 milhões, enquanto o do Turvo, localizado no município de Derrubadas, foi concedido por R$ 125 mil.
Em relação ao Cais Mauá, o secretário recorda que, inicialmente, o leilão estava marcado para setembro, mas foi adiado, para que, segundo ele, as empresas tivessem mais tempo para aprofundar os estudos e preparar suas propostas. Neste certame, os investimentos previstos em restauro, urbanização e revitalização somam R$ 355 milhões para as áreas concedidas. Outros R$ 20,5 milhões deverão ser gastos, anualmente, para operação e manutenção das áreas sob concessão, ao longo de 30 anos de contrato.
Ainda de acordo com Spilki, o cronograma do leilão da Corsan, por sua vez, sempre esteve previsto para ocorrer em dezembro. Nesta negociação, o preço mínimo que os concorrentes terão que pagar para arrematar o controle acionário da companhia é de cerca de R$ 4,1 bilhões. A estimativa é que o contrato com o grupo que vencer a disputa seja assinado em 20 de março de 2023.
Para o secretário executivo de Parcerias do Estado, o balanço de privatizações da atual gestão é positivo e faz com que o governo tenha mais poder de investimentos em áreas essenciais, como saúde, educação e segurança. “Com as privatizações das empresas do grupo CEEE (Distribuição, Transmissão e Geração), Sulgás e Corsan, o Estado transfere a execução de investimentos e a prestação de serviços em áreas importantes para operadores privados e passa a ter um novo papel de regulador e fiscalizador”, conclui.
Ainda em dezembro, no dia 16, ocorrerá o leilão de três armazéns nos portos de Rio Grande e Porto Alegre, estruturas essas ligadas ao Portos RS - empresa pública, mas com orçamento privado. No mesmo dia, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) promoverá um leilão de transmissão que inclui a revitalização dos sistemas de controle e de teleproteção da conversora de energia situada na cidade de Garruchos, com valor estimado em R$ 1,1 bilhão.
“Temos a expectativa de sucesso nos três leilões. Todos despertaram interesse do mercado. Há empresas estudando os projetos e esperamos contar com boas propostas para todos eles”, analisa o secretário executivo de Parcerias do Estado, Marcelo Spilki.
Segundo o secretário, não há razão especial para o agendamento dessa série de certames na reta final do ano. “O Jardim Botânico é uma sequência da carteira de parques. Após as licitações do Caracol/Tainhas e Turvo, precisamos dar um certo tempo para que as empresas pudessem estudar o projeto. Além disso, há uma série de concessões na área ambiental em processo de licitação em todo o Brasil, e nossos parques concorrem com esses projetos em um mercado com poucos operadores”, esclarece.
Em agosto, os parques estaduais do Caracol, em Canela, e do Tainhas, nos Campos de Cima da Serra, foram leiloados pelo valor de R$ 150 milhões, enquanto o do Turvo, localizado no município de Derrubadas, foi concedido por R$ 125 mil.
Em relação ao Cais Mauá, o secretário recorda que, inicialmente, o leilão estava marcado para setembro, mas foi adiado, para que, segundo ele, as empresas tivessem mais tempo para aprofundar os estudos e preparar suas propostas. Neste certame, os investimentos previstos em restauro, urbanização e revitalização somam R$ 355 milhões para as áreas concedidas. Outros R$ 20,5 milhões deverão ser gastos, anualmente, para operação e manutenção das áreas sob concessão, ao longo de 30 anos de contrato.
Ainda de acordo com Spilki, o cronograma do leilão da Corsan, por sua vez, sempre esteve previsto para ocorrer em dezembro. Nesta negociação, o preço mínimo que os concorrentes terão que pagar para arrematar o controle acionário da companhia é de cerca de R$ 4,1 bilhões. A estimativa é que o contrato com o grupo que vencer a disputa seja assinado em 20 de março de 2023.
