{{channel}}
BSBIOS avalia antecipar conclusão de usina de etanol no RS
Companhia estuda se fará em uma ou duas fases construção de planta em Passo Fundo
A finalização total da planta de etanol que a BSBIOS construirá em Passo Fundo pode ser atingida antes do prazo previsto inicialmente. Em um primeiro momento, a companhia tinha planejado desenvolver o projeto em duas etapas, uma a ser concluída em 2024 e outra, uma expansão, em 2026. No entanto, atualmente a empresa analisa fazer a obra toda de uma vez só e chegar à capacidade já ampliada dentro de dois anos.
Quando assinou, em junho, o protocolo de intenções com o governo do Estado relacionado ao empreendimento, o CEO da BSBIOS, Erasmo Carlos Battistella, informou que a primeira etapa antevia uma estrutura com capacidade para 111 milhões de litros de etanol ao ano e um consumo para atingir a essa fabricação de aproximadamente 750 toneladas ao dia de cereais em geral. O investimento nessa fase seria de R$ 300 milhões.
No segundo passo, seriam alcançados 220 milhões de litros anuais (cerca de 20% do mercado gaúcho de etanol hidratado, que é usado diretamente nos tanques dos automóveis) e 1,5 mil toneladas diárias de matéria-prima, o que significaria um aporte total de R$ 556 milhões. Battistella explica que esse escopo final do projeto pode ser antecipado para 2024, devido a uma possível redução de custos.
O executivo, que foi o palestrante desta quarta-feira (21) do evento Tá Na Mesa, na Federasul, comenta que, por enquanto, a empresa já está plantando variedades de trigo para a realização de testes, ainda neste ano, para o uso do cereal na fabricação de etanol, assim como trabalha na parte de licenças ambientais e engenharia da iniciativa. Battistella frisa que o licenciamento é uma prerrogativa da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), contudo ele espera que até junho do próximo ano seja possível obter a licença de instalação do empreendimento. Se isso se confirmar, serão mais cerca de doze meses de obras e a produção do etanol poderá começar no segundo semestre de 2024.
O dirigente acrescenta que a mudança na tributação dos combustíveis, com a redução da incidência de ICMS e PIS e Cofins, impacta na produção de etanol e a empresa também está fazendo a avaliação do reflexo dessa situação no projeto. O representante da BSBIOS argumenta, por exemplo, que se o preço da gasolina ficar muito baixo, pode refletir na competitividade do álcool.
Quando assinou, em junho, o protocolo de intenções com o governo do Estado relacionado ao empreendimento, o CEO da BSBIOS, Erasmo Carlos Battistella, informou que a primeira etapa antevia uma estrutura com capacidade para 111 milhões de litros de etanol ao ano e um consumo para atingir a essa fabricação de aproximadamente 750 toneladas ao dia de cereais em geral. O investimento nessa fase seria de R$ 300 milhões.
No segundo passo, seriam alcançados 220 milhões de litros anuais (cerca de 20% do mercado gaúcho de etanol hidratado, que é usado diretamente nos tanques dos automóveis) e 1,5 mil toneladas diárias de matéria-prima, o que significaria um aporte total de R$ 556 milhões. Battistella explica que esse escopo final do projeto pode ser antecipado para 2024, devido a uma possível redução de custos.
O executivo, que foi o palestrante desta quarta-feira (21) do evento Tá Na Mesa, na Federasul, comenta que, por enquanto, a empresa já está plantando variedades de trigo para a realização de testes, ainda neste ano, para o uso do cereal na fabricação de etanol, assim como trabalha na parte de licenças ambientais e engenharia da iniciativa. Battistella frisa que o licenciamento é uma prerrogativa da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), contudo ele espera que até junho do próximo ano seja possível obter a licença de instalação do empreendimento. Se isso se confirmar, serão mais cerca de doze meses de obras e a produção do etanol poderá começar no segundo semestre de 2024.
O dirigente acrescenta que a mudança na tributação dos combustíveis, com a redução da incidência de ICMS e PIS e Cofins, impacta na produção de etanol e a empresa também está fazendo a avaliação do reflexo dessa situação no projeto. O representante da BSBIOS argumenta, por exemplo, que se o preço da gasolina ficar muito baixo, pode refletir na competitividade do álcool.
