No aguardo das definições sobre o
novo modelo de enfrentamento à pandemia no Estado, que será anunciado no final da próxima semana, o setor de eventos gaúcho almeja a possibilidade de obter flexibilizações parciais de atividades a partir da segunda quinzena de maio. Nesta sexta-feira (7), em reunião no Palácio Piratini, representantes do segmento debateram suas demandas e os próximos passos a serem tomados pelo Palácio Piratini, em reunião com os secretários da Casa Civil, Artur Lemos Júnior, e de Apoio à Gestão Administrativa e Política, Agostinho Meirelles.
Convidadas a participar, neste fim de semana, das articulações sobre o sistema de alertas que substituirá a classificação das bandeiras de risco, em elaboração pelo Executivo, as lideranças do setor de eventos pretendem expor ao grupo a necessidade urgente de liberar algumas modalidades de atividades corporativas e de lazer, além de acabar com as permissões pontuais a eventos, em detrimento das operações de toda a cadeia.
No final de abril, com aval de 32 entidades,
o segmento encaminhou ao governo um pedido oficial de socorro, cobrando ações para um retomada responsável no RS. Em carta, os empresários e profissionais de eventos destacaram que o setor foi "massacrado" ao longo da pandemia, e pediram visibilidade e perspectivas.
Com o anúncio recente da preparação de um modelo menos complexo de gerenciamento da crise sanitária, com simplificação de protocolos e estabelecimento de um regramento padrão às regiões, os profissionais de eventos voltaram a buscar um posicionamento do Piratini sobre as flexibilizações.
"Entendemos que tem vontade do governo em abrir as atividades, mas que há toda a questão de saúde. No entanto, não estamos pedindo pra realizarmos baladas, mas sim eventos e shows nos moldes dos eventos-teste promovidos ano passado", comenta Rodrigo Machado, um dos coordenadores do Grupo Live Marketing RS, sócio da Opinião Produtora e uma das lideranças à frente da elaboração dos protocolos que foram aplicados nesses eventos.
A possibilidade de avanço na liberação de atividades do setor, segundo membros do governo, está atrelada ao modelo que substituirá o distanciamento controlado, ainda em amplo debate com deputados, prefeitos, entidades e setores nos próximos dias.