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Economia

- Publicada em 27 de Julho de 2021 às 17:14

Pessoas que participaram de evento-teste em Porto Alegre serão testadas nesta quarta

Um terço do público de 576 pessoas fará nova testagem para se analisar impactos do evento

Um terço do público de 576 pessoas fará nova testagem para se analisar impactos do evento


CESAR LOPES/PMPA/JC
Diego Nuñez
Um terço das 576 pessoas que participaram de um evento-teste no domingo (25) para a liberação de eventos em Porto Alegre farão testes de detecção do coronavírus. O objetivo da prefeitura é observar os impactos gerados pela festa que ocorreu na Casa NTX, Zona Norte da Capital gaúcha.
Um terço das 576 pessoas que participaram de um evento-teste no domingo (25) para a liberação de eventos em Porto Alegre farão testes de detecção do coronavírus. O objetivo da prefeitura é observar os impactos gerados pela festa que ocorreu na Casa NTX, Zona Norte da Capital gaúcha.
Os testes serão realizados nesta quarta-feira e o resultado deverá sair em questão de minutos. Os testes são do tipo antígeno, que é realizado para identificar a infecção atual do coronavírus, quando uma pessoa apresenta sinais ou sintomas consistentes de Covid-19 e também em pacientes assintomáticos que tiveram contato com pessoas com caso positivo.
Os mesmos testes foram feitos em todo o público que estaria presente no evento-teste. Destes, nove pessoas testaram positivo e foram impedidas de participar - o que demonstra responsabilidade na visão do prefeito Sebastião Melo (MDB), que tem encapado a questão e defende a retomada de eventos de grande porte.
“Quantas festas clandestinas foram feitas e não foram descobertas? Muitas. Nós preferimos o evento testado, às claras, com responsabilidade. Aliás, nove pessoas não puderam entrar no evento do final de semana. Isso é responsabilidade. É com esse olhar que queremos sim que o governo do Estado enfrente o tema”, declarou ele durante o anúncio de três medidas de redução na carga tributária para o setor de eventos.
A fala dirigida ao Palácio Piratini ocorre em um momento em que o Gabinete de Crise do Estado tem o plano de reabertura proposto pela prefeitura em mãos. O Paço Municipal vem pressionando o Estado por uma decisão final sobre o documentado apresentado ainda em 14 de julho.
Para o secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico e Turismo da Capital, Vicente Perroni, a amostragem de um terço do público total “é bastante significativa e permite observar os impactos do evento, em um protocolo construído à quatro mãos pelas secretarias municipal e estadual da Saúde”.
Questionado pela reportagem do Jornal do Comércio se não seria temerária a liberação de eventos como festas, que não preveem o uso de máscara ou distanciamento social e que atraem público que ainda não foi atingido pela faixa de vacinação, Perroni disse confiar nos protocolos propostos.
“Estamos, hoje, com 73% da população adulta vacinada, 43% com o esquema vacinal completo, e com os números das UTIs e de casos confirmados que temos hoje, com 100% do público testado, nós podemos começar a planejar este tipo de evento”, afirmou o secretário-adjunto.
Ele continua: “todos eventos teriam presença da fiscalização, seriam aprovados pelo município e a gente acredita que esses eventos são melhores de serem realizados do que aqueles clandestinos. A gente sabe que estão acontecendo e houve uma fatalidade, que foi praticamente um homicídio, pois houve irresponsabilidade em um evento que não tinha legalização, não tinha licenciamento e não tinha infraestrutura compatível”, argumentou.
O plano prevê que, nas primeiras duas, sejam liberados eventos com público até mil pessoas. A proposta da prefeitura é que esse limite de público vá crescendo progressivamente. Em 10 semanas, a previsão é que seja liberado um público de até 20 mil pessoas, quando o Executivo planeja que 70% da população adulta da Capital esteja vacinada com duas doses contra o coronavírus.
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