O documento, de cinco páginas, elenca as solicitações de mudanças nos protocolos apresentados pelo Executivo e é reforçado por 18 entidades e associações da área de eventos, lazer e cultura do RS. "Em nome dos participantes do Grupo Live Marketing RS, que assinam este documento, seguem os nossos pedidos relativos aos protocolos, sem antes deixar de considerar a retomada imediata; nenhum segmento do setor fechado e, quando necessário, restringir mas não fechar o setor. Certos de sua acolhida, antecipamos os nossos agradecimentos com o apoio das entidades e os deputados estaduais abaixo listados", destaca o texto encaminhado ao governo.
Há 14 meses sem atividades no Estado, o setor cobra os mesmos direitos do setor de gastronomia e abertura imediata de todas as modalidades de eventos, mediante limitação de público e respeito aos protocolos e regras de distanciamento.
O novo modelo,
que substituirá a classificação de cor de bandeiras, entrará em vigor no próximo sábado (15). A ideia do Executivo é considerar um sistema de alertas, a partir da análise diária de indicadores, baseado em "três As": aviso, alerta e ação. Entre as propostas governamentais para a área de cultura, lazer e eventos sociais e corporativos estão a liberação de feiras, exposições, seminários e congressos, mediante autorização dos municípios para público superior a 300 pessoas (trabalhadores e público); autorização de dois terços dos municípios da região ou do gabinete de crise da região para público entre 600 e 1,2 mil pessoas e, ainda, necessidade das autorizações anteriores, do gabinete de crise do RS e encaminhamento da prefeitura para eventos acima de 1,2 mil pessoas. Os mesmos critérios valeriam para teatros, auditórios, casas de espetáculos, casas de show, circos e similares.
Já a liberação de eventos sociais e infantis em bufês e casas de festa, casas de shows e pubs seguiriam em avaliação. Demais tipos de eventos, em ambiente fechado ou aberto não especificados, seguiriam fechados.
Apesar do tensionamento dos debates acerca das flexibilizações, profissionais da área estão esperançosos e acreditam que o apoio de parlamentares e instituições fará a diferença nas considerações apresentadas ao governo. "Precisamos voltar imediatamente, e o decreto deixa alguns setores fechados como casa de festas, eventos infantis. Queremos abrir no mesmo esquema de funcionamento dos restaurantes, e precisamos terminar com travas de público", comenta Eliana Azevedo, proprietária da Capacitá Eventos e uma das coordenadoras do Grupo Live Marketing RS, que reúne mais de 340 empresas do segmento.
Nas sugestões apresentadas ao projeto, o grupo destaca que sejam contempladas realizações de lives e gravações em estúdio, com limite de 50 pessoas e distanciamento por metro quadrado, que eventos que não foram considerados no projeto sigam regras gerais e obrigatórias, de acordo com capacidade de cada ambiente; que sejam solicitadas listas com dados dos participantes de eventos; que eventos infantis em buffets e casas de festas tenham liberação presencial de 40% da capacidade e por até 6 horas, e que eventos sociais em casas de festas, casas noturnas, bares, pubs, casas de shows possam ser realizados com 40% da capacidade do local, com no máximo cinco clientes por mesa e duração entre 6 horas e 8 horas.
Além disso, o setor cobra a retirada da trava de limitação de público e necessidade de aprovação da região para eventos entre 600 e 1,2 mil pessoas; liberação de até 600 pessoas em eventos sem autorização do município sede; e consideração de lotação de 40% do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) de cada local como padrão para eventos com público sentado, em ambientes fechados ou abertos.
"Com apoio da Assembleia Legislativa, fazendo a entrega e assinando o documento junto com a gente, estamos esperançosos. É muito vasto o setor de entretenimento, o que a gente quer é que as casas de festas, shows, espetáculos e bailes possam ter os mesmos direitos e liberações que os restaurantes estão tendo, e que a gente volte a trabalhar e oferecer entretenimento com segurança às pessoas", desabafa Marconi Voss, representante da União das Bandas de Baile do Estado.