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Energia

- Publicada em 10 de Novembro de 2022 às 18:33

Eletrobras confirma que irá se desfazer da térmica a carvão Candiota 3 até 2025

Usina gaúcha foi inaugurada em 2011

Usina gaúcha foi inaugurada em 2011


CGT Eletrosul/divulgação/jc
Motivo de polêmica, por um lado significa mais segurança para o abastecimento de energia, mas por outro tem maior impacto ambiental que outras fontes, a termelétrica a carvão Candiota 3, localizada no município de mesmo nome, deixará de fazer parte dos ativos da Eletrobras até 2025. O presidente da companhia, Wilson Ferreira Júnior, afirma que a usina gaúcha, que é administrada pela subsidiária do grupo, a CGT Eletrosul, será vendida ou descomissionada (desligada) até o fim do seu contrato de fornecimento de energia que se encerra em 31 de dezembro de 2024.A operação dessa antiga térmica a carvão, inaugurada em 2011, não combina com os planos futuros da empresa, mais voltados à energia renovável. “Temos a ambição de ser uma green major global, é um dos princípios que está orientando a nossa estratégia”, frisa o executivo. Ele lembra que, antes de Candiota 3, as fases A e B desse complexo termelétrico já foram desmobilizadas e encontram-se hoje inoperantes.Ferreira Júnior acrescenta que a Eletrobras tem a possibilidade de reduzir em 54% suas emissões nos próximos dois anos e, para atingir a essa meta, será uma enorme contribuição tirar a térmica a carvão da lista de usinas pertencentes à companhia. Apesar da disposição da empresa, o futuro afastamento da Eletrobras do empreendimento não significa necessariamente que a estrutura deixará de operar. A atração de eventuais interessados na termelétrica e a sua venda não estão descartadas. Ferreira Júnior recorda que, recentemente, a térmica a carvão Pampa Sul, também situada em Candiota, foi alienada. A Engie Brasil Energia repassou essa termelétrica aos fundos de investimentos Grafito e Space X, geridos pelas empresas Starboard e Perfin, respectivamente, por R$ 450 milhões.Enquanto Pampa Sul tem uma capacidade instalada de 345 MW, com operação comercial iniciada em 2019, a potência de Candiota 3 é de 350 MW, o que representa aproximadamente 9% da demanda média de energia elétrica do Rio Grande do Sul. Além da usina na região da Campanha, a Eletrobras tem outro negócio iminente no Rio Grande do Sul. Em julho, o grupo CSN venceu o leilão pelos 66,23% do capital social que o governo gaúcho possuía na CEEE-G (antigo braço de geração da estatal). A Eletrobras mantém a participação de 32,74% nessa companhia e já passou por situação semelhante quando vendeu as ações que tinha na CEEE-T (segmento de transmissão também privatizado) para a CPFL, por R$ 1,1 bilhão.Ferreira Júnior explica que, como aconteceu no caso da CEEE-T, o comprador da CEEE-G tem a obrigação de fazer uma oferta pública de compra da participação remanescente dos demais acionistas. O dirigente estima que a CSN deverá fazer isso nos próximos meses. Ele adianta que a perspectiva é que o valor das ações da Eletrobras na empresa gaúcha de geração de energia possa chegar a algo perto de R$ 490 milhões. “E, obviamente, se ela (CSN) fizer a oferta nessas bases, nós seguiremos o mesmo caminho que fizemos com a CEEE-T (vendendo a participação da Eletrobras)”, afirma. O executivo participou nesta quinta-feira (10) de coletiva online concedida à imprensa para detalhar os resultados financeiros da companhia no terceiro trimestre deste ano.
Motivo de polêmica, por um lado significa mais segurança para o abastecimento de energia, mas por outro tem maior impacto ambiental que outras fontes, a termelétrica a carvão Candiota 3, localizada no município de mesmo nome, deixará de fazer parte dos ativos da Eletrobras até 2025. O presidente da companhia, Wilson Ferreira Júnior, afirma que a usina gaúcha, que é administrada pela subsidiária do grupo, a CGT Eletrosul, será vendida ou descomissionada (desligada) até o fim do seu contrato de fornecimento de energia que se encerra em 31 de dezembro de 2024.
A operação dessa antiga térmica a carvão, inaugurada em 2011, não combina com os planos futuros da empresa, mais voltados à energia renovável. “Temos a ambição de ser uma green major global, é um dos princípios que está orientando a nossa estratégia”, frisa o executivo. Ele lembra que, antes de Candiota 3, as fases A e B desse complexo termelétrico já foram desmobilizadas e encontram-se hoje inoperantes.
Ferreira Júnior acrescenta que a Eletrobras tem a possibilidade de reduzir em 54% suas emissões nos próximos dois anos e, para atingir a essa meta, será uma enorme contribuição tirar a térmica a carvão da lista de usinas pertencentes à companhia. Apesar da disposição da empresa, o futuro afastamento da Eletrobras do empreendimento não significa necessariamente que a estrutura deixará de operar.
A atração de eventuais interessados na termelétrica e a sua venda não estão descartadas. Ferreira Júnior recorda que, recentemente, a térmica a carvão Pampa Sul, também situada em Candiota, foi alienada. A Engie Brasil Energia repassou essa termelétrica aos fundos de investimentos Grafito e Space X, geridos pelas empresas Starboard e Perfin, respectivamente, por R$ 450 milhões.
Enquanto Pampa Sul tem uma capacidade instalada de 345 MW, com operação comercial iniciada em 2019, a potência de Candiota 3 é de 350 MW, o que representa aproximadamente 9% da demanda média de energia elétrica do Rio Grande do Sul. Além da usina na região da Campanha, a Eletrobras tem outro negócio iminente no Rio Grande do Sul. Em julho, o grupo CSN venceu o leilão pelos 66,23% do capital social que o governo gaúcho possuía na CEEE-G (antigo braço de geração da estatal). A Eletrobras mantém a participação de 32,74% nessa companhia e já passou por situação semelhante quando vendeu as ações que tinha na CEEE-T (segmento de transmissão também privatizado) para a CPFL, por R$ 1,1 bilhão.
Ferreira Júnior explica que, como aconteceu no caso da CEEE-T, o comprador da CEEE-G tem a obrigação de fazer uma oferta pública de compra da participação remanescente dos demais acionistas. O dirigente estima que a CSN deverá fazer isso nos próximos meses. Ele adianta que a perspectiva é que o valor das ações da Eletrobras na empresa gaúcha de geração de energia possa chegar a algo perto de R$ 490 milhões. “E, obviamente, se ela (CSN) fizer a oferta nessas bases, nós seguiremos o mesmo caminho que fizemos com a CEEE-T (vendendo a participação da Eletrobras)”, afirma. O executivo participou nesta quinta-feira (10) de coletiva online concedida à imprensa para detalhar os resultados financeiros da companhia no terceiro trimestre deste ano.

