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Economia

- Publicada em 18 de Março de 2021 às 03:00

Congresso mantém vetos ao marco do saneamento

Volume de novos investimentos é estimado em R$ 498 bilhões

Volume de novos investimentos é estimado em R$ 498 bilhões


/joão paulo flores/divulgação/jc
O Congresso Nacional manteve os vetos presidenciais ao novo marco legal do saneamento básico. Os deputados decidiram manter os vetos por 292 votos a 169, o que dispensa a análise por parte dos senadores.
O Congresso Nacional manteve os vetos presidenciais ao novo marco legal do saneamento básico. Os deputados decidiram manter os vetos por 292 votos a 169, o que dispensa a análise por parte dos senadores.
Os vetos tratavam da sobrevida dos contratos de estatais fechados sem licitação com os municípios (contratos de programa). O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou o trecho da nova lei que permitia que as situações de fato - onde há prestação de serviço sem contrato - fossem formalizadas pelas empresas públicas.
Além disso, Bolsonaro vetou a possibilidade dos contratos de programa serem renovados por mais 30 anos - o movimento de Bolsonaro que gerou mais polêmica no Congresso e no setor. Pelo novo marco, a seleção da empresa que prestará o serviço deverá ser feito por meio de licitação.
Também foi mantido veto que dizia respeito à competência para o licenciamento ambiental e permitia, caso não houvesse órgão municipal, que ela ficasse com o órgão estadual. A regra foi vetada porque poderia ser considerada inconstitucional, uma vez que a competência de definir quem licencia é matéria reservada à Lei Complementar 140, de 2011, que fixa a responsabilidade do licenciamento entre municípios, Estados e União.
Conforme estudo elaborado pela ABCON/Sindcon, associação das operadoras privadas de saneamento, são necessários R$ 498 bilhões para a expansão das redes de abastecimento de água e esgotamento sanitário no Brasil. O efeito multiplicador desses investimentos terá como resultado cerca de R$ 1,4 trilhão injetado na economia, com a geração de mais de 14 milhões de empregos ao longo do período dos investimentos. Ainda segundo o estudo, a arrecadação fiscal ultrapassaria R$ 88 bilhões.
"A legislação é fundamental não apenas para o avanço do saneamento, mas também para a retomada do crescimento econômico do País. A manutenção dos vetos preserva a essência da lei e viabiliza a modernização e o desenvolvimento do setor mais atrasado da infraestrutura brasileira", avalia Percy Soares Neto, diretor executivo da ABCON/Sindcon.
 
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