Levantamento inédito da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) aponta que a potência instalada operacional da energia solar fotovoltaica acaba de ultrapassar a potência das termelétricas de gás natural e de biomassa (matéria orgânica), tornando a terceira maior fonte na matriz elétrica nacional, atrás apenas da hídrica e eólica. De acordo com mapeamento da entidade, são 16,4 mil MW (cerca de quatro vezes a demanda média gaúcha) de energia solar em grandes usinas e em pequenos projetos de geração própria, ante os 16,3 mil MW do gás natural e os 16,3 mil MW da biomassa.
Para o diretor da Absolar, Carlos Dornellas, o avanço da energia solar no País, via grandes usinas e pela geração própria em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos, é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil. “A fonte ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de ainda mais aumentos na conta de luz da população”, comenta.
Ele acrescenta que as usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores. Devido à versatilidade e agilidade da tecnologia solar, uma usina fotovoltaica de grande porte fica operacional em menos de 18 meses, desde o leilão até o início da geração de energia elétrica. E basta apenas 24 horas para tornar um telhado ou um pequeno terreno em uma fonte de geração de eletricidade a partir do sol.