Plano de Demissão Voluntária do grupo deve custar R$ 1 bilhão e dar retorno em menos de um ano

Com um Plano de Demissão Voluntária (PDV) com um custo estimado em cerca de R$ 1 bilhão, a Eletrobras espera conseguir o payback dessa inciativa dentro de 11,2 meses. A adesão dos funcionários à medida pode ser feita até o dia 18 de novembro. Dos 2.312 empregados elegíveis, até quarta-feira (9), 1.223 tinham se inscritos para os desligamentos que ocorrerão entre dezembro deste ano e abril de 2023.
A ação faz parte do planejamento da companhia para melhorar a sua condição financeira. O diretor-presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, acrescenta que outro foco será reestruturar e vender cerca de R$4,4 bilhões em participações não estratégicas em empresas de capital aberto e fechado. No seu balanço mais recente, envolvendo o terceiro trimestre deste ano, a Eletrobras registrou um prejuízo de R$ 88 mil, desempenho afetado por fatores como a deflação do IPCA (-0,37%) e do IGPM (-1,43%) sobre a receita de transmissão de energia.
Ainda de acordo com o balanço da companhia, a empresa apresentou forte liquidez no período, com disponibilidade de R$ 16,8 bilhões e realização de investimentos de R$ 990 milhões. O Ebitda (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) registrado foi de R$ 2,4 bilhões, enquanto a receita líquida ultrapassou R$ 8 bilhões. A receita da Eletrobras aumentou R$ 1 bilhão no período, com destaque para a consolidação da Santo Antônio Energia (SAESA), e a energia gerada aumentou 2,5%.
A capacidade instalada da companhia hoje equivale a 23% da capacidade no Brasil, e as empresas Eletrobras são responsáveis por cerca de 68,7 mil quilômetros de linhas de transmissão, o que corresponde a 39% das linhas de transmissão do País acima de 230kV. No terceiro trimestre deste ano, a companhia investiu R$ 311 milhões em geração e R$ 534 milhões em transmissão. Outro destaque do período foi a criação do Escritório de Transformação, com objetivo de acompanhar, de forma centralizada, todas as iniciativas relacionadas à transformação da Eletrobras no momento pós-capitalização.