Após oito anos da venda das unidades de São Paulo e Minas Gerais e encerramento da operação física no Sudeste, as Lojas Colombo vai voltar a investir com força na expansão para além da Região Sul. Desta vez, com o aprendizado da experiência anterior, a estratégia será outra.
Desde o final de 2012, quando 65 lojas no Sudeste foram vendidas para a rede de varejo paulista Cybelar, o comportamento do consumidor mudou de acordo com o progresso da tecnologia no mundo. Se na época "não deu para competir com os concorrentes", como afirmou Adelino Colombo, fundador do grupo homônimo, em entrevista ao Jornal do Comércio em junho de 2013, hoje, existem outros caminhos para conquistar o público de todos os cantos do País.
"Lá existem players locais mais adaptados à cultura e aos modelos de loja, e [na época] entendemos que precisávamos recuar, transformando a venda física em eletrônica", explicou o atual vice-presidente das Lojas Colombo e neto de Adelino, Eduardo Colombo.
Atualmente, a Colombo atende o restante do Brasil a partir de um Centro de Distribuição (CD) no Paraná e outro no município de Serra, no Espírito Santo. Mas o grupo quer mais e planeja um novo CD na Região Nordeste, ainda sem localização definida.
"O comportamento do consumidor mudou, ele não está acostumado a esperar, é muito imediatista. O e-commerce precisa ter mais agilidade e entendemos que devemos estar preparados, pois, às vezes, o preço não é mais o principal fator para o consumidor. Este é um conceito nono concretizado pela pandemia", declarou Eduardo Colombo.
O objetivo, segundo o vice-presidente do grupo, é se estruturar para atender todo o País com vendas online. A meta ambiciosa vem de um resultado expressivo em um ano em que o varejo físico fechou lojas por um período por conta das restrições de combate a disseminação do novo coronavírus: o grupo alcançou faturamento de R$ 1,956 bilhão em 2020, resultado mais de 20% superior em relação ao de 2019.
Após mais de um ano de pandemia no País, o e-commerce representa cerca de um terço do faturamento da empresa, variando entre 33% e 35%. Nos momentos de restrições mais severas de atividades, essa parcela chegou a um pico de quase 60% no faturamento. Em 2019, antes da crise da Covid-19, o e-commerce representava até 28% no faturamento das Lojas Colombo.
Área de TI robusta deu suporte às mudanças
O aumento no faturamento online, contudo, não se deve apenas de forma simples e diretamente à pandemia. A Colombo tem uma "área robusta de Tecnologia da Informação (TI), com softwares e sistemas desenvolvidos dentro da empresa e planos de colocar mais tecnologia na mão do nosso colaborador", contou Colombo.
Na pandemia, "o que fizemos foi antecipar um processo que já estava em andamento. Fizemos muito rápido isso, e com muita coragem num momento de tanta incerteza", continuou.
Para o número 2 do Grupo Colombo, "é fundamental que a gestão seja descentralizada, no modelo de governança coorporativa. E isso envolve confiança nos nossos profissionais e atribuição de responsabilidades - uma equipe que veste a camisa [da empresa], se engaja, colabora e harmoniza de forma incrível com o modelo de negócio".
Eduardo Colombo prevê, no varejo, uma forma híbrida de comércio físico e online permanente para o pós-pandemia que se vislumbra aos poucos com o avanço da vacinação no Brasil e no mundo. Acredita que o e-commerce definitivamente ganhou seu espaço, manterá sua parcela de participação nas vendas, mas que nada substituirá totalmente a cultura presencial das lojas físicas.
Na Região Sul, a Colombo deu um passo importante no sentido de consolidar a posição de líder do varejo ao adquirir, nesta semana, a catarinense Feirão de Móveis e suas 70 lojas e um centro de distribuição (CD) de 11 mil metros quadrados em Palhoça. A compra - liderada pelo vice-presidente Eduardo Colombo e sua equipe com o aval do presidente do Conselho e fundador da rede, Adelino Colombo - só depende, agora, da autorização dos órgãos competentes do setor.
Na pandemia, "o que fizemos foi antecipar um processo que já estava em andamento. Fizemos muito rápido isso, e com muita coragem num momento de tanta incerteza", continuou.
Para o número 2 do Grupo Colombo, "é fundamental que a gestão seja descentralizada, no modelo de governança coorporativa. E isso envolve confiança nos nossos profissionais e atribuição de responsabilidades - uma equipe que veste a camisa [da empresa], se engaja, colabora e harmoniza de forma incrível com o modelo de negócio".
Eduardo Colombo prevê, no varejo, uma forma híbrida de comércio físico e online permanente para o pós-pandemia que se vislumbra aos poucos com o avanço da vacinação no Brasil e no mundo. Acredita que o e-commerce definitivamente ganhou seu espaço, manterá sua parcela de participação nas vendas, mas que nada substituirá totalmente a cultura presencial das lojas físicas.
Na Região Sul, a Colombo deu um passo importante no sentido de consolidar a posição de líder do varejo ao adquirir, nesta semana, a catarinense Feirão de Móveis e suas 70 lojas e um centro de distribuição (CD) de 11 mil metros quadrados em Palhoça. A compra - liderada pelo vice-presidente Eduardo Colombo e sua equipe com o aval do presidente do Conselho e fundador da rede, Adelino Colombo - só depende, agora, da autorização dos órgãos competentes do setor.