Setor defende aumento da mistura do biodiesel no óleo diesel
Na outra área de atuação da BSBIOS, o biodiesel, o CEO da companhia, Erasmo Carlos Battistella, ressalta que o setor espera que se cumpra a legislação quanto ao percentual do biocombustível que precisa ser adicionado na fórmula do óleo diesel. Conforme a resolução CNPE nº 16/2018, atualmente deveria ser um percentual de 14% (o chamado B14), mas esse patamar, por determinação do governo federal para reduzir o custo do diesel na bomba, está hoje em apenas 10% e isso tem abalado a indústria do biocombustível.
“O estado mais prejudicado com essa decisão é o Rio Grande do Sul, pois somos o maior produtor, são nove usinas instaladas aqui”, enfatiza Battistella. A expectativa, segundo ele, é que em janeiro de 2023 seja atingido o B14 e passe para B15 em março. O dirigente comenta que hoje há unidades fechadas, porque a demanda foi reprimida.
Já sobre a possibilidade da liberação da importação de biodiesel no Brasil a partir do próximo ano, proposta que foi submetida recentemente pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) à consulta pública, Battistella afirma que não é contrário a essa movimentação. No entanto, ele sustenta que é preciso considerar todas as variáveis que podem impactar a cadeia nacional desse biocombustível.
O executivo defende que o produto vindo do exterior precisa entrar no Brasil com a mesma qualidade do fabricado nacionalmente e que traga para o País os mesmos reflexos socioambientais que o combustível gerado internamente ocasiona. Ele cita entre as vantagens da produção brasileira a compra de matéria-prima da agricultura familiar e a geração de empregos locais. “Não somos contra a importação, mas precisamos ter as mesmas regras e sermos competitivos da mesma forma”, reitera Battistella.
Quanto aos vários novos combustíveis renováveis que estão se apresentando no mercado como soluções futuras, como diesel verde (produzido por matéria orgânica), energia elétrica, biometano e hidrogênio, o dirigente afirma que não vê a disponibilidade hoje de algum produto ser uma resposta única. “Agora, o que existe de fato é que o etanol e o biodiesel são realidades no Brasil, os restantes são boas vontades, mas que não temos políticas públicas desenhadas e nem segurança jurídica para fazer”, pondera o CEO da BSBIOS.
“O estado mais prejudicado com essa decisão é o Rio Grande do Sul, pois somos o maior produtor, são nove usinas instaladas aqui”, enfatiza Battistella. A expectativa, segundo ele, é que em janeiro de 2023 seja atingido o B14 e passe para B15 em março. O dirigente comenta que hoje há unidades fechadas, porque a demanda foi reprimida.
Já sobre a possibilidade da liberação da importação de biodiesel no Brasil a partir do próximo ano, proposta que foi submetida recentemente pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) à consulta pública, Battistella afirma que não é contrário a essa movimentação. No entanto, ele sustenta que é preciso considerar todas as variáveis que podem impactar a cadeia nacional desse biocombustível.
O executivo defende que o produto vindo do exterior precisa entrar no Brasil com a mesma qualidade do fabricado nacionalmente e que traga para o País os mesmos reflexos socioambientais que o combustível gerado internamente ocasiona. Ele cita entre as vantagens da produção brasileira a compra de matéria-prima da agricultura familiar e a geração de empregos locais. “Não somos contra a importação, mas precisamos ter as mesmas regras e sermos competitivos da mesma forma”, reitera Battistella.
Quanto aos vários novos combustíveis renováveis que estão se apresentando no mercado como soluções futuras, como diesel verde (produzido por matéria orgânica), energia elétrica, biometano e hidrogênio, o dirigente afirma que não vê a disponibilidade hoje de algum produto ser uma resposta única. “Agora, o que existe de fato é que o etanol e o biodiesel são realidades no Brasil, os restantes são boas vontades, mas que não temos políticas públicas desenhadas e nem segurança jurídica para fazer”, pondera o CEO da BSBIOS.