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Receita com exportação é recorde de US$ 5,9 bi, 61% acima de 2021
Os cafés diferenciados, que possuem qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis, responderam por 18% das exportações totais brasileiras do produto entre janeiro e agosto de 2022, segundo o Cecafé
O Brasil exportou em agosto 2,762 milhões de sacas de 60 quilos de café, 2,5% menos que em agosto de 2021, mas com as vendas obteve receita cambial de US$ 655,3 milhões, alta de 49,5% na comparação com o período anterior, segundo informou, ontem à tarde (12), o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). No período de janeiro a agosto, o resultado é ainda melhor, com receita recorde de US$ 5,904 bilhões, crescimento de 61,4% ante os oito meses do ano passado. Já o volume recuou 5,3% no intervalo, saindo de 26,7 milhões de sacas para os atuais 25,3 milhões de sacas até o fim do mês passado.
Em nota, o presidente do Cecafé, Günter Häusler, atribuiu o desempenho "aos bons níveis de preço praticados nos mercados interno e externo e à taxa de câmbio favorável". Conforme o Cecafé, entre janeiro e o fim de agosto o preço médio pago pelos cafés do Brasil exportados foi de US$ 233,58 a saca, alta de 70,4% ante US$ 137,11/saca de igual período de 2021.
Os Estados Unidos são o principal destino do café brasileiro, com 5,283 milhões de sacas de janeiro a agosto (+4,5%), ou 20,9% do total exportado pelo País. Em seguida aparecem Alemanha, com 17,9% - importou 4,533 milhões de sacas (-1,9%) nos oito meses - e Bélgica, com a compra de 2,110 milhões de sacas (+14,2% do total;
O café arábica é mais exportado, com envio de 21,707 milhões de sacas ao exterior, ou 85,9% do total. Já o café solúvel registrou o embarque equivalente a 2,505 milhões de sacas, respondendo por 9,9%. Na sequência, aparecem a variedade canéfora (robusta + conilon), com a exportação de 1,033 milhão de sacas (4,1%), e o produto torrado e torrado e moído, com 30.268 sacas (0,1%).
Os cafés diferenciados, que possuem qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis, responderam por 18% das exportações totais brasileiras do produto entre janeiro e agosto de 2022, segundo o Cecafé. Foram 4,540 milhões de sacas exportadas, aumento de 3,2%. "O preço médio do produto diferenciado ficou em US$ 284,54 por saca, proporcionando uma receita de US$ 1,292 bilhão nos oito meses, o que corresponde a 21,9% do obtido com os embarques totais. No comparativo anual, o valor é 64,3% maior do que o apurado no mesmo intervalo anterior", disse o Cecafé.