Para o secretário executivo de Parcerias do Estado, o balanço de privatizações da atual gestão é positivo e faz com que o governo tenha mais poder de investimentos em áreas essenciais, como saúde, educação e segurança. “Com as privatizações das empresas do grupo CEEE (Distribuição, Transmissão e Geração), Sulgás e Corsan, o Estado transfere a execução de investimentos e a prestação de serviços em áreas importantes para operadores privados e passa a ter um novo papel de regulador e fiscalizador”, conclui.
Ainda em dezembro, no dia 16, ocorrerá o leilão de três armazéns nos portos de Rio Grande e Porto Alegre, estruturas essas ligadas ao Portos RS - empresa pública, mas com orçamento privado. No mesmo dia, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) promoverá um leilão de transmissão que inclui a revitalização dos sistemas de controle e de teleproteção da conversora de energia situada na cidade de Garruchos, com valor estimado em R$ 1,1 bilhão.
Bancada do PT tenta barrar leilão da Corsan
O edital de privatização da Corsan foi publicado na última segunda-feira (28) no Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul. Desde então, setores resistentes à negociação têm se movimentado para barrar o certame. É o caso de parlamentares da bancada do PT, que, nesta quinta-feira (1), entraram com uma representação no Tribunal de Contas do Estado (TCE), questionando a negociação.
A alegação é de que o governo do Estado se antecipou ao marcar a data do leilão sem o “veredito final” dado pelo tribunal. O órgão de fiscalização, por sua vez, tem afirmado que não há empecilhos técnicos para que o procedimento siga adiante. Conforme nota publicada pelo Partido dos Trabalhadores, porém, o TCE admite que o certame deve ainda passar por uma atuação do Ministério Público de Contas.
Questionado sobre o assunto, o secretário executivo de Parcerias do RS não vê razões para que haja esse impedimento. “O processo cumpriu todas as exigências legais. A Assembleia Legislativa aprovou uma lei autorizando a privatização. O processo foi avaliado pelos órgãos de controle interno, Ministério Público e TCE e não houve qualquer objeção à continuidade do processo", alega.
A alegação é de que o governo do Estado se antecipou ao marcar a data do leilão sem o “veredito final” dado pelo tribunal. O órgão de fiscalização, por sua vez, tem afirmado que não há empecilhos técnicos para que o procedimento siga adiante. Conforme nota publicada pelo Partido dos Trabalhadores, porém, o TCE admite que o certame deve ainda passar por uma atuação do Ministério Público de Contas.
Questionado sobre o assunto, o secretário executivo de Parcerias do RS não vê razões para que haja esse impedimento. “O processo cumpriu todas as exigências legais. A Assembleia Legislativa aprovou uma lei autorizando a privatização. O processo foi avaliado pelos órgãos de controle interno, Ministério Público e TCE e não houve qualquer objeção à continuidade do processo", alega.
Cronograma
Jardim Botânico
Data: 22 de dezembro
Local: Palácio Piratini, em Porto Alegre
Lance mínimo: R$ 128,9 mil
Investimento previsto: R$ 27,3 milhões
Investimento previsto: R$ 27,3 milhões
Cais Mauá
Data: 12 de dezembro
Local: B3, em São Paulo
Lance máximo: R$ 144,9 milhões (contraprestação pública máxima, correspondente ao valor do terreno das docas)
Investimento previsto: R$ 355 milhões em restauro + R$ 20,5 milhões anuais para operação e manutenção
Local: B3, em São Paulo
Lance máximo: R$ 144,9 milhões (contraprestação pública máxima, correspondente ao valor do terreno das docas)
Investimento previsto: R$ 355 milhões em restauro + R$ 20,5 milhões anuais para operação e manutenção
Corsan
Data: 20 de dezembro
Local: B3, em São Paulo
Lance mínimo: R$ 4,1 bilhões
Investimento previsto: R$ 13,5 bilhões
Investimento previsto: R$ 13,5 bilhões