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Energia

16/06/2021 - 17h51min. Alterada em 18/06 �s 17h40min

�mbar, do grupo dono do JBS, compra Central T�rmica Uruguaiana

Termelétrica encontra-se atualmente sem operar comercialmente

Termel�trica encontra-se atualmente sem operar comercialmente


CRISTIANO GUERRA./DIVULGA��O/JC
Jefferson Klein
A Âmbar Energia, do Grupo J&F, mesmo dono do JBS, anunciou nesta quarta-feira (16) a compra da Central Térmica Uruguaiana (CTU) que pertencia à empresa argentina Saesa, que por sua vez havia adquirido o ativo do Grupo AES em setembro de 2020. O valor da negociação não foi informado pelas companhias.
Conforme nota divulgada pela Âmbar Energia, equipes já trabalham para que a usina entre em operação o mais rápido possível, colaborando para a segurança energética do Sistema Interligado Nacional (SIN) durante o período crítico de escassez hídrica no Brasil. Não foi apontada uma data exata para a retomada da operação comercial do complexo.
A térmica, que usa como combustível o gás natural, tem capacidade instalada de 640 MW (o que corresponde a cerca de 15% da demanda média de energia elétrica do Rio Grande do Sul). "A retomada das operações da Central Térmica Uruguaiana fortalece a integração elétrica da América do Sul e o comércio regional de gás natural", afirma o presidente da Âmbar, Marcelo Zanatta.
A empresa já possui uma termelétrica a gás natural de 480 MW, em Cuiabá, 645 quilômetros de gasodutos, duas linhas de transmissão, uma comercializadora e uma companhia de soluções em gestão e eficiência energética.
Além da compra da termelétrica gaúcha, a Âmbar está realizando outros investimentos em geração, sobretudo em energia solar e eólica. Nos próximos 12 meses, a companhia vai investir R$ 150 milhões na construção de micro e mini usinas fotovoltaicas pelo Brasil, em sistema de geração distribuída, para atender às demandas já contratadas por clientes.
Atualmente inativa, a usina de Uruguaiana tinha a previsão de gerar energia a partir de fevereiro para a rede elétrica brasileira, porém essa meta não se concretizou. Na época, o presidente de Saesa, Juan Bosch, havia comentado que a planta tinha iniciado as ações para comissionamento (processo que tem como objetivo verificar o funcionamento adequado da unidade) em 14 de fevereiro. Como a planta estava há cerca de cinco anos parada, alguns protocolos de segurança precisavam ser cumpridos.
Segundo Bosch, durante os testes, foi observada a necessidade de atualização de questões operacionais em uma subestação de energia e a meta era trabalhar para retomar as medidas de comissionamento o mais rapidamente possível. O dirigente não chegou a confirmar ou negar rumores que apontavam que os problemas do empreendimento poderiam estar também vinculados à falta de suprimento de gás natural.
A usina de Uruguaiana não produz energia de forma contínua desde 2009, justamente devido a dificuldades de oferta de gás natural proveniente da Argentina. A geração da térmica foi retomada, em caráter emergencial, em 2013, 2014 e 2015, por períodos temporários. O complexo foi o primeiro a operar com gás natural no Brasil, iniciando suas atividades em 2000.
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