{{channel}}
Grupo Cobra prevê operação de termelétrica de Rio Grande para 2026
Início da construção da usina ainda depende de aprovação da Aneel
Em busca de obter ainda este ano a outorga para assumir o projeto da usina termelétrica de Rio Grande (UTE Rio Grande), um projeto orçado em R$ 6 bilhões e que pode gerar até 3 mil empregos, o grupo espanhol Cobra estima iniciar em 2026 a operação comercial do empreendimento, se tudo der certo. Para o andamento dos planos falta a aprovação da transferência do negócio junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A previsão de conseguir efetivar o negócio em quatro anos foi divulgada pelo CEO do Grupo Cobra no Brasil, Jaime Llopis, durante palestra no 10º Fórum Internacional de Infraestrutura e Logística da AHKRS, promovido ontem pela Câmara Brasil-Alemanha do Rio Grande do Sul. Conforme o executivo, está agendado para a próxima segunda-feira um novo encontro da empresa com a agência reguladora.
"A nossa participação no projeto é veiculada através de um plano de transferência, que apresenta algumas mudanças técnicas em relação ao empreendedor anterior (a gaúcha Bolognesi). Há um procedimento em curso na Aneel no qual estamos apresentando todos os documentos e informações necessárias para a sua validação”, explica Llopis.
Na semana passada, o governador Ranolfo Vieira Júnior esteve em Brasília reunido com a diretoria da Aneel na tentativa de garantir esse que é considerado o maior investimento privado do Rio Grande do Sul. Além da usina, o empreendimento prevê a construção de um píer para receber gás natural liquefeito (GNL) e de uma unidade de regaseificação.
O CEO do Grupo Cobra no Brasil destacou o apoio recebido pelo governo estadual, bem como pelo município de Rio Grande e a sociedade gaúcha em geral, mas lamentou a demora do processo regulatório. “Do nosso lado, entendemos que esse diálogo poderia ser mais ágil, mas, obviamente, é a Aneel que define as prioridades e os quesitos para esse tipo de análise. Por conta do histórico do projeto, entendemos que há algumas dificuldades”, analisa Llopis. Conforme o executivo, está agendado para a próxima segunda-feira (24) um novo encontro da empresa com a agência reguladora.
Durante a sua apresentação aos participantes do evento, o CEO trouxe alguns pontos positivos que serão gerados a partir da implantação da UTE Rio Grande. Ele apresentou, por exemplo, um estudo demonstrando que os ganhos para o consumidor - caso a usina termelétrica já estivesse operando - seria de quase R$ 8,5 bilhões em 2021.
Também destacou o aumento da segurança de fornecimento elétrico para o Estado, crucial para o enfrentamento de eventuais crises energéticas; a possível substituição - por parte de indústrias da região - de fontes mais poluentes pelo gás natural, além da atual conjuntura geopolítica, como a crise energética da Europa, que tem demonstrado a necessidade dos países diversificarem as infraestruturas de energia.
Llopis revelou ainda que, no último dia 6 de outubro, foi aprovada a construção da primeira planta de liquefação de gás natural da Alemanha, que será executada pelo grupo espanhol. “É um projeto muito parecido do que seria construído em Rio Grande. O que não está sendo muito parecido são os prazos”, provocou o executivo. Segundo ele, o período de aprovação do projeto alemão levou menos de um ano.
Na semana passada, o governador Ranolfo Vieira Júnior esteve em Brasília reunido com a diretoria da Aneel na tentativa de garantir esse que é considerado o maior investimento privado do Rio Grande do Sul. Além da usina, o empreendimento prevê a construção de um píer para receber gás natural liquefeito (GNL) e de uma unidade de regaseificação.
O CEO do Grupo Cobra no Brasil destacou o apoio recebido pelo governo estadual, bem como pelo município de Rio Grande e a sociedade gaúcha em geral, mas lamentou a demora do processo regulatório. “Do nosso lado, entendemos que esse diálogo poderia ser mais ágil, mas, obviamente, é a Aneel que define as prioridades e os quesitos para esse tipo de análise. Por conta do histórico do projeto, entendemos que há algumas dificuldades”, analisa Llopis. Conforme o executivo, está agendado para a próxima segunda-feira (24) um novo encontro da empresa com a agência reguladora.
Durante a sua apresentação aos participantes do evento, o CEO trouxe alguns pontos positivos que serão gerados a partir da implantação da UTE Rio Grande. Ele apresentou, por exemplo, um estudo demonstrando que os ganhos para o consumidor - caso a usina termelétrica já estivesse operando - seria de quase R$ 8,5 bilhões em 2021.
Também destacou o aumento da segurança de fornecimento elétrico para o Estado, crucial para o enfrentamento de eventuais crises energéticas; a possível substituição - por parte de indústrias da região - de fontes mais poluentes pelo gás natural, além da atual conjuntura geopolítica, como a crise energética da Europa, que tem demonstrado a necessidade dos países diversificarem as infraestruturas de energia.
Llopis revelou ainda que, no último dia 6 de outubro, foi aprovada a construção da primeira planta de liquefação de gás natural da Alemanha, que será executada pelo grupo espanhol. “É um projeto muito parecido do que seria construído em Rio Grande. O que não está sendo muito parecido são os prazos”, provocou o executivo. Segundo ele, o período de aprovação do projeto alemão levou menos de um ano.
Histórico do projeto da UTE Rio Grande
- Em 2014, a Bolognesi venceu o leilão da Aneel, que previa a operação do projeto no início de 2019.
- A Aneel revogou a outorga da termelétrica em 2017, após a empresa não apresentar o plano de execução das obras.
- Em 2021, a termelétrica obteve liminar favorável da Justiça Federal do Estado para suspender a revogação da outorga da Aneel e estabelecer novo cronograma de implementação do empreendimento, liderado, desta vez, pelo Grupo Cobra.
- Apesar da emissão - em fevereiro deste ano - das licenças por parte da Fepam, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) cassou, em abril, tal liminar, restabelecendo a revogação da outorga e a rescisão dos contratos.
- Desde então, o governo estadual e a empresa buscam reverter a decisão na Aneel.
- A Aneel revogou a outorga da termelétrica em 2017, após a empresa não apresentar o plano de execução das obras.
- Em 2021, a termelétrica obteve liminar favorável da Justiça Federal do Estado para suspender a revogação da outorga da Aneel e estabelecer novo cronograma de implementação do empreendimento, liderado, desta vez, pelo Grupo Cobra.
- Apesar da emissão - em fevereiro deste ano - das licenças por parte da Fepam, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) cassou, em abril, tal liminar, restabelecendo a revogação da outorga e a rescisão dos contratos.
- Desde então, o governo estadual e a empresa buscam reverter a decisão na Aneel.
A UTE Rio Grande
- É uma Usina Termoelétrica de Ciclo Combinado, com capacidade de fornecer 1,238 megawatts
- Estação de armazenamento e regaseificação onshore (Regas), com capacidade para 180 mil m³ de Gás Natural Liquefeito (GNL)
- Prevista a construção de um píer para descarga de GNL por meio de navios
- Instalação de um gasoduto de 7 km entre a Regas e a usina
- Linha de transmissão de 500 kV entre a UTE e a subestação Povo Novo de 32 km
- Estação de armazenamento e regaseificação onshore (Regas), com capacidade para 180 mil m³ de Gás Natural Liquefeito (GNL)
- Prevista a construção de um píer para descarga de GNL por meio de navios
- Instalação de um gasoduto de 7 km entre a Regas e a usina
- Linha de transmissão de 500 kV entre a UTE e a subestação Povo Novo de 32 km